Da agência o Estado
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, assumiu na última quinta-feira o posto de conselheiro da Itaipu Binacional. Até então, o chanceler era um dos raros casos no gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ministro que não engordava seus vencimentos com jetons. Participava do conselho da Fundação Dom Cabral, mas sem remuneração. Agora, a cada reunião que vier a participar em Foz do Iguaçu, geralmente uma por mês, Amorim deverá receber um contracheque (hollerith) de mais de R$ 12 mil.
O jetom será somado ao salário de um diplomata com 45 anos de carreira, que conduziu as importantes missões do Brasil nas Nações Unidas e na Organização Mundial do Comércio e que comanda pela segunda vez o Itamaraty. Fixada em 2007 pelo Congresso Nacional, a remuneração básica de Amorim é de R$ 10.748,43, excluídas as diárias de viagens internacionais que, de acordo com os seus hábitos espartanos, raramente acabam transformadas em despesas.
Filiado ao PT desde setembro passado, o chanceler passou a sofrer a dedução de um (duplo) dízimo de 20% em seu salário básico, conforme as regras do partido. O Sistema de Arrecadação de Contribuição Estatutária (SAF), exclusivo do PT, captura essa contribuição automaticamente de todas as autoridades e funcionários públicos filiados ao partido. Mas, para sorte do chanceler, não alcançará o jetom nem as diárias.
Por decreto presidencial, editado no Diário Oficial de sexta-feira, Amorim ocupou a vaga do Conselho de Administração de Itaipu deixada pelo embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, ex-secretário-geral das Relações Exteriores e atual ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE).
Ao Itamaraty cabe um posto no conselho, que passou de Ênio Cordeiro, atual embaixador em Buenos Aires, a seu sucessor na Subsecretaria de Assuntos de América do Sul, Antônio Simões.
Comentário politicamente (In)Correto
Nenhum comentário:
Postar um comentário