sábado, 31 de julho de 2010

Putarias do judiciário

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Do Estadão (1 ano sob censura).

O jornalista Itevaldo Júnior, de São Luís (MA), obrigado a retirar do seu blog texto que continha acusações contra um juiz de uma das varas cíveis.

Segundo o blogueiro, o juiz teria comprado uma fazenda de 101,19 hectares no interior do Maranhão, por R$ 5.000, de uma ré cuja prisão preventiva foi revogada pelo próprio magistrado.

Na liminar, o juiz Alexandre Lopes de Abreu, responsável pela decisão, alegou que não foi respeitado o princípio da defesa para o magistrado. A Associação Maranhense de Imprensa (AMI) divulgou nota oficial afirmando que o ato "fere a democracia e é uma clara tentativa de intimidação contra jornalistas no exercício da profissão".

"Fiz uma matéria com base documental, como é corriqueiro na apuração jornalística. Em nenhum momento foi cerceado ao juiz o direito de defesa. O blog sempre garantiu o direito ao contraditório", disse o jornalista.

"Não houve censura", disse o juiz responsável pela decisão. "Houve a preservação de uma imagem. A notícia não trouxe a oportunidade de defesa. Toda informação deve ser contrabalançada. Publicar a defesa depois da publicação da matéria não vai conseguir reverter a imagem do acusado", declarou. O autor da ação não quis comentar o caso.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Código Florestal

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Caros amigos,

É chocante, a Comissão Especial da Câmara, tomada por deputados ruralistas, conseguiu enfraquecer o nosso Código Florestal. Porém a lei ainda não foi para votação então ainda podemos salvar nossas florestas.

A campanha pelo Código já chamou atenção em Brasília, houveram algumas revisões no texto e conseguimos entregar a nossa petição para deputados e líderes partidários depois que as nossas 40.000 mensagens foram bloqueadas pela Câmara. Porém vamos precisar de apoio para dar fôlego à campanha e para encarar o poderoso agronegócio.

Nós podemos focar em deputados indecisos, lançar um apelo midiático, organizar ligações em massa e manifestações, estando presente com mobilizações em massa a cada momento decisivo. Nós já somos mais de 650.000 pessoas da comunidade da Avaaz no Brasil, se cada um contribuir R$ 5 as nossas vozes serão ouvidas, como fizemos com a Ficha Limpa. Clique abaixo para contribuir:

https://secure.avaaz.org/po/codigo_em_perigo/?vl

Nós sabemos que as nossas campanhas funcionam. Algumas semanas atrás entregamos a maior petição pelas baleias a história, diretamente para os delegados da Comissão Baleeira Internacional. A nossa campanha se tornou a principal notícia do BBC World News e ao final, apesar do forte lobby das nações a favor da caça comercial de baleias, a proibição da caça foi mantida.

Aqui no Brasil nós sabemos que a nossa comunidade é uma nova e poderosa força democrática – apesar de quase 25% dos deputados responderem a processos na justiça, nos disseram que a Ficha Limpa nunca iria passar, mas depois de construirmos a maior campanha online na história do Brasil, nós vencemos!

Especialistas dizem que se a proposta ruralista passar, esta será a maior perda ambiental em décadas, permitindo a destruição de 80 milhões de hectares de florestas nativas e dando anistia para todos os crimes ambientais desde 2008. O Código Florestal garante não só a preservação das florestas e as populações que dependem dela, mas também previne as mudanças climáticas.

O poder do modelo da Avaaz é usar a tecnologia para que uma pequena equipe possa gerar o engajamento coletivo de milhões de pessoas. A campanha da Ficha Limpa foi possível com apenas alguns membros da equipe da Avaaz, servindo toda a comunidade no Brasil. Clique abaixo para doar uma pequena quantia para turbinar a nossa campanha, desafiando os ruralistas e defendendo o Código Florestal:

https://secure.avaaz.org/po/codigo_em_perigo/?vl

A nossa comunidade no Brasil contribuiu para desafiar as convenções e trazer uma nova política, transparente e responsável. Vamos agir juntos novamente e construir este movimento para garantir que as políticas e leis reflitam os interesses de todos nós brasileiros e não somente uma minoria poderosa. Juntos nós podemos construir o Brasil que queremos!

Com esperança,

Graziela, Ricken, Alice, Luis, Iain, Pascal, Benjamin e toda a equipe Avaaz

Fontes:

Mudança no Código Florestal pode resultar no desmatamento de 80 milhões de hectares:
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/06/21/brasil,i=198600/MUDANCA+NO+CODIGO+FLORESTAL+PODE+RESULTAR+NO+DESMATAMENTO+DE+80+MILHOES+DE+HECTARES.shtml

Novo código florestal pode agravar ameaça à Amazônia:
http://oglobo.globo.com/pais/mat/2010/07/26/novo-codigo-florestal-pode-agravar-ameaca-amazonia-917240888.asp

Retrocesso ambiental (Greenpeace):
http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Retrocesso-ambiental-/

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Islas Faroe Recrudece Matanza Anual de Delfines

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La Sociedad para la Conservación de Ballenas y Delfines denunció que durante el último mes, más de 600 delfines han muerto en diversas matanzas realizadas en varios sectores costeros de las Islas Faroe. Estas se producen sin ningún tipo de regulación internacional y a pesar de las evidencias sobre los altos niveles de toxinas presentes en la carne y grasa de estos mamíferos marinos.

25 de Julio de 2010 – Más de 600 delfines de distintas especies han sido liquidadas durante el último mes en cuatro localidades de las Islas Faroe, denunció la Sociedad para la Conservación de Ballenas y Delfines (WDCS en inglés).



De acuerdo a la información entregada por WDCS, la última matanza fue realizada el pasado viernes en Sandageroi y contempló la eliminación de 108 delfines. El 19 de julio 250 de estos cetáceos sufrieron igual suerte en Klaksvik, el 09 de mismo mes 193 delfines murieron en Húsavík y el 24 de junio 50 fueron asesinados en Vestmanna.

La escalada ballenera se produce tras dos años de disminuciones en el numero de animales cazados. En 2008, no se registraron capturas 25/07/10 Islas Faroe Recrudece Matanza Anual de Delfinesluego que los médicos jefes de las Islas Faroe concluyeran que la carne de los delfines capturados no es apta para el consumo humano debido a los altos niveles de toxinas presentes en el tejido muscular, los órganos y la grasa. Sin embargo, en 2009 cerca de quinientos delfines murieron en este tipo de matanzas.

Las Islas Faroe es una región autónoma del Reino de Dinamarca, ubicada en el Atlántico Norte (entre Escocia e Islandia), donde se practica la matanza anual dedelfines calderón, también conocidos como “ballenas piloto”, con fines de consumo humano. Aunque esta es la especie que genera mayor atención a nivel internacional, las matanzas anuales incluyen otras especies de pequeños cetáceos.


Las cacerías anuales como las que se llevan a cabo anualmente en las Islas Faroe o Japón, se realizan sin ningún tipo de control de la comunidad internacional, ya que la Comisión Ballenera Internacional (CBI), el foro multilateral encargado de la conservación y manejo de los cetáceos sólo aborda el manejo de especies de ballenas y otras de grandes cetáceos como el cachalote o la orca.

La mayoría de los países miembro de la CBI consideran que la Comisión tiene competencia sobre los pequeños cetáceos y actualmente proponen modernizar sus estatutos con el fin de consolidarla como el organismo internacional encargado de la conservación de todas las especies de cetáceos, incluido el delfín calderón.

Fuente: WDCS, CCC

www.ccc-chile.org

www.cerocazadeballenas.cl

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Triste mas verdadeiro

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Colaboração do W, que é M.

"O Brasil ficou entre os 8 melhores do mundo no futebol e ficou triste. Mas é o 85º em educação e não há tristeza."

Senador Cristovam Buarque

Comentários Politicamente (In)Corretos

Precisa?

Irã pressiona mulher condenada ao apedrejamento a dar nomes de defensores

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Publicado no Estado de São Paulo, 22.07.10:



Visite o site freesakineh.org – há texto em português.Inclua sua assinatura e divulgue:

Inteligência iraniana quer saber como foto de Sakineh foi distribuída e quem mantém site de campanha

LONDRES - O governo do Irã está pressionando a iraniana sentenciada à morte por apedrejamento para que ela revele os nomes das pessoas envolvidas em uma grande campanha por sua libertação, informa nesta quinta-feira, 22, a versão digital do jornal The Guardian.

O caso de Sakineh Mohammadi Ashtiani ganhou atenção da comunidade internacional depois de seus filhos lançarem uma campanha por sua libertação. Depois de protestos contra a sentença no mês passado, o Judiciário iraniano disse que ela não seria morta por apedrejamento, mas ainda assim enfrentava a pena capital.

Sakineh, de 43 anos, foi interrogada na prisão de Tabriz sobre as pessoas que estão em contato com sua família e como sua foto foi distribuída para a mídia internacional, informa o jornal. A imagem se tornou um símbolo para os ativistas que lutam contra as sentenças de apedrejamento no Irã.

