segunda-feira, 7 de setembro de 2009

sarney, o camaleão – parte 7

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DE CONVENTO DOS MERCEDÁRIOS PARA MEMORIAL DOS MERCENÁRIOS

Por Domingos Dutra


HISTÓRICO

Em 1218, São Pedro Nolasco, seguidor de Nossa Senhora das Mercês e da Redenção dos Cativos, em Barcelona, Espanha, destinada a congregar cavaleiros religiosos e profanos visando resgatar das mãos dos Mouros os cristãos prisioneiros das Cruzadas. Em Portugal esta ordem foi introduzida pela rainha D. Izabel, destinada apenas a questões religiosas, sendo a mesma expulsa pelo rei D. Marciel, em 1504. No Brasil uma expedição espanhola em 1639 implantou a Ordem através dos frades mercedários Pêro de La Rua Cirne e Ivan de Mercedes, que ergueram a primeira ermida e um convento, na ilha de Marajó. Em 1794, a Ordem foi expulsa do Estado do Grão-Pará.

NO MARANHÂO

Em 1654 os frades Mercedários Raimundo Cerveira, Manuel de Assunção, Antonio Nolasco e o irmão leigo João das Mercês começaram a construir um convento sob a invocação de Nossa Senhora da Assunção e uma igreja sob a invocação de Nossa Senhora das Mercês. A inauguração ocorreu em 31 de janeiro de 1660 com missa campal e sermão do Pe. Antônio Vieira, superior dos jesuítas. Em Alcântara também foi construído um convento em 1658, sob a invocação de Nossa Senhora dos Remédios. Em 1677, o Bispo D. Antonio Xisto Albano vendeu o convento ao Governo do Estado, tornando-se quartel da Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros.

COMO SARNEY SE APOSSOU DO CONVENTO

Agindo sempre de forma sorrateira e dissimulada, Sarney usando e abusando dos poderes da Presidência da República se apossou indevidamente do histórico convento. De início instituiu o Memorial dos Presidentes da República, vinculado ao Arquivo Nacional para “perpetuar a história da República, amizade entre os povos de língua portuguesa e a interação latino-americana e guardar e preservar os acervos arquivísticos, bibliográficos e museológicos dos Presidentes do Brasil”. Mas logo em seguida através do Decreto Federal nº 95589, de 06.01.1988, alterou o propósito inicial, criando a Fundação José Sarney para cuidar do acervo documental do próprio Sarney desde 1952. Para consumar a apropriação indébita do Convento, Sarney “convenceu” o Governador do Estado e aliado político, Epitácio Cafeteira, a fazerlhe a doação através da Lei nº 5.007, de 06.04.90. Consumando o crime contra o patrimônio público o então governador e hoje senador Edson Lobão, eterno aliado de Sarney, através da Lei Estadual nº 5.551, de 09.11.92 transformou o que era para ser o memorial dos Presidentes da República em exclusivo MEMORIAL DO PRESIDENTE JOSÉ SARNEY, constituído de acervo bibliográfico, acervo audiovisual, acervo museológico, escola de música; banda, livraria, mausoléu; pátio para atividades culturais; lanchonetes e salões para eventos.

DOAÇÃO DE ARAQUE

Sonhando ser presidente da república, a filha Roseana então governadora, com medo de repercussões negativas que a apropriação do convento poderiam ter, simulou uma aceitação sem ônus, da doação do Convento com arreios, pinicos e cueiros do pai, sancionando a Lei nº 7.565, de 07.11.2000.

