sexta-feira, 10 de julho de 2009

CASA DOS HORRORES, by the Economist


.
O senado e$borniano está indignado com o artigo intitulado "Casa dos Horrores", publicado pelo jornal britânico The Economist.
Li o jornal e acho que foi bastante leve ao discutir a crise que abala o senado do brasil e a canalhice que impera.
Abaixo a tradução feita pelo Montado Num Porco, o texto original está no The economist.

CASA DOS HORRORES

9 de Julho de 2009, São Paulo
Da edição impressa do The Economist
O que os Membros do Parlamento da Inglaterra poderiam aprender de Senadores brasileiros

O presidente do Senado de Brasil senta em uma cadeira de couro azul, projetada por Oscar Niemeyer, célebre arquiteto brasileiro. Confortável pode ser, mas seus ocupantes também a consideram um poleiro inseguro. Nos últimos oito anos, três presidentes de senado foram suspensos ou renunciaram por causa de escândalo. Agora um quarto, José Sarney, ex- presidente do Brasil e novelista de meio período, está balançando.

O Senado tem 81 membros, mas de alguma maneira exige quase 10.000 pessoas para atende-los. Muitos destes são designados como favores a senadores, “amigos de” ou por partidários políticos. Um ex-integrante diz que seus colegas acham que o senado é como uma mãe para eles. Outros comparam-no a um clube de campo. Os benefícios aos seus membros incluem seguro médico grátis, vitalício, para senadores e seus familiares, pensões generosas e auxílios moradia. Isto já é familiar aos brasileiros e, talvez, não tão diferente do que acontece em outros parlamentos ao redor do mundo.

Mas os últimos meses trouxeram revelações novas. A polícia está investigando uns 660 “atos secretos”, elaborados desde 1995 que premiaram trabalhos e pagamentos de benefícios aos funcionários. Os senadores distribuíram passagens aéreas gratuitas a parentes, solicitaram auxílios moradias e mesmo apartamentos funcionais onde não residem. Os funcionários receberam horas extras mesmo quando a câmara estava em recesso. Foi revelado que o cabeça da administração do senado, Agaciel Maia, possui uma casa de R$ 5 milhões (US$2,5 milhões), e a registrou em nome do irmão para não declarar ao imposto de renda.

Muitos senadores, de todo o espectro político, cometeram alguma falta. Por exemplo, quando o líder do partido de oposição (PSDB), foi em uma viagem particular a Paris, o senado pagou suas despesas de hotel. Ele disse que foi um empréstimo, o que agora pode fazer parecer até injusto que Sr. Sarney esteja sob pressão para renunciar.

Mr. Sarney não pode alegar ignorância sobre o funcionamento do Senado, pois esse é seu terceiro mandato como seu presidente. Durante uma gestão anterior na cadeira azul, ele designou o Sr. Maia para sua vantajosa posição. Um de seus netos recebeu um lucrativo negócio no Senado, embora o Sr. Sarney nessa época, não fosse seu presidente. O Sr Sarney também omitiu na declaração de renda ao tribunal eleitoral uma mansão que possui em Brasília.

O Sr Sarney, que passou 50 anos na vida pública e é um sobrevivente, provavelmente manterá seu poder, já que é membro do Partido do Movimento Democrático brasileiro (PMDB), um insaciável aliado, mas fundamental para manter a coalizão do governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Lula quer também que o Sr Sarney balance o peso do PMDB, e sua máquina partidária, para apoiar Dilma Rousseff, a provável candidata do partido dos Trabalhadores a eleição presidencial ano que vem.

Lula disse que o Sr Sarney merece mais respeito e culpou a imprensa por se aproveitar dos repetidos escândalo. Mas, quando a economia está apenas iniciando sua saída da recessão, a saga dos atos secretos pode lembrar aos brasileiros que seus políticos são permissivos consigo próprio e pode lembrar também as “falhas” dos aliados e colaboradores de Lula, que tende a se fingir de cego quando os escândalos o atingem.


PS. perdoem a tradução, mas o blog tá meio enferrujado.
.

Nenhum comentário:

Postar um comentário