"Sakineh esteve sob grande pressão desde que o mundo passou a dar atenção ao seu caso", disse uma fonte próxima de sua família ao Guardian. "Recentemente ela foi interrogada e aconselhou seus filhos a ficar em silêncio ou seriam presos também. A pressão internacional é a única esperança para a libertação de Sakineh", disse.

O advogado de Sakineh, Mohammad Mostafaei, recebeu uma carta do serviço de inteligência iraniano convocando-o para uma reunião na prisão de Evin nos próximos três dias para "esclarecer certos assuntos". O advogado é um dos mais proeminentes no Irã e se ofereceu voluntariamente para cuidar do caso.

Sakineh recebeu 99 chibatadas, mas foi posteriormente acusada de adultério durante o julgamento de um homem acusado de matar seu marido. O Judiciário disse que Sakineh será executada porque "é acusada de assassinato".

Mostafaei divulgou um comunicado dizendo que Sakineh foi absolvida pelo assassinato e que a pena capital não foi mencionada em sua sentença final. Segundo ele, a Justiça disse que o caso seria revisado em um tribunal nos próximos 20 dias, mas o destino da iraniana segue incerto.

Campanha

Diferentemente de outros casos de apedrejamento no Irã, quando mulheres condenadas por adultério são abandonadas pela família, os filhos de Sakineh lançaram uma grande campanha por sua mãe. Sajad, seu filho de 22 anos, que inicialmente escreveu uma carta aberta ao governo pedindo a libertação de sua mãe, recebeu um comuniado do governo pedindo que desligasse seu telefone celular e não falasse com a mídia. A inteligência iraniana o convocou duas vezes na semana passada.

O site freesakineh.org, destinado a reunir assinaturas contra a execução da iraniana, já reuniu mais de 120 mil adeptos à libertação de Sakineh. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, e uma série de outras figuras públicas já deixaram seus nomes na página.

Segundo o Guardian, outros 15 iranianos aguardam a execução por apedrejamento. Um grupo de ativistas, o Irã Solidário, está organizando uma série de protestos no próximo sábado, 24, em apoio a Sakineh.

Estamos ficando velhos

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Colaboração do AR.

Olha como estamos ficando velhos!!!
Dia 06/07/2010 foi o dia em que Marty McFly chegou ao futuro no seu Delorean...


quarta-feira, 21 de julho de 2010

Frases do Porco

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Para ser um político nessa E$bórnia chamada brazil o candidato deve.... preencher no mínimo 5 dos sintomas descritos no livro MENTES PERIGOSAS e que identificam um psicopata.

Para ser um político renomado e nacionalmente conhecido, o candidato deve preencher no mínimo 10 dos sintomas.

Ser político nessa E$bórnia e a maneira mais segura de garantir dinheiro público para os interesses privados.

A voz do povo é a voz da.... MEDIOCRIDADE!

O viciado em sexo é um cara que.... sabe das coisas!

Todos gostam de mamar no dinheiro público

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Em 1970, Carlos Eduardo Gallo assassinou sua mulher após desconfiar de uma traição. Nunca foi punido, em parte pelo machismo (legítima defesa da honra), mas fundalmentalmente por ser procurador, classe raramente punida nesse país.

Sua filha, então com 12 anos, começou a receber a pensão da mãe.

Em 1989, Carlos Eduardo Gallo descobriu que tinha câncer e se matou. S

À pensão da mãe, somou-se então a pensão pai, com base na Lei Complementar 180/78 que determinava que filhas solteiras de servidores públicos tinham direito a pensão permanente.


Para não perder a teta, a pensionista nunca se casou, apesar de ter vivido 12 anos com uma pessoa, com quem teve uma filha.

O estado descobriu o "jeitinho" e cancelou a pensão em 2009, alegando (com razão), que a pensionista tinha uma relação estável equivalente a um casamento.

Agora, por determinação da "justiça", a pensão recomeçou a ser paga.


A "pensionista", hoje com 52 anos anos, se chama Maitê Proença.

Comentários Politicamente (In)Correto

Esse país é um grande puteiro controlado por muito poucos cafetões.

PS. E olha que ela finge que é séria num programa feminino e feminista da GNT!

PS linha. Hoje, as 2 pensões somam R$ 13.000,00

terça-feira, 20 de julho de 2010

O que Maguila, Tiririca e Ronaldo Ésper tem em comum

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Nada, só uma vontade de mamar na teta pública.

Os 3 vão tentar uma boquinha na Câmara dos dePUTAdos.

Maguila pelo PTN,Tiririca pelo PR (o partido, não o Estado) e Ronaldo Ésper, pelo PTC (provavelmente para imitar Clodovil).

Comentários Politicamente (In)Corretos

Sem comentários!

PS. Dos 3, o Ésper é o que tem mais chance de se destacar no congresso, já foi pego roubando esculturas de cemitérios, esse promete.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Subsídios federais à máfia internacional de pesca do atum

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Como se não bastasse a bandalha que se observa na pesca industrial nacional, agora os tarados PeTistas que dominam com seus CCs o Mi(ni)stério da Pesca estão dando de presente o que resta dos atuns do Atlântico Sul a predadores estrangeiros, para que usem nossa cota e nossos portos, com isenção de impsotos e outros subsídios. Tudo dentro do ‘esquemão’ em que o presidente da Comissão do Atum é um brasileiro, mancomunado com essa troupe de predadores encastelados em Brasília sem qualquer noção de sustentabilidade.

Essa gente, obviamente, jamais ouviu falar em conservação, em preservar estoques, em não MINERAR completamente as espécies pesqueiras, que é o que estão fazendo. Pior, darão tudo de mão beijada à mafia internacional da pesca de atum com SUBSÍDIOS, ou seja, dinheito meu e de vocês todos.

A pesca industrial ‘de atum’, pra quem ainda não sabe, também pesca ‘acidentalmente’ milhares de tubarões, tartarugas, aves e outras espécies ‘não-alvo’, contribuindo de maneira escandalosa para a destruição massiva da biodiversidade marinha. Em sua última reunião, a Comissão do Atum Atlântico ‘não teve tempo’ para tomar medidas sérias e efetivas de proteção da maioria dessas espécies, dedicando a maior parte do seu tempo a alocar cotas e mais cotas para dar continuidade ao massacre de tudo o que se move e é capturado por essa indústria MINERADORA.

QUANDO VAI ACABAR ESSA PUTARIA??? QUANDO TEREMOS UMA POLÍTICA DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE MARINHA, E NÃO UMA POLITICAGEM DE ROUBAR DUPLAMENTE – ROUBAR NOSSO DINHEIRO PRA SUBSÍDIOS INDUSTRIAIS E ROUBAR OS ESTOQUES PESQUEIROS PELA MINERAÇÃO DAS MÁFIAS INDUSTRIAIS ‘NACIONAIS’ E ESTRANGEIRAS???

FORA COM A MINERAÇÃO DA NOSSA FAUNA MARINHA, FORA COM A CORJA POLÍTICA DO PT NO MPA!!!! GESTÃO PESQUEIRA SUSTENTÁVEL, PRECAUTÓRIA, JÁ!!!

JTruda

País arrendará navios estrangeiros para pesca

Estratégia: Objetivo é garantir cumprimento da cota de captura de atum; interessados serão subsidiados

O Brasil voltará a arrendar embarcações estrangeiras para explorar as águas territoriais e garantir o abastecimento do mercado interno e o cumprimento da cota de pesca assumida pelo país em acordos internacionais.

O Ministério da pesca e aquicultura lançará, nesta semana, um edital com as regras para o arrendamento, suspenso desde 2008. Para atrair interessados, o governo não cobrará nenhuma taxa de operação dos estrangeiros e garantirá isenção de ICMS e subsídios diretos ao óleo diesel usado por essas embarcações - o litro do óleo pode custar R$ 1,65, estima o governo. A frota nacional tem esse mesmo direito.

"É uma política transitória, mas necessária para produzir pescados, cumprir nossa cota, absorver tecnologia, qualificar pessoal embarcado e gerar divisas", diz o secretário de Planejamento e Ordenamento do Ministério da pesca, Karin Bacha.

O país tem hoje 4 mil barcos industriais em operação, mas dedicados apenas às águas costeiras. Daí, a necessidade de atrair grandes barcos estrangeiros para capturar pescados em 3,5 milhões de km2 na Zona Econômica Exclusiva e em águas internacionais próximas. O governo criou um programa para financiar novas embarcações, mas até agora só 15 barcos estão em construção.

O objetivo é elevar a fatia em um negócio que beira os US$ 4 bilhões no mundo. A frota nacional industrial também é composta por 30 mil barcos de pesca artesanal - lagostas no Norte-Nordeste e camarões no Sudeste-Sul.