Como o sonho de verão derreteu-se com escândalo da LUNUS, até hoje a doação não se concretizou e Sarney continuou fazendo estripulias com o erário: No Governo de José Reinaldo (PFL), até então seu aliado foram assinados dois convênios destinando recursos para a fundação do senador. O primeiro em 10.02.03, publicado no Diário Oficial do mesmo dia no valor de HUM MILHÃO, CENTO E TRINTA E NOVE MIL, CENTO E QUARENTA E DOIS REAIS E SETENTA E DOIS CENTAVOS. O segundo em 01.04.03, publicado no Diário Oficial do dia 22.05.03, no valor de SESSENTA E HUM MIL REAIS. Depois o Senador, fingindo ser amante das matracas, resolveu fazer o São João fora de época chamado Vale Festejar no Convento das Mercês, também alimentado todo ano com recursos públicos, hora do governo federal, hora com a viúva do Estado. Ainda no Governo José Reinaldo foram destinados HUM MILHÃO, NOVECENTOS E QUINZE MIL REAIS para a Gerência Metropolitana dirigida por Ricardo Murad, cunhado da Senadora Roseana Sarney, exatamente para festividades juninas fora de época no convento. Há dezoito anos os contribuintes pagam uma conta alta com despesas de um palácio privado. Agora mesmo a Empresa de Correios e Telegráfos está cobrando do Senado Federal a quantia de R$ 400 mil reais pelos serviços que uma museóloga prestou na fundação do Senador Sarney. Sarney usa recursos do povo brasileiro e abusa do erário maranhense para cultuar sua personalidade, alimentar sua vaidade e perpetuar o poder dinástico no Estado. O Convento dos Mercedários, que no passado era um templo de orações e conversões, foi transformado em terreiro de macumba e templo dos mercenários dos recursos públicos.

Em 2005 o então Governador José Reinaldo já rompido com o grupo Sarney encaminhou para Assembéia Legislativa projeto de Lei, aprovado por ampla maioria reincorporando o Convento ao patrimônio público. O Senador Renan Calheiros, então Presidente do Senado, ingressou com uma ação no Supremo Tribunal Federal, relatada pelo Ministro Marco Aurélio Melo. Como era de se esperar o Convento das Mêrces voltou aos plenos poderes do Senador Sarney. Pelo andar da carruagem e pelo poder que o Senador acumula na República tudo indica que o convento será sua última morada e de lá, Renan, Collor, Gim Aguinelo, Agraciel, Roriz, solicitarão ao Papa a sua santificação. Cruz Credo! Se o Padre Antônio Vieira vivo estivesse, com a franqueza com que proferia seus sermões, com certeza referindo-se a Sarney, repetiria o Sermão do Santíssimo Sacramento: “Tempos houve em que os demônios falavam e o mundo os ouvia; mas depois que ouviu os políticos, ainda é pior o mundo”.

AQUI JAZ TUTACÂMON SARNEY

Mausoléu de Sarney no Convênto das Mercês No memorial dos mercenários o imperador construiu a sua catacumba. Isto mesmo, Sarney mandou construir um mausoléu só para ele. Em sua derradeira morada, Sarney não abre para seu ninga. Ele não aceita dividir as atenções com parentes, aderentes e muito menos com puxasacos. Ele quer ficar só e absolutamente só no confortável palácio. Sarney quer ter o prazer de ouvir do infeliz que por lá passar: AQUI JAZ Sarney, mesmo correndo o risco de ser xingado. Algum desavisado poderá perguntar: e aonde será enterrado o restante da dinastia? Ora, Sarney responderá na bucha: há outros lugares nobres para cada um da família: igreja da Sé, Palácio Henrique de La Roque, Igreja Santo Antônio, terreiro de macumba de Bita, Palácio dos Leões, Igreja São José de Ribamar, de cujo santo o Zé tomou o nome emprestado e onde o padre Bráulio está prontinho para celebrar as missas de corpo presente, corpo ausente e todas as que forem necessárias para livrá-los do purgatório.

O engraçado é que um amigo me contou que ao visitar o mausoléu ouvia os vigias se maldizendo: “Fulano, vai ser assombroso a gente ficar aqui vigiando depois que o Sarney morrer. Beltrano respondeu: é mesmo, mas temos que ficar espertos e com as mãos nos bolsos”. Talvez os inocentes estivessem com medo de sujar o mausoléu com as mãos.

