segunda-feira, 29 de agosto de 2011

JAC J3 - Avaliação de um infeliz comprador

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JAC J3


- Não existe garantia de recompra por parte da empresa, ou seja, para trocar depois mesmo por um outro zero km, você vai suar pra vender;
- O preço de revenda daqui a 01 ano de acordo com a Revista 4 rodas, é de R$20.000,00 a menos que o preço pago!
- 6 anos de garantia, aparentemente muito bom, né??? Mentira, todas as revisões tem que ser feitas lá, e o que a empresa mandar você trocar, você terá que fazer, pois senão perde a garantia. Aí começa a inventar defeitos para tomar seu $$$.
- Você compraria um carro que ao pressionar o pedal de freio bruscamente, para não colidir em um obstáculo, o  pedal entortasse?? Você confia nos Chineses?? 
Que dominam o mercado chamado de PARAGUAY. - O carro foi reprovado em todos os testes de segurança...só no Brasil que passou...rolou um $$$ pra ser aprovado por aqui??? Claro que sim!
- O carro de teste drive tinha 600km rodados e mostrei ao vendedor que “TODAS” as borrachas de portas (4 portas) estavam rasgadas...sabe o que ele me disse? “Foi só nos primeiros modelos que vieram com peças de teste mesmo, nos outros isso não acontece! E ser der algum problema tem 6 anos de garantia!” Quero ver depois de 1 ano de uso, se você for na concessionária reclamar e ouvir o “técnico” dizer que foi mal uso ou que é desgaste natural e que a garantia não cobre!!! kkk.
- A suspensão do carro é muito frágil, no asfalto o carro soca demais e estala na dianteira, já indicando a fragilidade do produto!
- Motor muito áspero (barulhento) em altas rotações. - Acabamento interno muito fraco...se olhar com detalhe, vai ver muita coisa “camuflada”.
- O preço do modelo hatch anunciado pelo Faustão é R$ 37.900,00 “E NADA MAIS”...na loja esse preço é para as cores: preto, vermelho e branco!
O prata aumenta R$1.000,00...”E NADA MAIS”.
- O preço do modelo sedan anunciado pelo Faustão é R$ 39.900,00 “E NADA MAIS”...na loja esse preço é para as cores: preto, vermelho e branco! O prata aumenta R$ 1.000,00...”E NADA MAIS”. 
A manopla, parte superior da alavanca de marchas, fica rodando na mão!
Olhando por baixo do veículo observa-se várias peças com ferrugem. Na parte interna do motor também, abraçadeiras, parafusos, suportes etc...
- A qualidade da pintura é horrível, vários defeitos na tinta...mas uma pessoa comum, só chega e compra!
Resumindo....ACORDA BRASIL...PREÇO NÃO É TUDO! ESTE PRODUTO NÃO TEM QUALIDADE! SEU DINHEIRO NÃO É CAPIM!
MAIS UM LIXO NAS RUAS DO BRASIL!

F. R. W. do Prado - Porto Alegre RS
Si vis pacem, para bellum!

QUANTO AOS COMENTÁRIOS RECEBIDOS:

ESSE TEXTO E A INFELIZ COMPRA É DE F.R.PRADO DE PORTO ALEGRE, O TELEFONE ESTAVA ESCRITO NA PORTA DO CARRO, PARA QUEM ESTIVESSE INTERESSADO EM FALAR COM ELE. MAS POR ALGUM PROBLEMA DO BLOGGER, A FOTO SIMPLESMENTE SUMIU.
ELE TAMBÉM DESCREVE NO TEXTO OS PROBLEMAS QUE TEVE, ALÉM DA ENGANAÇÃO DA GARANTIA. 

PS.: o Porco não é pacifista, mas é ANTI-MILITARISTA (coisas do porco), jamais assinaria com essa citação estúpida.

PS linha: vou tentar recuperar a foto.

