segunda-feira, 29 de novembro de 2010

AMBIENTALISTAS INGRESSAM NA JUSTIÇA CONTRA O TRÁFICO INTERNACIONAL DE BARBATANAS DE TUBARÃO

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25 de novembro de 2010 - o Instituto Justiça Ambiental – IJA, organização não-governamental sem fins lucrativos sediada em Porto Alegre, RS, ingressou com a quarta ação judicial contra a indústria ilegal de barbatanas de tubarão, na Justiça Federal de Belém do Pará.

O caso envolve a apreensão de 3,5 toneladas de barbatanas, o que representa o massacre ilegal de aproximadamente 40 mil tubarões. A região é considerada a mais rica em biodiversidade marinha na costa brasileira. O pedido indenizatório provisório é de R$ 192 milhões.  

“Em geral, quando se fala na Amazônia, as pessoas lembram apenas da floresta. Belém do Pará é um dos pontos mais importantes do finning na América Latina. Sabemos também que é comum no local a utilização de golfinhos como isca de tubarão, o que para nós é algo absolutamente inaceitável”, coloca Cristiano Pacheco, diretor do IJA.

É a quarta ação judicial que a institutição move contra o mercado negro de barbatanas de tubarão no Brasil. As duas primeiras foram ingressadas na Justiça Federal de Rio Grande, no RS, e as demais na Justiça Federal de Belém do Pará. Em junho deste ano, o IJA ajuizou ação em Belém requerendo uma indenização de 1,4 bilhão contra a empresa Sigel do Brasil Comércio, Importação e Exportação Ltda, que tem filial no Brasil e matriz no Panamá. A iniciativa teve repercussão internacional pelos principais jornais e noticiários.

“Quanto mais avançamos no processo judicial, mais informações colhemos. Levamos o problema para o Sr. Fábio Pitaluga, Chefe da Divisão do Mar do Ministério das Relações Exteriores em Brasília, pois entendemos de máxima gravidade para a imagem internacional do Brasil. Neste momento estamos também colhendo informações sobre a cadeia produtiva dos cações. Verificamos que as grandes redes de supermercados, inclusive as multinacionais, não informam a procedência das postas de cação congeladas vendidas nos estabelecimentos, assim como não informam a espécie vendida, se está inclusa ou não na lista de extinção da Instrução Normativa nº 05 do Ministério do Meio Ambiente. Esta omissão ofende o Código do Consumidor, já que a embalagem do produto precisa prestar informação clara ao consumidor sobre origem e qualidade, sem induzí-lo em erro. Enviamos ofícios para as empresas solicitando informações sobre os fornecedores dos cações e o aspecto legal envolvido. Apenas uma empresa respondeu informando que todo o cação comercializado é importado da Espanha”.

A ação judicial do IJA foi aplaudida pelos coordenadores da campanha internacional Divers for Sharks – mergulhadores pelos Tubarões, sedidada no Brasil e que esta semana realizou diversos protestos e atividades no Rio de Janeiro para chamar a atenção do público para o declínio global desses animais, que também prejudica diretamente a indústria do mergulho recreativo. “No Brasil, a omissão do Executivo na defesa dos tubarões e no controle da pesca industrial indiscriminada é um crime de lesa-pátria que só pode ser corrigido através do Judiciário e da mobilização da opinião pública. Está na hora de impedirmos que mais esse abuso da máfia dos maus empresários da pesca fique impune, disse José Truda Palazzo Jr., um dos coordenadores da campanha.


Para maiores informações contatar:


Cristiano Pacheco
Diretor Executivo
Instituto Justiça Ambiental
Rua Mostardeiro, 5, conj, 1010, Porto Alegre, RS, Brasil
CEP 90.430-001
51 3907-9010 / 9829-9010

A crise no Rio e o pastiche midiático

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A crise no Rio e o pastiche midiático

Do Blog do Luiz Eduardo Soares

Sempre mantive com jornalistas uma relação de respeito e cooperação. Em alguns casos, o contato profissional evoluiu para amizade. Quando as divergências são muitas e profundas, procuro compreender e buscar bases de um consenso mínimo, para que o diálogo não se inviabilize. Faço-o por ética – supondo que ninguém seja dono da verdade, muito menos eu –, na esperança de que o mesmo procedimento seja adotado pelo interlocutor. Além disso, me esforço por atender aos que me procuram, porque sei que atuam sob pressão, exaustivamente, premidos pelo tempo e por pautas urgentes. A pressa se intensifica nas crises, por motivos óbvios. Costumo dizer que só nós, da segurança pública (em meu caso, quando ocupava posições na área da gestão pública da segurança), os médicos e o pessoal da Defesa Civil, trabalhamos tanto – ou sob tanta pressão – quanto os jornalistas.


Digo isso para explicar por que, na crise atual, tenho recusado convites para falar e colaborar com a mídia:


(1) Recebi muitos telefonemas, recados e mensagens. As chamadas são contínuas, a tal ponto que não me restou alternativa a desligar o celular. Ao todo, nesses dias, foram mais de cem pedidos de entrevistas ou declarações. Nem que eu contasse com uma equipe de secretários, teria como responder a todos e muito menos como atendê-los. Por isso, aproveito a oportunidade para desculpar-me. Creiam, não se trata de descortesia ou desapreço pelos repórteres, produtores ou entrevistadores que me procuraram.