Em 2008, o Brasil conseguiu elevar sua cota de captura de 2,8 mil para 4,72 mil toneladas de Atum espadarte, o mais caro e cobiçado no exterior. Mas só tem conseguido cumprir metade desse compromisso. "Se não capturarmos, temos que ceder a cota. E temos atrativos fortes como áreas muito próximas da costa, custos baixos, e os pescados podem ser exportados ainda frescos, além de termos boa logística de portos e terminais pesqueiros", explica Karin Bacha. O país já é o terceiro entre os 13 maiores produtores de atuns no Oceano Atlântico.

O governo espera aumentar o histórico de captura em águas territoriais para garantir a cota anual na Comissão Internacional para Conservação do Atum do Atlântico (ICCAT), responsável pelo controle da pesca em alto mar no Oceano Atlântico e no Mar Mediterrâneo. "Isso nos dá mais poder para negociar e criar cotas", afirma Bacha. A cota de Atum espadarte permaneceu em 2,8 mil toneladas ao longo de toda a década de 1990. Em 1999, o país capturou 4,72 mil toneladas e usou isso para elevar sua cota. Mas, em 2008, pescou apenas 3,4 mil toneladas.

No edital, o Ministério da pesca deve prever arrendamento de 25 embarcações industriais de até 30 metros, com capacidade de captura para 150 toneladas. Os contratos valerão por dois anos, prorrogáveis por igual período. Ao menos 15 barcos serão dedicados à captura de atuns do tipo espadarte. Os demais vão pescar outras espécies de atuns, como albacoras e bonitos-listrados. "A pescaria é dirigida para todo o litoral brasileiro, mas ficará concentrada na faixa do Espírito Santo até o Nordeste", informa Karin Bacha. Em 2009, o Brasil exportou 232 mil toneladas de espadartes e 750 mil de outros atuns.

Não haverá cota para a captura, já que os volumes não devem ser ultrapassados em razão do tipo de embarcação. Os barcos estrangeiros, que deverão firmar contratos com empresas ou cooperativas nacionais para operar sob bandeira brasileira, devem vir de países como Japão, Espanha e Estados Unidos, donos das maiores e mais eficientes frotas pesqueiras do mundo.

O governo aposta nas contribuições dos estrangeiros para modernizar a pesca nacional. Os barcos brasileiros, em operação no Sul, Sudeste e Norte, são feitos de madeira e têm apetrechos para a pesca costeira. Os arrendados vêm para a pesca oceânica, são feitos de aço, têm autonomia grande e tripulação treinada na modalidade de espinhel (um cabo cheio de anzóis). "Eles pescam em águas internacionais, mas têm que exportar de portos brasileiros", lembra o secretário. Para isso, o país oferece vários terminais pesqueiros: Cabedelo (PB), Natal (RN), Ilhéus e Salvador (BA), Itaipava (ES), Rio de Janeiro (RJ), Laguna e Itajaí (SC) e Rio Grande (RS).


domingo, 18 de julho de 2010

No Nordeste, 22% dos eleitores recebem Bolsa Família, mostra Ibope

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Do site G1

Pesquisa Ibope encomendada pela TV Globo e pelo jornal "O Estado de S.Paulo" aponta que 22% dos eleitores da região Nordeste são diretamente beneficiados pelo programa Bolsa Família. Na região Norte/Centro-Oeste, esse percentual cai para 8%. No Sudeste, 7% são beneficiados pelo programa, enquanto no Sul são 5%.

O Ibope ouviu 2.002 eleitores em 141 cidades do país entre os últimos dias 31 de maio e 3 de junho. A pesquisa foi feita para detectar a intenção de voto do eleitorado e mostrou Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) empatados com 37% das preferências cada. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Considerando a renda familiar, o Ibope mostrou que 25% dos eleitores que têm renda de até um salário mínimo são diretamente beneficiados pelo Bolsa Família.O benefício também atinge 13% dos que ganham entre um e dois salários; 4% dos que ganham entre dois e cinco mínimos e 2% dos que recebem mais de cinco salários mínimos, ou seja mais de R$ 2.550.

Analisando a escolaridade dos beneficiários, a maior faixa está entre os que têm até a quarta série do ensino fundamental, 4%. Somente 1% disse ter ensino superior.

Segundo dados no site do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, o Bolsa Família é um programa de transferência direta de renda, com benefício no valor entre R$ 20 e R$ 200, para famílias em situação de pobreza (renda mensal por pessoa de R$ 70 a R$ 140) e extrema pobreza (renda mensal por pessoa de até R$ 70).

Dados da semana passada divulgados pelo governo indicaram que, em todo país, o Bolsa Família atende 12,4 milhões de famílias, totalizando R$ 49,2 milhões de beneficiários - cerca de 25% da população brasileira.

Em todo o país, 11% dos entrevistados disseram ser beneficiados pelo Bolsa Família – os dados do Ibope se referem apenas a eleitores. As informações do governo federal se referem a todos os beneficiários, eleitores ou não, inclusive crianças que recebam o benefício.

Um por cento os ouvidos na pesquisa disse ser beneficiário do Programa "Minha Casa, Minha Vida" e 3% afirmaram receber remédios gratuitamente. 83% dos entrevistados disseram não ser beneficiados por nenhum programa social do governo federal e 1% não sabia ou não quis responder.

Segundo a pesquisa, entre os demais programas sociais do governo federal - Prouni, Fies, Fome Zero, Primeiro Emprego, Inclusão Digital, Luz Para Todos -, o índice de eleitores que declarou ser beneficiado não atingiu 1%.

A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob protocolo número 13642/2010.


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Democracia construida a base de compra de votos, clientelismo e esmolas públicas?

Os sindicatos ensinaram bem a PeTralhada a fazer política de base!


Em ano de eleição, mais da metade da população brasileira depende de pagamentos do governo

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Do jornal O Globo

Em ano de eleição, mais da metade da população brasileira depende de pagamentos do governo

sforço do governo federal para tirar da pobreza absoluta 12,8 milhões de pessoas nos últimos anos - resultado, principalmente, de políticas de aumentos reais do salário mínimo e do funcionalismo, bem como da ampliação do Bolsa Família - transformou o orçamento federal numa grande folha de pagamento, segundo cálculos do economista especializado em contas públicas Raul Velloso. Tomando como base as despesas não financeiras da União em 2009 (que excluem pagamento de juros da dívida pública ou concessão de empréstimos), 48,8 milhões de brasileiros dependem diretamente do dinheiro advindo da arrecadação de impostos. Segundo reportagem deste domingo de O GLOBO, são grupos que vão de gente beneficiada com o seguro-desemprego ou o Bolsa Família até assalariados do funcionalismo público e aposentados, que contribuíram boa parte da vida em troca da remuneração.

Como, na sua grande maioria, esses pagamentos se configuram em renda familiar, o número de beneficiados é na prática bem maior. Se levado em conta que essa renda ajuda a manter ao menos duas pessoas (núcleo familiar básico) - e, no caso do Bolsa Família, núcleos familiares mais numerosos -, argumenta Velloso, a quantidade de brasileiros que vivem de recursos advindos da arrecadação tributária sobe para cerca de cem milhões de pessoas. Mais da metade da população do país.

No orçamento de 2009, observa o economista, esses gastos representaram R$ 570,5 bilhões, ou 77% de todos os gastos não financeiros - uma enormidade, dado que as despesas com saúde representaram 7,3% dos gastos totais, e os investimentos públicos, 6%. Na comparação com o orçamento de 2005, o número de brasileiros beneficiados diretamente passou de 40 milhões para 48,8 milhões, alta de 22% em cinco anos.

- Quando um governo tem tanta gente dependendo dele em termos de renda, isso dá um poder de influência eleitoral muito grande - diz Velloso. - Especialmente nos últimos anos, quando foi praticada uma política agressiva de aumentos reais do salário do funcionalismo e dos aposentados, sem contar a ampliação maciça do Bolsa Família.

Especialista: voto não é automático

Essa não é bem a lógica de cientista políticos, filósofos e sociólogos especialistas em analisar o impacto de políticas públicas no processo eleitoral, ainda que todos concordem que as políticas de distribuição de renda possuem um componente poderoso de atração de votos. Fernando Abrucio, doutor em ciência política pela USP e professor da FGV de São Paulo, diz que programas como o Bolsa Família têm o poder de atrair votos por causa da percepção de melhora na vida de famílias que não possuíam renda e passaram a tê-la. Mas ele não acha certo dizer que as políticas de recomposição real de salários e aposentadorias do governo Lula tenham o poder de se transformar automaticamente em votos para a candidata governista, Dilma Rousseff.

- Há uma expectativa de voto de aposentados do interior do Nordeste, por exemplo, que é muito diferente em comparação a aposentados de grandes núcleos urbanos no Sudeste e Sul, gente que provavelmente possui outra base educacional e acesso à informação - diz Abrucio. - E nem todos os funcionários públicos estão satisfeitos com as políticas do governo para o setor. Esse raciocínio tem limites.


Comentários Politicamente (In)Corretos

Alguma dúvida porque a dilma da silva lidera no norte e nordeste facil?