PARA TERMINAR, COMO NÃO VENDO CARRO VAGABUNDO, FABRICADO COM AÇO DE 3a, FEITO COM FERRO QUE NENHUM PAÍS DECENTE QUER, NÃO PRECISO PLANTAR MANDIOCA, COMO RECOMENDA O COMENTÁRIO DESSE VENDEDOR DE BUGIGANGAS CHINESAS, OU QUEM SABE ELE É APENAS UM COMPRADOR BURRO.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Porque Marina foi defenestrada do PV.

Manobra eterniza caciques políticos

Por Cristian Klein
Descrição: João Brito/Folhapress - 19/6/2010/João Brito/Folhapress - 19/6/2010Brusadin: "As comissões dão amplos poderes. Ainda vou escrever o livro 'Pequenos partidos, grandes negócios'"

Nem o capital político de quase 20 milhões de votos (19,3%) acumulado por Marina Silva na última eleição presidencial foi suficiente para que ela tivesse voz no PV. Sem espaço, a ex-senadora sentiu-se obrigada a sair do partido, controlado desde 1999 pelo deputado federal paulista, e bem menos conhecido, José Luiz Penna.
A situação de Marina, hoje desabrigada e à procura de uma agremiação pela qual se candidatar, mostra como é forte o poder das burocracias partidárias na política brasileira e expõe um sistema no qual legendas são dominadas por um único dirigente ou uma oligarquia deles.
O mecanismo pelo qual esse domínio é possível aparece em denúncias e reclamações esparsas, mas que vem ganhando cada vez mais atenção. São as comissões provisórias, previstas pela legislação como forma de organização num momento embrionário do partido mas que se perenizam e mantêm por anos dirigentes no comando das siglas.
É o caso de Penna, no PV; do ex-deputado federal Roberto Jefferson, no PTB; e do deputado Valdemar Costa Neto e do senador Alfredo Nascimento, no PR.
Geralmente mais associado a partidos fisiológicos e de direita, o controle da sigla por grandes caciques, no entanto, independe de ideologia e abrange partidos mais à esquerda, como o PDT, do ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, que assumiu a legenda após a morte de Leonel Brizola, em 2004, e o PSB, do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que herdou a liderança do avô, Miguel Arraes.

