domingo, 2 de agosto de 2009

Brasil x USA

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Mais uma colaboração da minha amiga L. de PoA.

Lá, como aqui, algumas coisa mudam para nada mudar.


Barack Obama nomeou Michael R. Taylor para o cargo de Assessor Sênior de Margaret Hamburg, Presidente da Food and Drug Administration (FDA), órgão do governo americano que regulamenta alimentos e medicamentos.

O Curriculum da figura:

Michael R. Taylor era um importante "protetor" da Monsanto e sua trajetória está
intimamente ligada à aprovação dos transgênicos nos EUA (logo, no mundo).

Em 1991, após os cientistas da FDA concluírem que não havia segurança suficiente para a liberação de alimentos transgênicos no país, o governo de Bill Clinton criou um posto no órgão especialmente para Taylor, que trabalhara por sete anos como advogado da Monsanto.

Taylor foi o chefe do grupo que criou o conceito da "equivalência substancial". Segundo o "método", fazendo-se uma comparação química básica, entre uma planta transgênica e sua similar não mutante (a natural), pode-se concluir que a transgênica é "substancialmente e quimicamente equivalente" à natural, logo, por analogia, é segura.

Mas os arremedos de cientistas/advogados foram mais longe na hipótese: se ela é quimicamente equivalente e portanto segura, logo, não é necessária a realização de testes exaustivos, complexos e "muito" caros para verificar sua segurança.

A equivalência substancial é um conceito pseudo-científico para fins de julgamento comercial e político mascarado de científico. Foi criado basicamente para fornecer uma desculpa para não se requererem testes bioquímicos e toxicológicos.." Apesar disso, conceito foi difundido pelo mundo e possibilitou a liberação dos transgênicos em diversos países -- inclusive no Brasil/Esbórnia.

Taylor também foi responsável para que o FDA liberasse o hormônio de crescimento bovino transgênico (rBST ou rBGH), da Monsanto. O produto é injetado em vacas para aumentar a produção de leite, mas diversos estudos apontam evidências de que ele produz efeitos colaterais nas vacas (como aumento da incidência de mastite) e que provoca no leite o aumento do nível de outro hormônio associado ao surgimento de câncer de mama, próstata e colo.

Taylor não só conseguiu que o hormônio do leite fosse aprovado nos EUA, como impediu que a informação sobre o uso do produto aparecesse nos rótulos de embalagens de leite e derivados (a Monsanto chegou a processar os produtores que rotularam seu leite como "livre de rBST".

Taylor saiu da FDA em 1994 e foi para o Serviço de Inspeção e Segurança de Alimentos (FSIS) do USDA (departamento de agricultura dos EUA), até 1998, quando pede demissão e vira...... vice-presidente da Monsanto para a área de "políticas públicas" (o "lobista-chefe" da empresa).

Para quem conhece ciência, o cara foi um filho da puta prá lá de experto né? Indiscutivelmente é um advogado.

Comentário politicamente (in)correto:

Aprenderam com os e$bornianos, muda tudo para não mudar nada, só que no estilo "american way of life".
Em segurança alimentar e de medicamentes, os americanos estão tão fudidos como os esborneanos!

PS. Pelo menos nisso o mordomo lulalau pode dizer que nossos padrões são iguais aos dos países desenvolvidos.
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