Que tal começar por nivel de educação, informação, dependência histórica do governo central, clientelismo e ai por diante..

sábado, 17 de julho de 2010

Para presidente da SIP, governo Lula ameaça democracia

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Para presidente da SIP, governo Lula ameaça democracia

Leandra peres para a FOLHA, de Washington

O presidente da SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa), Alejandro Aguirre, afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva "não pode ser chamado de democrático".

Segundo ele, Lula pode ser comparado a Hugo Chávez (Venezuela), Evo Morales (Bolívia) e Cristina Kirchner (Argentina) que, apesar de eleitos democraticamente, usam o governo para reduzir a liberdade de imprensa.

O "apoio moral" que o Brasil dá à ditadura em Cuba, a tentativa de aprovar leis no Congresso que limitam a liberdade de imprensa e o uso da publicidade oficial foram citados por Aguirre como sinais de fraqueza da democracia no Brasil, assim como na Argentina e no Equador.

"Temos governos que se beneficiaram das instituições democráticas, de eleições livres, e estão se beneficiando da fé e do poder que o povo neles depositou para destruir as instituições democráticas. Esses governos não podem continuar a se chamar de democráticos. Não podem seguir falando em nome de líderes democráticos do mundo porque não atuam dessa forma", disse.

Questionado se Lula faria parte do grupo de governantes, respondeu que "sim".

Aguirre também criticou Lula por não ter se pronunciado contrário à censura ao jornal "O Estado de S. Paulo", imposta pela Justiça há um ano e que proíbe a publicação de reportagens sobre a Operação Faktor, da Polícia Federal, que envolve Fernando Sarney, empresário e filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

O Palácio do Planalto não comentou as críticas.

A Venezuela, disse o presidente da SIP, é o país onde mais claramente se expressa a tendência de interferência. No Equador, o Congresso discute lei que a entidade considera "bastante restritiva" à liberdade de expressão.

Além da interferência de governos, a SIP aponta a crescente violência contra jornalistas como um risco à liberdade de expressão no continente --17 jornalistas foram assassinados neste ano e 11, sequestrados.

A SIP é uma organização sem fins lucrativos composta por 1.300 jornais que define sua missão como "defender a liberdade de expressão e de imprensa em todas as Américas". A Folha é integrante da entidade.

Mais uma do Einstein de Garanhuns. Melhor dizendo, ignorância explícita!

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- Quando li a manchete do jornal O GLOBO, eu não gosto de citar manchete, mas dizer que a Europa está parando de tirar petróleo do fundo do mar... eles não têm (petróleo).

- Primeiro, é preciso saber qual país da Europa tem petróleo no fundo do mar. O pouco que tem no Mar Morto (sic) está acabando, no Mar do Norte está acabando.

Lula da Silva

Comentários Politicamente (In)Corretos

Lula é o cara, é mestre em geografia, sabe tudo de geologia e agora é o cara também em engenharia, transferiu o mar Morto, do oriente médio para a Europa.

A Noruega, país que o lulalau acha que não tem petróleo, produz 2,3 milhões de barris de petróleo por dia e o Reino Unido, 1,4 milhão por dia. Todo esse volume extraido do mar. Será que o mordomo não sabe que eles produzem petróleo ou será que acha que eles não estão na europa?

Fale macio e leve um cheque em branco

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Do jornal The Economist

Speak softly and carry a blank cheque

À procura de poder, o Brasil está se transformando em um dos maiores doadores de ajuda do mundo. Mas vai até onde e a que velocidade?

Uma das iniciativas de pós-terremoto mais prósperas no Haiti é a expansão de Lèt Agogo (Muito Leite, em Crioulo), um projeto para encorajar as mães a levarem suas crianças à escola em troca de refeições livres. Está baseado no Bolsa Família e financiou com dinheiro de governo brasileiro. Em Mali algodão os rendimentos estão de vento em popa na fazenda experimental tocada pela e montada pela Embrapa. A Odebrecht, uma construtora brasileira, está construindo um gigantesco reservatório em Angola, o um dos países que mais contrata na África.

Sem chamar a atenção muita, Brasil é rapidamente vistoso um dos grandes beneficiadores para os países pobres. Dados oficiais não refletem isto. A agência de cooperação brasileira (ABC) que administra a “ajuda técnica” (projetos aconselhadores e científicos), tem um orçamento de só R$ 52 milhões (US$30 milhões) para 2010. Mas estudos pelo Instituto de Desenvolvimento Ultramarino de Inglaterra e pelo Centro de Desenvolvimento de Pesquisa Internacional do Canadá, estima que outras instituições brasileiras ultrapassem em 15 vezes o orçamento da ABC, em programas que são administrados pela própria ABC, que teve seus gastos triplicados a partir de 2008. A contribuição do país para o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (UNDP) é de R$ 20 milhões a 25 milhões por ano, mas o verdadeiro valor dos bens e serviços que provê, pensa a administração do UNDP no Brasil, é R$ 100 milhões. Some a isso os R$300 milhões que o Brasil dá ao Programa Mundial de Alimentação, mais o compromisso de dar R$350 milhões para a reconstrução do Haiti; ajuda para a faixa de Gaza; mais os R$ 3,3 bilhões em empréstimos comerciais que empresas brasileiras têm em países pobres desde 2008 (feitos pelo BNDES, com juros subsidiados e apoiados pela China). Tudo isso eleva a ajuda para o “desenvolvimento” de países pobres que o Brasil fornece, pode chegar a $4 bilhões por ano (veja a tabela abaixo). Isso é menos que a China, mas semelhante a doadores generosos como a Suécia e Canada, que ao contrário do Brasil, não são subdesenvolvidos nem tem seu nível de pobresa.



Esse reforço de ajuda teve grandes implicações, pois ajuda o Brasil a competir com a China e Índia para influência no mundo em desenvolvimento. Também agrega apoio pela intenção do país em ter um assento permanente no Conselho de segurança da ONU.

Para países ascendentes como o Brasil, essa corrida por influência e para reduzir a pobreza em determinadas partes do mundo, pode economizar aborrecimentos e trazer negócios e benefícios futuros, diz Antonio Patriota, o ministro para negócios estratégicos. Além disso, ajuda tem um forte sentido comercial. Por exemplo, Brasil é o maior produtor mundial de etanol eficiente e quer criar um mercado global baseado no combustível “verde”. Mas não pode fazer isso sendo o único grande fornecedor. A tecnologia do etanol espalhando-se para os países pobres cria outro fornecedores impulsiona as chances de um mercado global e gera negócio por empresas brasileiras. O esforço do Brasil para à indústria de ajuda do mundo só é possível porque compensam a retração dos doadores tradicionais.

Como a China, o Brasil não impõe condições e regras para que os recebedores de ajuda assumam o estilo ocidental de vida, como fazem os Estados e Europa. Em geral, os doadores ocidentais preocupam-se menos sobre ajuda brasileira do que dos chineses, pois pensam o governo brasileiro é menos ruim. A ajuda brasileira é focalizada mais em programas social e agricultura, considerando que ajuda chinesa financia estradas, estradas de ferro e docas em troca de acesso para matérias-primas (entretanto empresas brasileiras estão construindo instalações desse tipo no terceiro mundo).

Marco Farani, responsável pela ABC, diz que há um modo brasileiro de ajuda, baseado nos programas sociais que acompanham o sucesso econômico do páis. O Brasil tem uma vantagem comparativa, ele diz, provê tratamento de HIV/AIDS para os pobres e transfere dinheiro para programas como o Bolsa Família. Sua pesquisa de agricultura tropical está entre as melhores do mundo.

Mas o Brasil também ainda é um país que recebe ajuda internacional e suas ações estão corroendo a distinção entre os doadores e recebedores e desarranjando o velho sistema onde os doador ditam de cima para baixo as condições totais da ajuda. E tudo isso tem conseqüências para o Oeste. Com algum cautelas, os governos dos países ricos dão boas-vindas ao que os brasileiros chamam “da diplomacia de generosidade” da mesma maneira que eles fazem uma leve ambição de poder e que faz parte da ajuda. Afinal de contas, se (parece provável), os países emergentes vão ficar mais influentes, o Brasil, estável, democrático, em paz com seu vizinhos, parece ser mais atraente e tratável que, digamos, China ou Rússia.

Mas se ajuda é uma meta, o Brasil terá que mudar muito para ocupar o lugar no mundo para o que seu presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, aspira. O Brasil parece quase ambivalente sobre seu programme de ajuda. O país ainda tem enormes bolsões de pobreza típica do terceiro mundo e, ao enviar dinheiro para o exterior parece ser um paradoxo.

A lei brasileira proíbe dar dinheiro público a outros governos, distorções legais são inevitáveis. O ABC é pressionado pelo Ministério do Exterior e seus funcionários são vistos como inferiores pelos diplomatas e algumas ajudas, como para a Venezuela, são vistas como de cunho esquerdista e populista de Lula e o aumento da ajuda e contribuições humanitárias subiu 20 vezes em só três anos e que muitas delas são subordinadas a interesses pessoais e de insituições. Há muitas histórias de promessas quebradas, incompetência e corrupção.