Em comum entre esses partidos está a alta taxa de comissões provisórias, seja no nível municipal ou no estadual. Em levantamento feito para o Valor, o cientista político e pesquisador do Centro de Estudos da Metrópole (CEM/Cebrap), Fernando Guarnieri, analisou o percentual de comissões provisórias de todos os 27 partidos em relação à sua presença nos municípios.
Apenas os dois maiores partidos, PT (20%) e PMDB (28%), são constituídos largamente por diretórios municipais em vez de comissões provisórias, o que indica uma maior descentralização de poder interno.
Enquanto os diretórios, compostos a partir de eleições e com mandatos fixos, têm autonomia para tomar as principais decisões locais, as comissões provisórias são nomeadas pela instância imediatamente superior e podem ser destituídas a qualquer momento.
O modelo cria uma relação de dependência que é assim resumida pelo ex-presidente estadual do PV em São Paulo, Maurício Brusadin: "Um cacicão (nacional) protege um cacique (estadual), que protege um caciquezinho (municipal). É um sistema perfeito, a la "Matrix" [o filme]. Não tem como divergir ou se revoltar. Porque quem fala contra é expurgado", afirma o economista, de 36 anos, que estava havia 18 no PV e saiu da legenda junto com Marina Silva.
Brusadin diz que o movimento de "transição democrática", liderado pela ex-senadora, conseguia "encher as reuniões de filiados, mas os dirigentes não iam", temerosos de perder seus cargos, como acabou ocorrendo com ele.
Os números mostram que não foi por menos que Marina Silva e seu grupo foram derrotados na queda-de-braço com o presidente do partido, José Luiz Penna. Ao lado do PR, o PV é a legenda mais centralizada, com a maior taxa de comissões provisórias, 98%, perdendo apenas para o PRB, sob a influência da Igreja Universal do Reino de Deus, cujo índice é de 99%.
A situação nos municípios é quase um espelhamento de como os partidos estão organizados no nível estadual. O PT tem diretórios estaduais em todas as 27 unidades da Federação. O PV e o PR, em nenhuma. Todas são comissões provisórias.
"As comissões permitem que o dirigente da instância superior tenha amplos poderes, decida tudo, quem é o candidato a prefeito, quem pode aparecer no horário eleitoral... Os filiados não têm direito a voto. É muito injusto", reclama Brusadin.
O economista faz o mea culpa por ter aceitado o "jogo de ascensão complexo", no qual era subserviente e "não podia discordar do rei", mas contra o qual se voltou nos últimos quatro anos de partido. Um jogo cujas regras não escritas incluíam agrados, como whisky no fim do ano, e obediência ao dirigente imediato do partido, em uma "cultura do medo insuportável".
A principal crítica de Brusadin é contra os acordos escusos, caracterizados como uma "venda do partido". O mais comum e decepcionante, conta, é quando a agremiação tem um nome que anima os filiados, com potencial de crescimento em determinada eleição municipal, mas o líder local ou acima dele impede o lançamento da candidatura própria e vende o apoio da sigla, em dinheiro ou cargos, para facilitar, em regra, a reeleição do prefeito. Haveria cobrança até para se garantir a candidatura na generosa chapa proporcional de vereadores, que permite a inscrição de dezenas de nomes.
Esse ambiente seria um dos principais motivos para desestimular a militância partidária e impedir o crescimento das siglas médias e pequenas, lamenta.
"O pensamento é o seguinte: se lá não temos muita chance, vamos arrendar o partido. Ainda vou escrever o livro 'Pequenos partidos, grandes negócios'", afirma Brusadin.
O cientista político Fernando Guarnieri preferiu escrever a tese de doutorado "A força dos partidos fracos", defendida na USP, em 2009. No trabalho, ele utiliza a taxa de comissões provisórias municipais como um indicador para medir a democracia interna dos partidos. Os resultados o levam a dividir as legendas em três categorias: poliárquicas (ou organizadas), oligárquicas (ou de organização mista) e monocráticas (ou não organizadas).
Na atualização e ampliação dos dados para os 26 Estados com órgãos municipais, feitas a pedido do Valor, o PT e o PMDB, com menos de um terço de comissões provisórias, pertencem à primeira categoria, dos mais democráticos. O PSDB (45%), o PCdoB (55%) e o DEM (59%), com taxas entre um terço e dois terços, são classificados no bloco intermediário. E as demais 22 siglas, com mais de dois terços de comissões provisórias, caem na categoria dos monocráticos.
Guarnieri afirma, contudo, que, mais do que uma coincidência ou um modelo maquiavélico, a proliferação das comissões provisórias atenderia a uma necessidade dos partidos médios e pequenos em busca de sobrevivência.
Como a tendência, pela primazia das eleições majoritárias, seria de concentração de força em dois ou três partidos, e esse espaço já está ocupado por PT, PMDB e PSDB, restaria aos demais adotar outro caminho. E as comissões provisórias serviriam a esse propósito. Em sua visão, elas são utilizadas estrategicamente para permitir aos líderes uma maior coordenação durante as eleições, lhes dando mais liberdade de fazer alianças e acordos.
"Por um lado, as comissões são obstáculos a um ambiente de maior democracia interna, mas, por outro, elas estruturam a arena eleitoral e dão estabilidade aos resultados", diz o pesquisador.
Guarnieri destaca que a força advinda dessa forma de (não) organização contraria o senso comum de que as eleições brasileiras seriam baseadas em um "bando de candidatos aleatórios" e que o poder dos políticos viria do controle sobre os votos de uma parcela do eleitorado. Antes de cultivar os votos, é importante garantir acesso a recursos dos partidos, como o tempo de propaganda de TV e, ainda mais primordial, o direito de se candidatar pela legenda - decisões que passam pela coordenação das burocracias partidárias.
O pesquisador lembra que o instituto das comissões provisórias, criado pela Lei Orgânica dos Partidos Políticos (Lopp), de 1971, é uma herança da ditadura militar e tinha como objetivo impedir a ascensão de candidatos indesejados na Arena, partido de sustentação do regime.
Para Maurício Brusadin, a legislação seguinte, de 1995, ainda "cheira a mofo", ao considerar como soberana apenas a Executiva nacional. Em sua opinião, deveria-se discutir uma espécie de Estatuto do Filiado, nos moldes em que se criou o Estatuto do Torcedor, para o futebol.
O deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) é contra grandes interferências na vida das legendas e defende a livre organização partidária. "É um princípio conquistado na luta contra a ditadura e faz parte da Constituição. Quem dá força ao partido são os eleitores", diz, ao lembrar que os filiados petistas podem escolher dos dirigentes locais ao presidente nacional. "O PT tem eleição direta. Mas a indireta é ilegítima? Não. Difícil definir o que é melhor. Não podemos obrigar", afirma.