(2) Além disso, não tenho informações de bastidor que mereçam divulgação. Por outro lado, não faria sentido jogar pelo ralo a credibilidade que construí ao longo da vida. E isso poderia acontecer se eu aceitasse aparecer na TV, no rádio ou nos jornais, glosando os discursos oficiais que estão sendo difundidos, declamando platitudes, reproduzindo o senso comum pleno de preconceitos, ou divagando em torno de especulações. A situação é muito grave e não admite leviandades. Portanto, só faria sentido falar se fosse para contribuir de modo eficaz para o entendimento mais amplo e profundo da realidade que vivemos. Como fazê-lo em alguns parcos minutos, entrecortados por intervenções de locutores e debatedores? Como fazê-lo no contexto em que todo pensamento analítico é editado, truncado, espremido – em uma palavra, banido –, para que reinem, incontrastáveis, a exaltação passional das emergências, as imagens espetaculares, os dramas individuais e a retórica paradoxalmente triunfalista do discurso oficial?


(3) Por fim, não posso mais compactuar com o ciclo sempre repetido na mídia: atenção à segurança nas crises agudas e nenhum investimento reflexivo e informativo realmente denso e consistente, na entressafra, isto é, nos intervalos entre as crises. Na crise, as perguntas recorrentes são: (a) O que fazer, já, imediatamente, para sustar a explosão de violência? (b) O que a polícia deveria fazer para vencer, definitivamente, o tráfico de drogas? (c) Por que o governo não chama o Exército? (d) A imagem internacional do Rio foi maculada? (e) Conseguiremos realizar com êxito a Copa e as Olimpíadas?


Ao longo dos últimos 25 anos, pelo menos, me tornei “as aspas” que ajudaram a legitimar inúmeras reportagens. No tópico, “especialistas”, lá estava eu, tentando, com alguns colegas, furar o bloqueio à afirmação de uma perspectiva um pouquinho menos trivial e imediatista. Muitas dessas reportagens, por sua excelente qualidade, prescindiriam de minhas aspas – nesses casos, reduzi-me a recurso ocioso, mera formalidade das regras jornalísticas. Outras, nem com todas as aspas do mundo se sustentariam. Pois bem, acho que já fui ou proporcionei aspas o suficiente. Esse código jornalístico, com as exceções de praxe, não funciona, quando o tema tratado é complexo, pouco conhecido e, por sua natureza, rebelde ao modelo de explicação corrente. Modelo que não nasceu na mídia, mas que orienta as visões aí predominantes. Particularmente, não gostaria de continuar a ser cúmplice involuntário de sua contínua reprodução.


Eis por que as perguntas mencionadas são expressivas do pobre modelo explicativo corrente e por que devem ser consideradas obstáculos ao conhecimento e réplicas de hábitos mentais refratários às mudanças inadiáveis. Respondo sem a elegância que a presença de um entrevistador exigiria. Serei, por assim dizer, curto e grosso, aproveitando-me do expediente discursivo aqui adotado, em que sou eu mesmo o formulador das questões a desconstruir. Eis as respostas, na sequência das perguntas, que repito para facilitar a leitura:


(a) O que fazer, já, imediatamente, para sustar a violência e resolver o desafio da insegurança?


Nada que se possa fazer já, imediatamente, resolverá a insegurança. Quando se está na crise, usam-se os instrumentos disponíveis e os procedimentos conhecidos para conter os sintomas e salvar o paciente. Se desejamos, de fato, resolver algum problema grave, não é possível continuar a tratar o paciente apenas quando ele já está na UTI, tomado por uma enfermidade letal, apresentando um quadro agudo. Nessa hora, parte-se para medidas extremas, de desespero, mobilizando-se o canivete e o açougueiro, sem anestesia e assepsia. Nessa hora, o cardiologista abre o tórax do moribundo na maca, no corredor. Não há como construir um novo hospital, decente, eficiente, nem para formar especialistas, nem para prevenir epidemias, nem para adotar procedimentos que evitem o agravamento da patologia.  Por isso, o primeiro passo para evitar que a situação se repita é trocar a pergunta. O foco capaz de ajudar a mudar a realidade é aquele apontado por outra pergunta: o que fazer para aperfeiçoar a segurança pública, no Rio e no Brasil, evitando a violência de todos os dias, assim como sua intensificação, expressa nas sucessivas crises?


Se o entrevistador imaginário interpelar o respondente, afirmando que a sociedade exige uma resposta imediata, precisa de uma ação emergencial e não aceita nenhuma abordagem que não produza efeitos práticos imediatos, a melhor resposta seria: caro amigo, sua atitude representa, exatamente, a postura que tem impedido avanços consistentes na segurança pública. Se a sociedade, a mídia e os governos continuarem se recusando a pensar e abordar o problema em profundidade e extensão, como um fenômeno multidimensional a requerer enfrentamento sistêmico, ou seja, se prosseguirmos nos recusando, enquanto Nação, a tratar do problema na perspectiva do médio e do longo prazos, nos condenaremos às crises, cada vez mais dramáticas, para as quais não há soluções mágicas.


