terça-feira, 30 de março de 2010

Armando Nogueira, que foi mais Armando do que Nogueira

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O "forjador do jornalismo de televisão".

Mas quê jornalismo?

Do Blog Diário Gaúcho

A edição/manipulação do debate Collor versus Lula na eleição presidencial de 1989, veiculado pela TV Globo. Vejam como se montou o golpe midiático da eleição de Collor:

Abaixo, as explicações dos editores do JN da TV Globo sobre a célebre manipulação golpista.

Vejam que Armando Nogueira, mais Armando do que Nogueira, conforme depoimento de seus subordinados, escafedeu-se, homiziou-se em lugar incerto, para não participar da edição do JN que selou o resultado das eleições de 1989. Uma edição jornalística manipulada em favor de Fernando Collor, que acabou como todos sabemos.

Esta é a mídia que temos no Brasil e que prevalece até os nossos dias, mesmo que duas décadas tenham transcorrido. Uma mídia que o jornalista Armando Nogueira ajudou a forjar e consolidar. O mesmo Armando que muitos hoje perfumam como "poeta do texto esportivo" e "criador do jornalismo televisivo". Sim, criador do jornalismo de tevê, do jornalismo que apenas expressa a "liberdade de imprensa" dos donos das emissoras.

Mas vejam o imbróglio da edição, no qual Armando, repito, se escondeu - talvez de vergonha - para não ter de participar de um golpe contra a democracia brasileira. Observem que o editor de texto do JN na época, Octávio Tostes, confirma que a edição é uma "peça antológica de como não se deve fazer jornalismo".

Pois, esse jornalismo, esse não-jornalismo, ainda continua no ar.

Edição do debate de 1989 na REDE GLOBO


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Este último vídeo registra uma vergonha do jornalismo nacional.

Sucessivos chefes de uma organização altamente centralizada vão tirando o corpo fora de um problema, jogando a responsabilidade para os subordinados.

Alguns foram crucificados.

Outros, canonizados.

A culpa, claro, deve ter sido do faxineiro.

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