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Adaptação pelo Montado Num Porco do artigo: Biodiversity - More complicated than you think. A new, giant virus is confounding old certainties.
Da editoria de Science and Technology do:
Da editoria de Science and Technology do:
The Economist Oct 28th 2010
BIODIVERSIDADE não é só um assunto de tigres e baleias, ou borboletas e árvores, ou até mesmo recifes de coral e atum. Também é sobre criaturas miríades pequenas de ver e em um número quase incontável. É fácil esquecer, especialmente em reuniões como a Convenção da Diversidade, como a de Nagoya, sob a tutela da ONU (que até agora não mostrou ao mundo o que de concreto foi decidido). A grande biodoversidade é a microscópica, que está cada vez mais surpreendente.
Nesse contexto, a descoberta feita Curtis Suttle e seus colegas da Universidade de Columbia britânica de um novo vírus, denominado vírus “Cafeteria roenbergensis”, ou CroV, não deveria ser surpreendente. Mas para o que se sabe dos vírus, o CroV é surprendente, há dúvida até se ele é mesmo um vírus, já que tem 544 genes, se considerarmos que a maioria dos vírus tem uma dúzia ou pouco mais. Pode sintetizar suas próprias proteínas, coisas que os vírus normalmente deixam para as células que eles infectam produzir.
CroV, como sugere seu nome, é um parasita de roenbergensis, um organismo planctônico unicelular, descoberto só em 1988. O interessante do roenbergensis é que, apesar de ter sido descoberto tão recentemente, é uma das criaturas (predadoras), mais abundantes do planeta. É achado em todos os oceanos (tal qual os políticos). Os roenbergensis, onde foram encontrados esse novo vírus, saíram de uma pedreira na costa do Texas.
Ver um mundo em um grão de areia
As informações sobre a descoberta foram publicadas nos Proceedings of the National Academy of Sciences é não são uma surpresa completa. Um vírus maior, denominado Mimivirus, que vive em amebas de água doce também foi descoberto naquele local em 2003. Mas CroV é sem dúvida o maior a sair do mar.
Apesar de alguns biologistas questionar se vírus são ou não organismos vivos (questionamento aplicável também para os políticos). Mas para a maioria dos biologistas, como vírus têm genes, podem se reproduzir e podem estar sujeitos às pressões evolutivas impostas por seleção natural, já é o bastante para biologia os reivindicar. Ainda mais se tratando do CroV, que tem 544 genes (composto de 730,000 pares alelos), número superior ao de muitas bactérias, criaturas que por unanimidade, são consideradas seres vivos.
O problema com pensamentos absolutos em biologia é que evolução não trabalha assim. Na verdade a regra é a do menor esforço, economizar energia, se um organismo pode “subcontratar” ou mesmo “escravizar” parte do esforço de metabolizar, pode ter certeza que fará, com isso poderá ficar o tempo todo flanando (sem gasto de energia), e se aproveitando do esforço alheio (um amigo disse que até parece o PT e seus sindicalistas). Por outro lado, não há nenhuma regra determinando que ele deva se aproveitar do trabalho alheio e que resolva trabalhar por conta própria (meu amigo também diz que o PT deveria se lembrar disso de vez em quando).
CroV parece estar a pouco tempo no negócio, além dos genes que relacionam a síntese de proteína, têm outros que codificam os mecanismos de reparos no DNA, enquanto outros estão envolvidos com ciclagem de proteínas. A forma que o CroV faz isso já ultrapassa a mera subcontratação de funções, segundo os biologistas, essa infecção se transforma em um transplante de personalidade completo para a célula infectada (qualquer semelhança com o aparelhamento do estado pelo PT não é mera coincidência).
Voltando ao lado científico, perto de um terço dos genes de CroV é semelhante aos genes de outro vírusm denominado Mimivirus, sugerindo que eles tem um antepassado comum. Dos outros dois terços, uma parte significativa deles parece ter sido copiado de bactérias (copiar-colar, de novo, muito parecido com o PT). Mas uma parte é única, nada igual havia sido vista antes (como nunca antes nessa terra, é o vírus clone do PT). Para os pesquisadores, um capítulo novo inteiro de padrões de vida foi aberto (putz, igual ao PT com a ética e com a vergonha na cara).
Dois séculos depois que Carl Linnaeus inventasse o sistema de classificação biológica e um século depois que o Charles Darwin descobrio os mecanismos da evolução, a aplicação disso para esplicar a diversidade e a evolução dos organismos microscópicos ainda está engatinhando. Eu concordo com o autor do artigo, nenhum virologista se propos a estudar o PT.
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