SERÁ QUE ESTE É O CARRO OFICIAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA?

Relíquia escondida no Memorial José Sarney (antigo Convento das Mercês): Sarney, para manter a vaidade possui este símbolo pertencente à Nação Brasileira. Talvez para ser usado no trajeto para sua última morada. É demais! Com a palavra as autoridades brasileiras, em especial o Ministério Público Federal para verificar se é uma réplica ou se é o original.

PROVAS DO CRIME

Lei de doação do convento

Lei de Re-doação do convento

Lei do Memorial Sarney

Reforma do convento, já na mãos de Sarney, com uso de dinheiro público

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Projeto aprovado pela Assembléia em Sessão Extraordinária em 09/07/03

MAIS FARRA COM DINHEIRO PÚBLICO

da Editora de Cidade - ERNESTO BATISTA - Jornal O Estado do Maranhão (06/07/2003)

Grande animação marca abertura da programação do Vale Festejar Convento das Mercês se Transforma num grande arraial com a reunião de todos os ritmos e sotaques da cultura popular maranhense; festança se estenderá durante todo o mês, com várias atrações num prolongamento das festas juninas. O arraial se estenderá durante o mês de Julho, até o dia 27, com a programação de quinta-feira a domingo e entrada franca. A noite de abertura, só para convidados foi marcada pela presença de diversas autoridades, personalidades do mundo artístico, produtores culturais, empresários e jornalistas. Entre os presentes destaram-se os atores globais Nizo Neto, Elizângela, Fernada Torres e Roberto Battaglin. Do cenário político. compareceram os senadores manranhenses Roseana Sarney, Edison Lobãoe João Alberto, além de Patrícia Gomes(CE) e Íris Araújo(GO), e os deputados César Bandeira, Sarney Filho, Nice Lobão, Gastão Vieira, entre outros.

O convento das Mercês sede da Federação Da Memória Republicana se transformou no terreiro dp primeiro São João fora de época do país. Aberto na última sexta feira, o Maranhão vale festejar promete ser um ponto de encontro do público com o melhor da cultura popular maranhense.

AS SENADORAS Íris Resende, Patrícia Gomes e Roseana Sarney chegam à festa do Vale Festejar (Jornal O Estado do Maranhão - 06/07/2003)

Atriz Fernanda Torres na moldura do Senador José Sarney, e D. Marly (Jornal O Estado do Maranhão - 13/07/2003)

O Senador José Sarney com Joãozinho Trinta, Alexandra e o Governador José Reinaldo Tavares e o Senador Edison Lobão (Jornal O Estado do Maranhão - 13/07/2003)

TROMBAMENTO?

Jornal Estado de São Paulo edição de 08 de Março noticiou que o Senador José Sarney pressiona o Governador José Arruda (Demo) para tombar a sua casa no Sítio de Pericumã, localizada os arredores de Brasília. O Senador loteou o sítio de 500 hectares, transformou em condomínio de luxo, recebeu alguns trocados pela venda dos lotes e quer preservar a casa de morada. O Secretário de cultura do GDF Silvestre Gorgulho que assessorou o Senador na Presidencia da República é a favor do tombamento. A diretoria de patrimônio histórico e artístico do Governo Arruda é contra por falta de embasamento legal, porém para não desagradar o Rei propõe uma mediação: que seja tombada apenas a biblioteca. Para que doutor? Sarney arregaçou o Bigode, lançou faísca pelos zóios e não aceita só o tombamento da biblioteca justificando: “não poderia mais pegar os livros que quizesse na hora que desejasse”. Arriégua, assim é fácil ser imortal!

ILHA ENCANTADA?