Lentamente, entretanto, coisas estão mudando. Dilma Rousseff, a candidata presidencial de Lula, diz estar planejando uma nova agência de desenvolvimento para elevar o perfil de ajuda (se eleita). Como diz Mr Farani, o Brasil precisa de mais funcionários de ajuda, com mais independência operacional e uma maior ênfase em política, não apenas partes de projetos. Até que adquire esses novos atributos, o programa de ajuda de Brasil permanecerá em um modelo de espera, talvez, do país como um todo.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Clima, certeza e (in)segurança

Os negacionistas da mudança do clima, maldenominados "céticos", têm certeza de que, se ela existir, não foi causada pelo homem --ou não merece ser combatida. Para negar a necessidade de adotar um tratado internacional para reduzir a emissão de gases do efeito estufa, coisa que na sua convicção destruiria a livre iniciativa e daria poder demais aos governos, lançam dúvidas sobre a ciência do aquecimento global.

Quanto mais dúvida, melhor. Quem se arriscaria a adotar políticas custosas com base em informação questionável?

A negociação internacional sobre o tema saiu dos trilhos em Copenhague, no final de 2009. Parece pouco provável que volte a eles daqui a seis meses, em Cancún. O fracasso não foi, porém, obra exclusiva dos negacionistas.

Isso apesar de todo o barulho que conseguiram fazer com os e-mails furtados do caso "Climagate". E, também, com o erro constrangedor, porém menor, encontrado no Quarto Relatório de Avaliação do IPCC (AR4), sobre a descabida previsão de que as geleiras do Himalaia derreteriam até 2030.

Não, o que está paralisando a negociação é o bom e velho conflito Norte-Sul. Ele se encontra agora agravado pelo fato de que a crise financeira mundial está afetando muito mais o Norte que o Sul (embora China e Índia fiquem no hemisfério Norte e fosse mais correto falar em conflito Oeste-Leste).

No máximo se pode dizer que os negacionistas deram contribuição significativa para o retrocesso sofrido, nos EUA, pela noção de aquecimento global antropogênico (causado pelo homem) - ou "AGA", para encurtar. Antes do derramamento de óleo no Golfo do México, 50% dos americanos davam mais importância ao fornecimento de energia do que ao ambiente (43%), uma inversão do que vinha ocorrendo nos últimos nove anos.


Gallup

Toda a discussão interminável levantada pelos negacionistas, no entanto, poderá tornar-se obsoleta em breve. É provável até que espada capaz de cortar o nó górdio atado por eles nem seja desembainhada pela ciência do clima, mas sim pela atmosfera no mundo dos negócios.

Assim como fracassam em convencer seus pares na academia, é quase certo que ficarão falando sozinhos também diante dos capitalistas pelos quais lançaram sua cruzada. Em seu lugar, começaria a atacar o pessoal que mais entende de risco, as companhias seguradoras.

Não tenho simpatia especial por elas, mas ouvi com atenção o que Ernst Rauch, da multinacional Munich Re, tem para dizer. Foi uma das últimas mesas-redondas do Fórum Global de Mídia da Deutsche Welle (uma espécie de BBC alemã), em Bonn, na semana passada. A Munich Re é uma das maiores empresas do mundo em resseguros, ou seja, uma seguradora de seguradoras.


MunichRe

Rauch falou várias coisas interessantes, mas a que mais chamou a atenção está no gráfico acima. Como é provável que a legenda não fique muito legível, saiba que se trata de catástrofes naturais registradas entre 1980 e 2009.

A primeira coisa a assinalar é que a quantidade de desastres pelo menos dobrou, em três décadas. Saltou da casa dos 400 por ano, no início dos anos 1980, para a faixa de mais de 800 na segunda metade da década atual.

Note, agora, o que aconteceu com as barrinhas vermelhas. Apesar da oscilação, percebe-se que se mantiveram, de forma consistente, abaixo de cem catástrofes por ano. Elas representam os eventos geofísicos, como terremotos, tsunamis e erupções vulcânicas.

Apesar da tendência popular a associar tais tragédias à mudança climática, uma coisa nada a tem a ver com a outra. Os vendavais que sacodem a atmosfera e destroem milhares de vidas humanas não fazem nem cócegas na litosfera, crosta dura sobre a qual levamos nossas vidas insignificantes.

O que aumentou, mesmo, foram as barras verdes (tempestades), azuis (enchentes e deslizamentos) e amarelas (extremos de temperatura, secas e incêndios florestais). Todos eles eventos previstos para aumentar em frequência com a mudança do clima.

Quer isso dizer que são causados pelo AGA? Não necessariamente. Nenhum climatologista sério se arriscará a relacionar causalmente cada um desses eventos - como as enchentes da semana passada no Nordeste - com o aquecimento. Mas seria bom se eles começassem a dizer com mais ênfase que o aumento é, pelo menos, compatível com as previsões do IPCC.

E mesmo que não fossem, isso seria razão para deixar de agir? O pessoal da Munich Re acha que não. Pouco importa se os desastres são fruto do AGA ou não, se os danos a serem ressarcidos por seguros estiverem aumentando, seja por que razão for.

A mesma lógica cautelosa deveria aplicar-se aos governos. Não faz sentido esperar por um grau elevado e indefinido de certeza da ciência do clima para começar a preparar sua população e sua infraestrutura para o que parece uma tendência clara (veja a linha negra do gráfico). O dano potencial pode ser muito maior que o investimento na prevenção.

O Brasil mal começou a estudar a sério esse que talvez seja o capítulo mais importante de toda a discussão sobre mudança climática: adaptação. Um primeiro estudo sobre a vulnerabilidade da Região Metropolitana de São Paulo a enchentes foi lançado há poucas semanas. O país precisa de muito mais dessas avaliações, mesmo que seja só para mostrar que cheias e deslizamentos não são meras fatalidades da natureza, imprevisíveis por definição.

Entra governo, sai governo, e as áreas de risco não são mapeadas direito. As pessoas continuam morrendo arrastadas por enxurradas ou soterradas em lama.

Ao lançarem mais e mais dúvidas sobre a mudança do clima, os negacionistas - talvez inadvertidamente - contribuem para fixar a percepção de que nada se pode fazer a respeito. E, assim, ajudam a perpetuar a insegurança da população mais pobre. Com certeza não é essa sua intenção.


segunda-feira, 12 de julho de 2010

Programas partidários

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Nessa E$bórnia chamada brasil, os partidos deram outra conotação aos seus programas.

Para se "adaptar" aos conchavos, "alianças" e acomodações eleitorais, os partidos abandoram seus programas, para e se tornaram partidos de programa.

Lo Bueno, lo Malo y lo Feo de la Comisión Ballenera Internacional 2010

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La 62da reunión de la Comisión Ballenera Internacional (CBI) realizada entre el 21 y 25 de junio pasado en la Agadir, Marruecos, fue sin duda la reunión más importante de este organismo internacional tras la adopción de la moratoria sobre la caza comercial de ballenas en 1982.

Como cualquier situación coyuntural, la tensión generada por el denominado “proceso de paz” o “negociación” para definir el futuro de la CBI, dejó en evidencia las profundas divisiones existentes entre los gobiernos, e incluso la sociedad civil, en temas de conservación de cetáceos a nivel global.

Ante una propuesta que buscaba eliminar de facto el logro más importante en la historia del derecho ambiental internacional y violar los santuarios de ballenas, otorgando cuotas de caza comercial y legitimando la denominada “caza científica” en el Santuario del Océano Austral, no hubo posturas intermedias. Tanto gobiernos como ONGs mostraron ante los ojos del mundo su posición respecto a la matanza y el comercio de ballenas en el siglo XXI.

Después de 24 años, el gran tema de fondo - la moratoria sobre la caza comercial de ballenas - tuvo que enfrentar un incierto futuro durante las duras discusiones de las sesiones plenarias de la CBI.

Sin embargo, los argumentos esgrimidos por la mayoría de los países miembro que participan de manera autónoma e independiente en la CBI, dejaron en evidencia que los significativos beneficios sociales, ambientales y económicos generados por esta medida de protección valen mucho más que la revitalización de la destructiva y decadente industria ballenera.

El bloque de países de América Latina, conocido como Grupo Buenos Aires, demostró que para nuestra región, las ballenas son mucho más que animales carismáticos o simple moneda de cambio para mantener buenas relaciones con las naciones balleneras.

Con un turismo de avistaje de cetáceos en todos los países latinoamericanos que crece a más del 11% anual y que genera más de dos mil millones de dólares al año en cientos de comunidades costeras, el Grupo Buenos Aires alzó fuerte y claro la voz para defender los intereses de millones de ciudadanos de nuestro continente que directa o indirectamente dependen cultural, social, ambiental y económicamente de las ballenas vivas para sobrevivir.

Por su parte Australia, único país que desde hace dos años mantiene una propuesta para modernizar la CBI, logró colocar en el debate temas de gran relevancia que habían sido evadidos históricamente por la comisión como la reforma de los artículos V y VIII que permiten a las naciones balleneras continuar matando ballenas con fines comerciales o “científicos” respectivamente, mediante el uso y abuso de vacíos legales.

