sexta-feira, 17 de setembro de 2010

O Bem Amado, de Dias Gomes, deveria ter sido filmado em Curitiba - PR

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Uma das novelas de maior sucesso da TV brasileira, com o título de "O Bem Amado", vai para a telona. Virou um filme, dirigido por Guel Arraes.

A novela narrava, em plena ditadutra militar, o dia a dia de uma cidade tipicamente brasileira e sul americana, ambientada na costa da Bahia e chamada de Sucupira. Seu personagem principal era um prefeito, Odorico Paraguassu, interpretado por Paulo Gracindo.

Tinha de tudo um pouco, corrupção, politicagem, jagunços, matadores a serviço de políticos, fraudes eleitorais, superfaturamento, obras pagas e não construídas e todas essas coisas comuns na política brasileira.

Como eram os anos 70, e o país vivia o sonho latinoamericano das ditaduras da milicada, a coisa não foi fácil. Obviamente a milicada não gostava nadinha das críticas a política nacional, diluidas em situações de comédia e diálogos inteligentes. Acensura comia solta e Dias Gomes, tinha que se virar para não ser totalmente tolhido.

Mesmo na TV do mafiosos roberto marinho, queridinho dos militares, a linha entre o que podia e não podia ser dito era bem difinida.

O Bem Amado, versão cinematográfica, foi filmado no município de Marechal Deodoro, cidade histórica, pertinho de Maceió, que foi transformada na Sucupira.

A cidade, que tem 399 anos, conta com 18 igrejas (sem contar as "evangélicas", mas isso é coisa para outro post, pois como dizia, a mais de um século atrás, aquele cara muito inteligente, mas que traia a mulher e era sustentado pelos amigos, a religião é o ópio do povo). Sucupir, digo Marechal Deodoro, tem 30 pousadas, um mini shopping e uma agência bancária, .

Para virar cenário, Mal. Deodoro passou por um minucioso e caro trabalho de adaptação, tanto do lugar, como do povo, o que transformou "O Bem Amado", no segundo filme mais caro da história do cinema brasileiro, R$ 8,3 milhoes.

Parágrafo único. Só perde para aquele que foi pago pela petrobras, eletrobras e empresas com grandes contratos governamentais ou que receberam empréstimos do BNDES (sabem qual é né, a vida do jesus cristo metido a Einstein e que nasceu em Garanhuns), que custou R$ 12 milhões.

Comentários Politicamente (In)Corretos

Não sei porque gastar tudo isso com um filme, era só fazer um reality show em qualquer prefeitura do interior dessa E$bórnia.

Se fizesse um na Assembléia Legislativa do Paraná então, seria indicado para o "Oscar" de melhor filme de ficção, pois os gringos jamais acreditariam que o que acontece lá é real.

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