quarta-feira, 8 de julho de 2009

Filantropia à brasileira!

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Inspiração da minha amiga L, que tem colaborado com muitas idéias para o blog.

Instituições “filantrópicas”, teoricamente, são instituições sem fins lucrativos e para “benefício social”, em função disso, não recolhem uma série de impostos e contribuições, estimados em mais de meio bilhão de reais, nada mais justo que façam filantropia de verdade.

Como tem esse benefício legal, as instituições de ensino reconhecidas como filantrópicas, por força de lei, devem reservar um percentual de vagas para alunos bolsistas, o valor das bolsas é calculado sobre a folha de pagamento, 20%, que seria relativo ao valor patronal da cota da previdência social, deve ser, integralmente, convertido em bolsas.

A definição e critérios para a concessão da bolsa obedece critérios legais, complementados pelos da instituição.

Como sou religiosamente democrático, vou pegar uma exemplo católico e um protestante de filantropia, as mensalidades de uma PUC (tem um monte SP, MG, RJ, PR, RS, etc.) ou uma ULBRA (tem um link central para outra penca de faculdades e cursos), ambas instituições de ensino superior, reconhecidas como filantrópicas pelo poder público e pertencentes a religiosos “filantropos”. Bom, sabemos que suas mensalidades, de filantrópicas não tem nada e seus cursos são tratados pelo potencial de gerar lucro ou prejuízo. Sabemos também que o “filantrópico” em educação é meramente semântico.

Apesar disso, a lei que obriga a concessão de bolsas é um coisa boa e uma forma de obrigar os “filantropos” a fazer filantropia.

Mas como estamos na E$bórnia, qualquer coisa boa, no momento que ficou ao alcance de um político e outro tipo de picaretas, se transforma numa merda, vejamos.

Matéria do jornal Correio do Povo de Porto Alegre

Joana Colussi

joanacolussi@correiodopovo.com.br

Enviada aos ministérios públicos Estadual e Federal para investigação, uma lista com 91 alunos da Ulbra revela que familiares de políticos foram beneficiados com bolsas de estudo da instituição. Na relação, constam os nomes de filhos e sobrinhos de parlamentares gaúchos que obtiveram descontos de 30% a 100% nos valores das mensalidades.

Em tese, o benefício deveria ser concedido a estudantes carentes, conforme prevê a lei envolvendo instituições filantrópicas. que têm isenções de impostos do governo federal. A Ulbra deveria destinar, do total de alunos, 20% em bolsas para os que comprovam carência.

A lista de bolsas institucionais da Ulbra foi levantada por uma auditoria feita na universidade por determinação da Justiça Federal de Canoas. O documento chamou a atenção do juiz que conduz os trabalhos, por conter nomes de familiares de políticos como bolsistas, indicados pelos próprios parlamentares.

um dos exemplos é Danielle Fraga, filha de francisco (chico – DETRAN - solidària - merenda) fraga, ex-secretário-geral de governo (Ronchetti) de canoas. a estudante obteve bolsa de 100% para o curso de Fisioterapia. Fraga é referência também para a aluna Marcela Andressa Ronchetti, filha do ex-prefeito de Canoas Marcos Ronchetti. Ela conseguiu benefício de 50% no curso de Medicina. Além delas, Fraga aparece na indicação de outros seis alunos.

Na relação entre pais e filhos, consta Tamara Obregon Bacci, 22 anos, filha do deputado federal Enio Bacci. Ela é bolsista de 50% na Faculdade de Odontologia. A filha do senador Sérgio Zambiasi, Tamara, aparece. Obteve 100% para o curso de Farmácia. Formada há dois anos, a jovem de 27 mora na Itália.

A isenção total também foi concedida à estudante de Fisioterapia Daniela Aurora Braz Wobeto, filha do vereador da capital Luiz Braz.

O nome do deputado federal Germano Bonow aparece na indicação da sobrinha Helena Gorostidi Bonow, com 30% de abatimento no curso de Direito. O mesmo parentesco é constatado entre o secretário estadual da Saúde, Osmar Terra, e o aluno Claudio Augusto Diana Terra – contemplado com 50% no Direito.

O juiz da 1ª Vara Cível Federal de Canoas, Guilherme Pinho Machado, encaminhou a relação ao procurador da República em Canoas, Adriano Raldi, e ao promotor Adriano Marmitt. 'A questão diz respeito a um dos requisitos legais para obtenção da filantropia, que é a concessão de bolsa de estudos para alunos carentes, no percentual de no mínimo 20%', diz o despacho do juiz.

Como se defendem os picar, digo políticos citados:


PS. Se isso acontece com o estado que é considerado o mais politizado da união, imagina o que acontece no resto.

Comentário politicamente incorreto:

Dizem que para forjar e transformar um povo, em uma nação, é preciso o sangue de uma guerra, a revolta farroupilha foi isso, uma guerra civil, forjou um povo, com uma identidade quase de nação. Mas tá na hora de outra, pois pelo visto, o ferro está enferrujado e os políticos mijaram no fogo da forja!

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