segunda-feira, 27 de julho de 2009

A crise do senado, falando em ética ou corrupção e clientelismo endêmico

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De todas as coisas ridiculamente tristes que tenho ouvido durante essa crise do senado, a que mais faz o meu ouvido doer são os Democratas (ex PFL, ex Arena, ex lambe botas), discorrendo sobre ética na política, como se do assunto entendessem e praticassem.

Se há um partido que, em nenhum momento de sua existência teve um comportamento ético, chama-se DEM/PFL/ARENA, começaram como os labe botas, as viandeiras da milicada, nos quais quais ficavam penduradas nos sacos porque só puxar não bastava. Faziam de tudo e com todos, e cobravam pouco, apenas o direito de mamar na teta do regime autoritário. Como diz o sarney hoje, para usar (e abusar) do poder político concedido, em troca, davam a fachada pseudo político/eleitoral para a caserna.

Não é a toa que sarney, acm, mão santa, borhausen, inocêncio de oliveira e tantos outros, tornaram-se milionários em pouquíssimos anos de "política". ACM tinha dois imóveis quando começou e hoje a família é dona de metade da Bahia, e alguns arredores. Sarney foi percentualmente mais eficiente, é dono de 100 % do Maranhão, sem participação familiar, só resistem as grandes corporações.

A origem de tudo começou lá, na Arena, partido "governista" de fachada, pois governistas eram apenas os militares, o resto era o resto, que podia ser usado, abusado e saqueado pelos outorgados do regime, todos fiéis cães de guarda do regime, de suas torturas, sequestros e assassinatos.

Quando a ditadura balançou, foram os primeiros ratos a sair do barco. Do PFL saiu sarney, migrando para o PMDB, para poder integrar o regime de transição, como vice do Tancredo Neves. Olha que foi um grande acordo de transição, com a corja de sustentação do regime militar costurando sua participação política pós ditadura.

Não podemos imaginar o que aconteceria se Tancredo tivesse governado, mas sabemos o que aconteceu. Um outorgado do regime militar assume, era a Arena de novo, travestida de PFL/PMDB, um puro representante da oligarquia coronelista nordestina que assumia o Brasil. Pouco tempo depois, transformou Brasil em brasil e agora numa E$bórnia.

Durante o governo do coronel maranhense, que além de tudo faliu o país, ARENA/PFL e PMDB mamaram até se lambuzar, forraram as burras, de lambuja, levaram a concessão de centenas de rádios e TVs, via ACM, que era o ministro das telecomunicações do bigodudo. Todas afiliadas da rede Globo, sistema que foi dado de presente para roberto marinho, pelo apoio ao golpe e aos crimes do regime, sempre exaltado pelo "jornalista" carioca. Mas na hora agá, roberto marinho foi outro roedor que pulou fora, assim que as pesquisas indicaram que o regime ia afundar logo, mas vez ou outra demonstrava sua saudade da ditadura e dos benefícios que dela usufruia.

Saindo o sarney, ARENA/PFL/PMDB/PSDB grudaram na teta do novo governo, fernando collor de melo, mas o amor durou pouco, até este vazar água, quando os velhos ratos abandonaram o barco, de novo, mas agora já tinham know how.

Depois agarraram tudo que podiam, do saco do itamar às tetas do fhc, do qual tiveram a vice presidência. Fizeram a única coisa que sempre fizeram em seus feudos, usaram, abusaram e saquearam.

Num país de memória curta, poucos lembram que seus membros se envolveram em quase todos os piores escândalos financeiros do país, incluindo o do banestado (evasão de divisas, lavagem de dinheiro, suspeita-se que até de tráfico), fraudaram a SUDAM, a SUDEPE e tudo que puderam colocar a mão, os estados do nordeste que o digam, com uma estrutura agrária medieval, foram saqueados por seus senhores feudais, definitivamente consolidados no poder, cada estado tem seu clã mandante. Os jereissate são a face "moderna" do coronelismo cearense, que é levado as raias da bandidagem em Alagoas, ambos os clãs representados no senado. No norte idem, com vários "jaders barbalhos", eternos "usuários" da SUDAM.

Agora, graças à PeTralhada, que queria o direito de mamar sozinha (e teve que dividir a teta com o PMDB), a ARENA/PFL/DEM não consegue um saco amigo para se pendurar, então, fingem e até passam por honestos e éticos, mas no fundo, queriam mesmo é ter sua porcentagem no butim. Afinal, em 50 anos, é a primeira vez que estão fora do saque ao estado, e isso os incomoda, profundamente.

Mas uma coisa tenho que reconhecer, são grandes atores de talento extraordináriamente convincentes. Ouvindo-os agora, quem não os conhece e ao seu passado, pode até acreditar que são honestos, quem sabe éticos? Que piada tragicômica!

Política num país de memória curta é uma coisa muito deprimente!

PS. Me perguntaram por que não falei muito do PSDB, a reposta é simples: para que? No PT e no PSDB o ambiente é o mesmo, só mudam as moscas.
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