(Indicação do Sr. Domingos Dutra). Sugere a adoção de medidas relativas à inclusão do Município de Raposa e da Ilha de Curupu no Estado do Maranhão em um plano de desenvolvimento turístico completo. EXMº SR. Ministro do Turismo O município da Raposa localiza-se na Ilha de Upaon-Açu, no Estado do Maranhão. O mesmo foi criado em 1994 e instalado em 1997 com a eleição do primeiro prefeito. A pesca e o turismo são as principais atividades econômicas do Município da Raposa. A pesca expressa no popular porto da Raposa de onde desembarcam diariamente pescados de variadas espécies que abastecem os mercados do Maranhão, Piauí, Ceará e até a Capital Federal. O turismo se expressa através do artesanato e de uma rede de restaurantes como o “Capote”, o “Natureza”, o “Fazendinha”, a “Palhoça” e vários outros de excelente culinárias, reconhecida nacional e internacionalmente. O Município da Raposa possui 25 mil habitantes distribuídos em uma área territorial de 6.418 (seis mil, quatrocentos e dezoito) hectares, incluindo a Ilha de Curupu (que significa cacique Cabelo de Velha) pertencente ao Senador José Sarney e à sua família, com área de 2.500 (dois mil e quinhentos) hectares. Ou seja, o Senador José Sarney possui 38% do total das terras do município, enquanto que 25 mil habitantes do município tem que se contentar com apenas 3.918 (três mil, novecentos e dezoito) hectares, correspondendo para cada habitante míseros 1.567 (hum mil quinhentos e sessenta e sete) metros quadrados. O desenvolvimentos da pesca e do turismo em Raposa dependem fortemente das praias do município. Ocorre que as únicas praias existentes na Raposa, em número de 15, encontram-se dentro da Ilha aforada pelo Senador José Sarney. A falta de acesso às praias inibe os investimentos dos donos de restaurantes e pousadas, com impactos negativos no desenvolvimento local, na geração de emprego e renda de milhares da raposenses. Alguns anos atrás alguns donos de restaurantes tentaram por conta própria estabelecer um ponto de apoio de suas atividades na praia de Carimã, próxima à sede do Município, no interior da Ilha de Curupu, porém os mesmos foram imediatamente impedidos pelos prepostos do Presidente do Senado Federal. Há no Brasil inúmeras ilhas em situação similar à Ilha de Curupu como Itaparica e Fernando de Noronha com forte desenvolvimento turístico a partir do aproveitamento racional dos recursos naturais. Nos termos do artigo 20 da Constituição Federal, combinado com as disposições do Decreto Federal nº 9.760, de 5 de setembro de 1946, as ilhas pertencem ao patrimônio da União Federal e ainda conforme dispõe o artigo 2º, do mencionado decreto federal, as praias são consideradas terrenos de marinha, portanto pertencentes ao patrimônio da União. Em sendo patrimônio da União é legalmente possível e economicamente necessário a construção de um plano turístico de aproveitamento integral dos recursos naturais existentes em ilhas como a Ilha de Curupu. Neste sentido, a presente indicação tem objetivo de sensibilizar o poder público e todas as suas esferas federativas, visando a construção de alternativas de desenvolvimento sustentável, a partir do uso racional e sustentável dos recursos naturais existentes no Município da Raposa, incluindo principalmente as praias situadas na Ilha de Curupu, em número de 15 (quinze), em especial as mais próximas da Sede municipal sem prejuízo dos direitos patrimoniais do Senador José Sarney. Este é o anseio dos agentes políticos e econômicos do Município da Raposa em especial dos proprietários de restaurantes, que desejam estabelecer de forma responsável e nos termos da legislação em vigor um ponto de apóio na praia de Carimã para dinamizar suas atividades econômicas e gerar emprego e renda para sofrida população da raposa. Sala das Sessões, em de fevereiro de 2009. “Justiça se faz na luta”

CONTITUIÇÃO FEDERAL, ARTIGO 37:

§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. VEJA COMO A OLIGARQUIA SARNEY RESPEITA A CONSTITUIÇÃO.

ALGUMAS ESCOLAS COM NOME DE SARNEYS

PEQUENOS EXEMPLOS DE CASAS DE SAÚDE COM NOME DE SARNEYS

É impossivel aprender e ter saúde com tanta assombração.

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