Descrição: http://www.valor.com.br/sites/default/files/gn/11/08/arte25pol-102-comissao-a12.jpg

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Na amazônia, já são mais de 150 mil ocupações em áreas da União, Unidades de Conservação e áreas indígenas.

Do: Correio Braziliense
O aparecimento de novas jazidas minerais poderá acarretar uma ocupação desordenada e predatória próxima às áreas indígenas na Amazônia, onde existem significativas reservas estratégicas sem exploração. O alerta é feito em um documento produzido pela área militar do governo, que enumera centenas de minas existentes na região. O relatório observa que a compra de terras associadas às riquezas, inclusive por estrangeiros, pode gerar a cooptação de líderes indígenas ou novos conflitos com os índios.

Desde 1996 tramita no Congresso o projeto que regulamenta a exploração mineral em terras indígenas, mas somente depois do massacre de 29 garimpeiros  na Reserva Roosevelt, em Rondônia, em 2004, que ganhou força. A área, uma das mais ricas do Brasil em diamante, estava sendo explorada por não índios, que dividiam o lucro com os indígenas. Por causa de uma desavença, os garimpeiros — que atuavam ilegalmente — foram mortos pelos donos da terra. Atualmente, a proposta do governo está parada na Câmara, à espera de análise por uma comissão especial.

O documento revela que existem vários tipos de minerais em terras indígenas da Amazônia. Em São Gabriel da Cachoeira (AM) está a maior reserva de nióbio, enquanto que Nova Olinda do Norte (AM) concentra uma jazida de 340 milhões de toneladas de cloreto de potássio. "A profusão de garimpos de ouro aluvial e a existência de jazidas de diamantes são exemplos do potencial econômico da região, motivador da cobiça de vários atores nacionais e internacionais", observa o relatório.

400 anos

Dados da Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM) indicam que alguns minerais poderiam ser explorados por até 400 anos. No relatório, os militares observam que a incalculável riqueza amazônica, suas dimensões continentais e a falta de fiscalização podem facilitar a exploração ilegal do subsolo da região.

A análise também trata da terra indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, cuja demarcação foi feita de forma contínua, mantida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas poderá ter questões contestadas. Uma delas é a de o usufruto dos índios não poder se sobrepor aos interesses de política de defesa nacional ou da instalação de serviços, o que contraria, de acordo com o relatório, uma convenção internacional. "O problema não é a ocupação da Amazônia, é a falta de regulamentação da exploração desses recursos naturais em solo indígena", diz a senadora Kátia Abreu (PSD-TO), que solicitou os dados. A presença da Polícia Federal e das Forças Armadas também poderá sofrer restrições sob a alegação de que isso causaria interferência na vida das populações locais.

Outro problema é o baixo preço das terras da Amazônia, um chamariz para a especulação. A Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) avalia que mais da metade das 300 mil ocupações existentes na região estão instaladas ilegalmente em áreas da União, ou em unidades de conservação e terras indígenas, o que pode também gerar fundiários. O volume de invasões pode ultrapassar 22 milhões de hectares, conforme dados do próprio governo.