La gran decepción vino de Estados Unidos y Nueva Zelanda, dos naciones tradicionalmente conservacionistas que durante los últimos tres años han estado activamente involucrados en la negociación para definir el futuro de la CBI.

Lamentablemente, durante el proceso ambas naciones han abandonado paulatinamente sus políticas de conservación de cetáceos para acomodarse a los intereses pro balleneros de Japón, defendiendo hasta el final la propuesta débil, inmadura y carente de apoyo presentada por el presidente y vicepresidente de la CBI.

Las razones de este inexplicable cambio de conservacionistas a balleneros - más característico de repúblicas bananeras1 que de Estados democrática y económicamente estables – no han encontrado una respuesta coherente y satisfactoria en millones de ciudadanos de ambas naciones que demandan una explicación a sus gobiernos.

Japón y las naciones balleneras evidenciaron una vez más su incapacidad para reconocer o respetar el valor – económico, social y ambiental - que un creciente numero de países otorga a las ballenas vivas. Mediante argumentos intimidatorios y amenazadores, las naciones balleneras dejaron en claro que nunca hubo un proceso real de negociación y que preferirían abandonar la CBI y convertirse en piratas balleneros antes que aceptar y acatar las decisiones de la mayoría de los miembros de la comisión.

Sin embargo, la nota más grave de la reunión pasó casi desapercibida entre las discusiones sobre el proceso de negociación. Por primera vez en varios años más de una decena de países vinculados a la política de compra de votos de Japón en la CBI no asistieron a la asamblea anual tras un escándalo que dejó por el suelo la ya dañada credibilidad de Japón en materia de conservación marina.

Una investigación realizada por el diario inglés Sunday Times evidenció en video, los artilugios usados por Japón para sumar países a la CBI que votan en bloque a favor de la ballenería a cambio de programas de financiamiento pesquero, pagos en efectivo y hasta servicios de prostitutas.

A pesar de las contundentes evidencias y llamados a la CBI de parte de la sociedad civil para realizar una investigación independiente para identificar a los responsables de una práctica que ha mantenido a la CBI rehén por más de una década, todos los miembros de la comisión, sin excepción, decidieron ignorar el tema.

Finalmente, la inminente muerte de la moratoria y el posible retorno de la CBI a sus tiempos más oscuros - con cuotas de caza otorgadas con fines políticos, sistemas de monitoreo deficientes y penalizaciones a cargo de las naciones balleneras – remeció las bases del movimiento ambientalista que, en su gran mayoría, reaccionó con fuerza y determinación en contra de la propuesta ballenera y se unió para defender el derecho a la vida de las ballenas y la conservación de los océanos.

Aunque una minoría de ONGs - que apoyaron la fracasada propuesta de negociación presentada por el presidente y vicepresidente de la CBI - han afirmado que la reunión de Marruecos fue "un fracaso" para la conservación de las ballenas, su éxito radicó justamente en evidenciar que la eliminación de la moratoria y el retorno de la caza comercial de ballenas no es una opción representativa ni válida para los intereses de la gran mayoría de países, comunidades costeras y organizaciones de la sociedad civil, que buscan avanzar hacia la modernización real de la CBI como el organismo encargado de la conservación y manejo no letal de las poblaciones de ballenas en el siglo 21.

Por: Elsa Cabrera, directora ejecutiva del Centro de Conservación Cetacea y observadora acreditada ante las reuniones de la CBI desde 2001.

1Término para describir un país cuyo gobierno se basa principalmente en beneficios de una economía colonial o el poder empresarial, en lugar de los valores de la democracia y el bienestar social.


domingo, 11 de julho de 2010

Mais uma lei fundamental para o país

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Um dePUTADO tem poucas coisas para fazer (nessa E$bórnia obviamente, pois já na civilização..), pois bem, uma delas é mostrar serviço, fingir que faz alguma coisa, principalmente para as "bases".

Um desses dePUTAdos desocupados resolveu apresentar um projeto de lei, provavelmente pegou a equipe de assessores parlamentares (também desocupados), e juntos, escreveram um texto.

Esse texto foi para uma comissão, onde foi encaminhado para um consultor parlamentar, funcionario concursado e pago (muito bem pago), que tenta evitar que os deputados e seus assessores não produzam bobagens ilegais ou muito estúpidas, o que nem sempre consegue.

Depois de passar pelo(s) consultore(s), o projeto volta para o parlamentar e seus assessores desocupados, que mandam para as comissões (específica sobre o tema, constituição e justiça etc.), para aprovação.

Se for aprovado, vai para a mesa, que encaminha para um relator (outro dePUTAdo desocupado), que tem a seu serviço, mais assessores e consultores.

Passada essa via crucis (que custa muito dinheiro), pode ir para a votação em plenário, isso é, quando os dePUTAdos desocupados resolvem aparecer para votar.

Pois bem, uma dessas leis, depois de passar por tudo isso, foi aprovada e, na semana passada, foi promulgada pela presidência da república, exercida pelo josé de alencar, o vice-presidente.

O josé de alencar é aquele velhinho simpático que passa a maior parte do tempo dentro de hospitais e que não faz porra nenhuma como vice-presidente, pois a saúde e o cérebro já não deixam, mas que ainda consegue ajudar suas empresas (atualmente dirigidas pelo filho), a ganhar alguma licitações públicas.

A lei muito importante para o país, que ele promulgou, foi a que transforma o município de Apucarana - PR, na capital nacional do boné.

Comentários Politicamente (In)Corretos

Alguém tem alguma dúvida das várias razões que fazem essa E$bórnia chamada brasil, um país subdesenvolvido?

PS. O autor dessa inutilidade (cara), foi o dePUTAdo alex canziani do PTB-PR.

PS linha. se você precisa alugar um partido político, o corretor do PTB se chama roberto jefferson (ex dePUTAdo porque foi cassado).

3 coisas marcantes do governo do lula

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O mordomo lulalau vai deixar uma marca na história das frases dos presidentes e$bornianos, 3 que demonstram bem sua personalidade, sua honestidade e o tom que marcou seu governo:

  • Eu não sabia!
  • Assinei, mas não li!
  • Não assinei, só rubriquei!


sexta-feira, 9 de julho de 2010

Sobre o Vice de Marina Silva e as denúncias sobre danos ambientais

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Caros/as,

Quando o IBAMA corre para defender a Mata Atlântica, é sempre uma supresa, dado o estado de coisas que se vê ao longo de toda a costa brasileira sem que as otoridade federáu se manifestem. Maior ainda a supresa quando a eficiência (???) se traduz em ‘vazar’ para a imprensa uma ‘denúncia’ e uma ‘fiscalização’ sobre uma fazenda específica, quando prefeituras, loteamentos e empreendimentos turísticos inteiros barbarizam tudo o que resta de vegetação nativa do RS ao RN.

O que a corja petista que tomou de assalto os órgãos ambientais do Estado está fazendo contra o candidato a Vice de Marina Silva é, segundo conta gente da própria região e que teme as represálias do fascismo petista se assinar embaixo (não tem importância: eu mesmo assino, essa gentalha que me processe se quiser), pura armação para desgastar a única campanha capaz de barrar a demagogia lullesca e dilmenta apoiada no esmolismo e no peleguismo dos CCs e sindicatos clientelistas, vitaminada pelo dinheiro sujo do latifúndio e das grandes corporações que aderiram ao ‘petismo de resultados’ que vem destroçando o que resta de Natureza no Brasil com sua lógica de economia soviética imediatista.

O que segue abaixo sobre o estado real da fazenda do Guilherme Leal recebi de amigos baianos e é escrito em PVT por uma ativista do sul da Bahia que pediu pra não ter seu nome divulgado (ainda). Mas dá uma excelente idéia do contexto em que o des-governo, morto de medo do volume de votos que o PV terá, pretende usar das mesmas sujeiras que o Komissar da KGB Tarso Genro usou no Ministério da Justiça pra transformar a Pulissa Federal em geradora de factóides contra os adversários políticos. Agora é a vez de usar o IBAMA pra tentar sujar a imagem de Marina.

A resposta pra essa canalha temos de dar nas urnas, em outubro, fazendo uma votação mega para os candidatos verdes nas majoritárias e elegendo o maior número possível de parlamentares pró-conservação em todos os níveis.

Abrz.,

T.

Estamos acompanhando de perto. O denunciante é um Petista, trabalhando para a BAMIN e políticos da Região com práticas já conhecidas nessa linha. O jogo é bastante sujo. Fomos convidados a conhecer a área onde existe uma residência, três bangalôs e outros dois de apoio onde reúnem-se aqueles que estiverem na Fazenda (área comum para reuniões), além de um especial, por ter sido o primeiro, que é chamado de Oca.

Além disso, área para prática de esporte (campo de futebol com vestuário) , refeitório para empregados, horta, área de serviços (lavanderia, garagem, oficina, etc.)

