sexta-feira, 22 de maio de 2009

80 anos de abusos em instituições religiosas na Irlanda

.

Tom Sweeney, onze anos de idade, crime, matar aulas continuamente; Mannix Flynn, oito anos de idade, pego roubando uma caixa de chocolates; Christine Buckley, um mês de vida, crime, ser filho de uma mãe solteira. Na católica, conservadora e rígida Irlanda, crimes como esses não ficavam impunes, os réus tinham um destino certo, uma instituição controlada pela igreja católica.

20 de maio de 2009. Apesar das várias tentativas das lideranças religiosas, para impedir a publicação, finalmente, após 9 anos de investigação, foi divulgado pelo juiz Sean Ryan, o relatório de uma comissão de inquérito criada para investigar os abusos cometido dentro de instituições dirigidas pela igreja católica irlandesa, responsável por orfanatos, internatos, reformatórios e escolas destinadas a receber órfãos, filhos de mães solteiras, oriundas de lares definidos como "instáveis" e crianças consideradas problemáticas ou infratoras.

O relatório de 2600 páginas que chega ao público relata os casos sitemáticos de humilhações de todos os tipos, abusos sexuais e espacamentos, que utilizavam equipamentos para maximizar a dor (eu chamaria de tortura), a que foram submetidas milhares de crianças (estima-se 30 mil meninos e meninas), por quase 80 anos, até que essas instituições fossem definitivamente extintas na década de 90.

As investigações foram baseadas em documentos e relatos de sobreviventes, com idades variando entre 50 e 70 anos. O governo reconheceu sua responsabilidade e mais de 12 mil ex-internos dessas "instituições de caridade" já receberam idenizações, outros 2000 casos aguardam o final das avaliações.

Alguns dos trechos do relatório diz:
  • As crianças conviveram com o terror diário, não sabiam quando, como ou quem as espancaria.
  • Um dos depoentes informa que presenciou 7 casos de suicído em 6 meses, de crianças que não aguentaram os abusos.
  • Crianças eram proibidas de frequentar as aulas porque eram colocadas para trabalhar na cozinha que fornecia alimentação para os religiosos.
  • Houve casos de abusos sexuais que vazaram, foram "investigados" pelos próprios religiosos, eram sempre abafados, as crianças eram literalmente escondidas ou desqualificadas
  • "O lugar inteiro era um lugar de abuso, não havia um único santuário aqui, era trauma constante e medo de constante de ataque", disse Flynn, agora 52 e dramaturgo, autor e artista em Dublin, ao visitar o lugar onde dúzias de ex-internos que morriam nas insituições eram enterrados. "Os abusos físicos e sexuais que sofremos (eu e meus amigos), eram regulares, agressivos e violentos. Essa violência é que as pessoas precisam saber".
Acesse aqui o sumário executivo do relatório e o documento completo (ambos em inglês).


PS. Só jesus salva e todos os caminhos levam a deus, as 30 mil vítimas dos abusos que o digam.

PS linha. Alguns dos nomes das intituições: Sisters of Mercy, Sisters of Charity, Christian Brothers, bem sugestivos não?

PS duas linhas. A Irlanda é considerado um dos países mais católicos da europa.

PS três linhas. Para saber mais sobre a formação do monoteismo judaico-cristão-mulçumano, recomendo a leitura do Tratado de Ateologia, de Michel Onfray, ed. WMF Martins Fontes.

PS quatro linhas. Para recordar, o atual papa, bento XVI, cujo nome é joseph alois ratzinger (quando jovem era integrante da Hitlerjugend ou juventude hitlerista), foi prefeito da congregação para a doutrina da fé, que anteriormente chamava-se suprema e sacra congregação da inquisição universal e era responsável pela criação da inquisição. Bom, o sujeito quando era o moderno inquisitor mór, redigiu um documento determinando a excomunhão de todas as pessoas que denunciassem ou trouxessem a público os casos de abusos sexuais cometidos por padres, freira e similares.

Comentários:

Como dizem os anarquistas, o mundo só vai ser feliz quando o último político for enforcado nas tripas do último religioso.

Contra o politicamente correto e pró vergonha na cara!

.

Nenhum comentário:

Postar um comentário