terça-feira, 12 de maio de 2009

O brasil escravo

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Em 14 anos foram identificadas e libertadas pouco mais de 30 mil pessoas trabalhando em condições análogas à escravidão no brasil. Sem salário, alimentação adequada, sem alojamentos e higiene decentes e sem o direito de sair do "trabalho". O termo que a Organização Internacional do trabalho - OIT usa, "condição análoga à escravidão", é para amenizar e não ofender aos países que permitem essa situação, que quer dizer apenas uma coisa, escravidão.

Os responsáveis são políticos (propriedades de senadores e deputados foram flagradas utilizando mão de obra escrava), empresários, agroindústrias, grandes madeireiras, industrias de papel e celulose e fortes grupos econômicos, sabem que isso acontece em suas propriedades, mas jogam a culpa nos terceirizados, alegam descaradamente não saber de nada o que acontece dentro de suas propriedades (até parece o governo do lulalau).

O mais grave, a justiça brasileira, do pacto republicano, nesses 14 anos, condenou a prisão apenas um indivíduo, Gilberto Andrade, fazendeiro no Maranhão (o paraiso hereditário do sarney), os crimes incluíam, além de escravidão, ocultação de cadaver. Esse indivíduo tinha por hábito marcar seus escravos a ferro quente, caso reclamassem das condições de "vida" em suas fazendas. Nelas foram encontradas várias ossadas, mas até agora a polícia não conseguiu relacioná-lo a esses crimes. Pelo comportamento doentio o bandido recebeu 14 anos..... pena duríssima para esses crimes leves cometidos por um empresário do agronegócio e cidadão de bem, como alegam os advogados, de bem só se for bem bandido. No julgado e transitado e$borniano, ele recorria da condenação em liberdade, só foi para a cadeia porque mais 3 pedidos de prisão foram expedidos pela descoberta de novos crimes, caso contrario, seria mais um a sumir ou esperar tranquilamente pela prescrição de sua pena.

O descaso com punição e justiça nesses casos, inclui policiais, muitas vezes pagos para servirem de jagunços, promotores e juizes, muitas vezes, também fazendeiros, que tendem a complacência com os criminosos e colegas de atividades rurais.

Essa omissão generalizada se reflete nas investigações e punições dos assassinatos por conflitos de terras, no período pós ditadura foram executadas, aproximadamente, 1500 pessoas por conflitos relacionados à questões fundiárias, desses, apenas 85 foram levadas a julgamente (5%). Os julgamentos implicaram em condenações de 19 mandantes e 71 executores (passíveis de recurso em liberade), como se vê, a justição tem braços bem curtos quando se trata de punir a "elite rural" brasileira, até quando manda matar.

PS. Projetos que acentuam as punições de escravagistas, incluindo perda de terra, tem sido sistematicamente barrados pela quadrilha, digo, bancada ruralista no congresso, chefiada por ronaldo caiado. Essa bancada, declaradamente opositora das forças tarefas que tem como objetivo libertar as pessoas mantidas como escravas, já tentou inclusive descriminalizar a "situação análoga a escravidão".

E viva a triste E$bórnia escravagista e seus ruralistas bandidos!

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