Tudo que existe em qualquer fazenda de grande porte, mas com um nível e conceito bem diferente do que estamos acostumados a ver.

O mais importante, é o tratamento que é dado ao meio ambiente (captação de água de chuva, energia solar, fiação elétrica subterrânea, reflorestamento de áreas degradadas com árvores da mata atlântica, fossas sépticas , a preocupação com a justiça e sustentabilidade, tratamento acústico na “sala” dos geradores etc.) e ainda o projeto para catalogação das espécies de mata atlântica ali existentes, que tem quase toda a área de reserva.

Tem mais... Existe ali uma iniciativa interessante com uma cooperativa formada pelos empregados, que vendem o lixo gerado.

Acredito até que o empresário poderia ter construído um castelo convencional, mas optou por um modelo integrado com a natureza e respeitando a comunidade onde está inserida a fazenda, optando pelos trabalhadores que sejam da comunidade, gerando emprego, renda e capacitação, além de aulas de inglês, música, etc. É OUTRO MUNDO!

Eu sabia falar de um empreendimento sustentável, mas foi a primeira vez que vi de fato JUSTIÇA E SUSTENTABILIDADE.

Tomara tivéssemos Guilhermes desse espalhados pelo País inteira que sabe ganhar muito dinheiro respeitando o meio ambiente, o homem, fazendo a diferença. Rui conhece bem tudo isso, pois acompanhou desde a chegada do empresário aqui, toda a trajetória desde o sonho até a realização.

Ele tem um grande defeito: É CONTRA O PORTO SUL e PENSA SUSTENTÁVEL

Vamos que vamos...

Privacidade Zero

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Hoje recebi um telefonema de um insituto de pesquisa, chamado "Valore", apesar de me considerar uma pessoa bem informada, nunca tinha ouvido falar.

Era uma daquelas pesquisas eleitorais (baseadas em informações pouco confiáveis e de universo reduzido). Claro que com perguntas obvias, estúpidas, com possibilidade de resposta limitada e que podem ser interpretada de várias formas (em estatística é só pegar um monte de dados que podemos inferir qualquer coisa).

Mas não foi isso que me incomodou.

Na realidade foi porque o tal instituto, tinha nome, meu telefone, meu endereço completo e sei mais o que. Como nunca tive contato com tal instituto, meu nome não está na lista telefônica e muito menos autorizei o uso ou o fornecimento de quaisquer dados para esse "instituto", é certo que em algum lugar isso foi "buscado".

Quando perguntei como eles tinham as minhas informações privadas, a pessoa que me ligou disse que era apenas de um "telemarketing contratado" e que estava fazendo um trabalho para o "Valore", não sabia informar como eles tinham meus dados.

Perguntei se foram repassados por alguma empresa, ou mesmo comprados? Ela respondeu na maior tranqüilidade: provavelmente, é comum!

O pior é que a "mulher" do telemarketing está certa, é comum, sua privacidade é zero. Mesmo que não tenha o ego inflado para criar um personagem no FaceBook, no Orkut, no MySpace ou nos vários "sites"de relacionamento, não podemos confiar em absolutamente nada, pois dados tirados de dentro da receita federal são vendidos, dados tirados de dentro das operadoras de cartão de crédito são vendidos, dados retirados de dentro dos bancos são vendidos, etc. etc. etc.

Você nunca se perguntou de onde uma pilha de bancos diferentes, de cartões de crédito, empresas de empréstimo e similares, de uma hora para outra começam a telefonar e enviar correspondência oferencendo vantagens para você mudar de banco, comprar serviços e coisas do gênero? Após a compra de um carro zero, apartamento ou um bom negócio então, dá para aquecer a lareira por um bom tempo só com essas correspondências. Se eu recebesse R$ 1,00 por cada telefonema de banco ou cartão de crédito querendo me mostrar como eles são ótimos, pagaria a minha conta telefônica e sobraria uns torcados para a poupança.

Além de tudo isso, há aquela gama de lugares em que somos obrigados a fornecer CPF, identidade, endereço, telefone, etc., etc., etc., e que nessa E$bórnia chamada brasil, vão parar em qualquer lugar, pois aqui vale tudo e tudo fica impune, menos meu estômago!

Bom final de semana, hehehe.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Um tiro no pé, lei está diminuindo as penas de criminosos sexuais

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Quando o Congresso Nacional alterou a parte dos crimes contra a liberdade sexual do Código Penal, em agosto do ano passado, a ideia era aumentar a repressão a quem forçasse outra pessoa a praticar algum ato libidinoso.

Na prática o resultado foi o oposto.

Os tribunais brasileiros têm recebido uma chuva de pedidos de revisão criminal e habeas corpus. De forma geral, os pedidos são de condenados por estupro e atentado violento ao pudor, antes considerados dois crimes diferentes. Eles alegam que, como a nova lei transformou os dois crimes em um, a pena deve ser referente a apenas um crime.

Infelizmente, a tese tem sido aceita pelos juízes (e com razão).

Comentários Politicamente (In)Corretos

Mais uma Lei com texto ruim e deixando margem para interpretações, coisas de um legislativo composto por iletrados eleitos por analfabetos.

PS. Ganhando muito bem, não deixar esses erros idiotas passar seria obrigação dos consultores (concursados) e assesseores parlamentars, mas para que essa penca de, bem pagos, fazedores de nada isso serve?

O ensino e o subdesenvolvimento

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Os seres pensantes tem certeza que a maior razão do nosso subdesenvolvimento é o binômio ensino/educação, ou melhor a falta desse binômio. Vejamos um exemplo:

Coreia do Sul - Brasil, economia: em 1980, seu PIB per capita em PPC equivalia a 18,8% do norte-americano, quase a nossa situação hoje e 60% menor do que o PIB per capita brasileiro naquela ocasião. Mas nesses 30 anos conseguiu aumentar o percentual para 60,3%.

Coreira do Sul - Brasil, ensino: no Brasil, entre 25 e 64 anos, a média é de 30% com pelo menos o ensino médio completo, e quando se pega os mais velhos, de 55 a 64, a taxa é de 11%. Na Coreia do Sul, os cidadãos de 55 a 64 anos têm média de 37% com o médio completo, e os de 25 a 34 já têm 97%.

Como se tornar um milionário

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O lugar onde é mais fácil se tornar um milionário é o Brasil )os PeTralhas que o digam). É fácil virar até um bilionário, o Eike Batista que o diga, sendo amigo do mordomo lulalau, o BNDES financia o seu bilhão.

Mas sem usar as "amizades", duas carreiras são as consideradas as mais promissoras, a primeira é se tornar traficante, com todos os riscos associados, se tiver "cohones" para tal, boa sorte e que sua pena seja leve.

Parágrafo primeiro: com algumas sentenças proferidas pela justiça, com certeza será.

A segunda carreira é a política, tem, clientelismo, empreguismo, corrupção, contratos sem licitação, dedo sujo nas licitações, caixa 2 e 3 e tudo mais que ajude com uma graninha por fora. Tudo com baixo risco, pois as vezes dá até para emplacar um amigo num tribunal superior.

Duvidam, vejam só:

Dos 24 deputados do Distrito federal, 19 aumentaram o patrimônio nos últimos quatro anos. Em alguns casos, a evolução foi fantástica, chegando em mais de 2.000%.

"Facinho" os caras chegaram a agregar mais de R$ 1 milhão aos seus rendimentos (sem ganhar na loteria).

Quase metade do dePUTAdos da Câmara Legislativa do DF é milionário

PS. Como o diz o presidente PMDB-MA, remi ribeiro, “Não há inelegíveis em nosso partido”, que tem a roseana sarney condenada duas vezes por improbidade administrativa e candidatíssima.

PS linha. São candidatos no Distrito Federal os atuais dePUTAdos, benedito domingos (PP), aylton gomes (PR), rôney nemer (PMDB) e benício tavares (PMDB). Dois suplentes também buscam uma cadeira no Legislativo do DF, berinaldo pontes (PP) e pedro do ovo (PRP), todos envolvidos no mensalão do DEM-DF.

Comentários Politicamente (In)Corretos

E depois dizem que os e$bornianos sabem votar, hahahahaha.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Reacionário e predatório

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Por Marcio Santilli

Venho resistindo há meses comentar declarações e posições assumidas pelo deputado Aldo Rebelo, companheiro de lutas nos tempos de ditadura e protagonista de uma longa e respeitável carreira política. Porém, sua condição de relator de proposta de alteração do Código Florestal brasileiro o expôs a equívocos graves e lamentáveis, capazes de desvirtuar a sua própria trajetória.

Para meu espanto, Aldo Rebelo sonegou qualquer elemento inovador à discussão sobre a lei de florestas, que são um ativo nacional da maior importância estratégica no presente e para o futuro, no contexto da crise climática e de escassez de recursos naturais que será uma forte marca deste século. O Código Florestal é a lei brasileira para florestas, não é lei agrícola e nem agrária, e o deputado apresentou uma proposta que confunde este fato básico e não reflete sobre a importância da própria floresta.

Floresta não é antinomia de “comida”, como parece crer o Aldo. Manter e recuperar ativos florestais é parte fundamental de qualquer estratégia econômica nacional que aponte para as economias do futuro. O Brasil é o maior detentor de florestas nativas do mundo, a despeito da sua condição de forte produtor e exportador de alimentos. A China já detém a maior área reflorestada do planeta, a despeito da sua gigantesca população e limitada extensão de terras agricultáveis. Julgar que a proteção e recuperação de florestas seja papo de gringo protecionista é dar um tremendo tiro no pé ao subestimar o cacife do Brasil no setor: biodiversidade, disponibilidade de água, estoques de carbono, serviços ambientais e climáticos, conhecimentos e culturas associados – inclusive muita comida, se for o caso.

Não que não haja gringos e nacionais dispostos a tudo em função de interesses econômicos específicos ou espúrios. E até “pesquisadores” gringos ridículos, dispostos a vender o peixe de direitos sobre estoques de carbono florestais alheios para produtores agrícolas gringos desavisados. O Aldo parece não perceber que, ao festejar o descobrimento de um estudo gringo ridículo como prova do “crime” dos que defendem as florestas brasileiras, atribui um papel menor – igualmente ridículo – à oportunidade que o destino lhe confere, como legislador, de pensar e formular o papel maior que as florestas podem e devem desempenhar numa estratégia brasileira de futuro.

É muito grave que o Aldo Rebelo se perfile, ideologicamente, aos chamados “céticos climáticos”, para colocar sob suspeita a ciência do clima, como se tudo que dela derive fosse integrante de uma conspiração protecionista. É um tapa na cara dos inúmeros pesquisadores brasileiros que integram o Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) – Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas – da ONU, e de todos os nossos negociadores nos foros internacionais. O grau de mais de 95% de certeza científica sobre a origem antrópica da excessiva concentração de gases causadores do efeito estufa deveria ser considerado como um dado, e não como uma suspeita, por qualquer legislador atinente ao conhecimento contemporâneo.

Aldo Rebelo está brincando com fogo, literalmente, quando assina um parecer efetiva e assumidamente reacionário, subordinando a um delírio pseudonacionalista o trato da relação entre as florestas e o clima, ignorando a ciência contemporânea, sem perceber o quão importantes elas são e serão para os nossos filhos e netos, além dos filhos e netos dos outros. Ele não quer acreditar que elas tenham toda essa importância e, por isso mesmo, não consegue enxergar o papel positivo que elas podem jogar numa estratégia nacional. É como se fossem apenas obstáculos que impedem a produção de comida; e ponto final. Como se não se tratasse de uma lei de florestas, só de uma lei da anticomida que precisa ser enfraquecida.

Todos sabemos que há um passivo florestal histórico acumulado, que afeta parte da produção agrícola de várias regiões do país. E também que há perversidades da estrutura fundiária, assim como das políticas de ocupação do território, que induziram populações a constituírem os passivos acumulados. Mais do que isso, são notórios os fundamentos culturais que, historicamente, levaram nossos progenitores a ocuparem o território como ocuparam. Por exemplo, “limpar” uma área para plantar é uma expressão corriqueira. Além do papel que a terra pública barata, a ser “limpada”, exerceu desde a nossa formação econômica colonial.

Então, a lei de florestas bem poderia avançar nos incentivos, no replanejamento da ocupação das terras ao longo do tempo, nos mecanismos de mitigação e compensação de danos florestais insanáveis, na orientação dos agentes públicos ambientais para desempenhar função mais pró-ativa na melhoria dos padrões socioambientais das várias formas de produção agropecuária e florestal. A própria lei prevê a recuperação de passivos em até 30 anos, o que estimula não apenas o replanejamento da propriedade, grande ou pequena, mas o redesenho de bacias e paisagens. A mesma lógica, de aproximar gradativamente as situações de fato dos parâmetros mínimos de política florestal definidos na lei, também poderia ser aplicado nas próprias cidades, reduzindo-se áreas de risco e aumentando a sua capacidade de resistir a eventos climáticos extremos.

Mas a nova lei proposta pelo deputado Aldo não quer pensar em floresta, apenas – e equivocadamente – na comida que vem da não-floresta. Quando chega ao extremo de reduzir à insignificância as áreas de matas ciliares, essenciais para a saúde dos cursos d’água, avança do parecer reacionário para um substitutivo predatório. A pretexto de “libertar” a pequena agricultura de qualquer responsabilidade florestal, acaba perenizando a precariedade de condições socioambientais em que a agricultura familiar foi implantada em algumas regiões, atentando de forma irresponsável contra a boa qualidade presente e futura das águas para os próprios agricultores e para toda a população, além de expô-los a sinistros climáticos.

Um bom olhar sobre os territórios concretos, inclusive aqueles em que predomina a agricultura familiar, pode perceber que os passivos existentes são menores e mais facilmente recuperáveis do que alegam os adversários da lei. Que muitos proprietários, pequenos e grandes, estão fazendo o replanejamento das suas propriedades, diversificando ou intensificando a sua produção e também recuperando passivos e agregando valores ambientais aos seus produtos. Que regiões inteiras estão migrando economicamente de uma pecuária extensiva original para outras formas de produção, inclusive florestal e até de turismo rural.

O que falta para adequar a agropecuária a parâmetros mínimos de qualidade socioambiental, em regiões com significativo passivo florestal acumulado, não é propriamente lei, embora uma estratégia nacional para as florestas, uma vez melhor definida, possa demandar revisões de dispositivos legais existentes e incorporação de novos. O que falta são instrumentos objetivos, políticas de incentivos acessíveis, planejamento territorial local, articulação entre os agentes públicos, assistência técnica apropriada, valorização dos produtos e culturas agrícolas regionais.

Até concordo que o Código Florestal poderia responder melhor a uma parte dessa demanda. Por exemplo, introduzindo parâmetros qualitativos, como o estímulo à conectividade entre reservas legais e áreas de proteção permanente, que possam flexibilizar os parâmetros quantitativos já definidos em lei com vantagens comparativas para uma boa estratégia de política florestal. Mas a preocupação central do deputado Aldo com a comida demandaria a reforma de outras leis agrícolas, agrárias, ademais das normas de regem programas setoriais de governo, sendo incabível debitar ao Código Florestal e – mais ainda – ao patrimônio florestal brasileiro, o ônus pela fragilidade histórica das políticas que acumularam os passivos existentes.

Porém, a peça produzida por Aldo Rebelo, e que ele pretende ver sacramentada rapidinho entre as quatro paredes de uma comissão especial, no apagar das luzes de uma legislatura sofrível, às vésperas de eleições gerais, parte de falsos pressupostos para chegar a um resultado lamentável. Ela é não é emendável. Ela é premeditadamente contrária ao patrimônio florestal, não responde a qualquer política florestal, não consulta a população da floresta, nem o setor produtivo da floresta, nem os que estudam a floresta, e sequer reconhece o inegável papel que a saúde florestal exerce para a saúde climática e para o bem-estar das populações.

Ainda assim, chamo-lhe a atenção para equívocos adicionais de formulação presentes na sua peça que parecem ir mais além das aberrações de mérito expressamente pretendidas pelo relator. Ao estabelecer a figura dos “módulos fiscais” como parâmetro de isenção para a manutenção de reservas legais, em vez de beneficiar pequenos proprietários rurais, como o relator manifesta ser a sua intenção, está, na verdade, subordinando as reservas legais a uma imensa barafunda cartorial, inviabilizando a aplicabilidade da lei e a gestão da questão pelos órgãos públicos em função das múltiplas situações de propriedades constituídas por uma pluralidade de títulos, parcelados e parceláveis, legitimamente ou através de manipulações cartoriais, e tudo o mais que o caótico arcabouço fundiário possa ainda propiciar.

Espero, ao menos, que as modificações que o relator se dispõe a realizar no seu substitutivo possam restabelecer um resquício de compromisso em evitar o caos. Não será fácil, pois o princípio da isenção com relação à responsabilidade florestal e com a saúde ambiental da propriedade ou da posse, assim como o da anistia ou mera “legalização” de passivos em massa, não ensejam um caminho fácil para evitar adicionais dissabores e responsabilidades por conseqüências que tenderão a se interpor para além das intenções.

E, ao mais, que ainda sofra alguma recaída de bom senso, ou ouça algum bom conselho de quem lhe possa aconselhar, e se disponha a rever o conjunto da obra. Que reponha o foco correto, principal, prioritário, sobre uma política florestal brasileira, que é a que corresponde, em primeiro lugar, à reforma do Código Florestal. Que se disponha a reabrir discussões centrais de mérito e a abrir mão de votações de afogadilho. Que considere correlações de forças que são nacionais, determinadas pela imensa maioria da população brasileira, inclusive agricultores, que desaprova o desmatamento, e não se deixe apequenar diante das correlações artificialmente produzidas nos estreitos limites de uma comissão especial ou de interesses corporativos específicos.