A melhor resposta à emergência é começar a se movimentar na direção da reconstrução das condições geradoras da situação emergencial. Quanto ao imediato, não há espaço para nada senão o disponível, acessível, conhecido, que se aplica com maior ou menor destreza, reduzindo-se danos e prolongando-se a vida em risco.


A pergunta é obtusa e obscurantista, cúmplice da ignorância e da apatia.


(b) O que as polícias fluminenses deveriam fazer para vencer, definitivamente, o tráfico de drogas?


Em primeiro lugar, deveriam parar de traficar e de associar-se aos traficantes, nos “arregos” celebrados por suas bandas podres, à luz do dia, diante de todos. Deveriam parar de negociar armas com traficantes, o que as bandas podres fazem, sistematicamente. Deveriam também parar de reproduzir o pior do tráfico, dominando, sob a forma de máfias ou milícias, territórios e populações pela força das armas, visando rendimentos criminosos obtidos por meios cruéis.


Ou seja, a polaridade referida na pergunta (polícias versus tráfico) esconde o verdadeiro problema: não existe a polaridade. Construí-la – isto é, separar bandido e polícia; distinguir crime e polícia – teria de ser a meta mais importante e urgente de qualquer política de segurança digna desse nome. Não há nenhuma modalidade importante de ação criminal no Rio de que segmentos policiais corruptos estejam ausentes. E só por isso que ainda existe tráfico armado, assim como as milícias.


Não digo isso para ofender os policiais ou as instituições. Não generalizo. Pelo contrário, sei que há dezenas de milhares de policiais honrados e honestos, que arriscam, estóica e heroicamente, suas vidas por salários indignos. Considero-os as primeiras vítimas da degradação institucional em curso, porque os envergonha, os humilha, os ameaça e acua o convívio inevitável com milhares de colegas corrompidos, envolvidos na criminalidade, sócios ou mesmo empreendedores do crime.


Não nos iludamos: o tráfico, no modelo que se firmou no Rio, é uma realidade em franco declínio e tende a se eclipsar, derrotado por sua irracionalidade econômica e sua incompatibilidade com as dinâmicas políticas e sociais predominantes, em nosso horizonte histórico. Incapaz, inclusive, de competir com as milícias, cuja competência está na disposição de não se prender, exclusivamente, a um único nicho de mercado, comercializando apenas drogas – mas as incluindo em sua carteira de negócios, quando conveniente. O modelo do tráfico armado, sustentado em domínio territorial, é atrasado, pesado, anti-econômico: custa muito caro manter um exército, recrutar neófitos, armá-los (nada disso é necessário às milícias, posto que seus membros são policiais), mantê-los unidos e disciplinados, enfrentando revezes de todo tipo e ataques por todos os lados, vendo-se forçados a dividir ganhos com a banda podre da polícia (que atua nas milícias) e, eventualmente, com os líderes e aliados da facção. É excessivamente custoso impor-se sobre um território e uma população, sobretudo na medida que os jovens mais vulneráveis ao recrutamento comecem a vislumbrar e encontrar alternativas. Não só o velho modelo é caro, como pode ser substituído com vantagens por outro muito mais rentável e menos arriscado, adotado nos países democráticos mais avançados: a venda por delivery ou em dinâmica varejista nômade, clandestina, discreta, desarmada e pacífica. Em outras palavras, é melhor, mais fácil e lucrativo praticar o negócio das drogas ilícitas como se fosse contrabando ou pirataria do que fazer a guerra. Convenhamos, também é muito menos danoso para a sociedade, por óbvio.


(c) O Exército deveria participar?


Fazendo o trabalho policial, não, pois não existe para isso, não é treinado para isso, nem está equipado para isso. Mas deve, sim, participar. A começar cumprindo sua função de controlar os fluxos das armas no país. Isso resolveria o maior dos problemas: as armas ilegais passando, tranquilamente, de mão em mão, com as benções, a mediação e o estímulo da banda podre das polícias.


E não só o Exército. Também a Marinha, formando uma Guarda Costeira com foco no controle de armas transportadas como cargas clandestinas ou despejadas na baía e nos portos. Assim como a Aeronáutica, identificando e destruindo pistas de pouso clandestinas, controlando o espaço aéreo e apoiando a PF na fiscalização das cargas nos aeroportos.


(d) A imagem internacional do Rio foi maculada?


Claro. Mais uma vez.


(e) Conseguiremos realizar com êxito a Copa e as Olimpíadas?


Sem dúvida. Somos ótimos em eventos. Nesses momentos, aparece dinheiro, surge o “espírito cooperativo”, ações racionais e planejadas impõem-se. Nosso calcanhar de Aquiles é a rotina. Copa e Olimpíadas serão um sucesso. O problema é o dia a dia.


Palavras Finais


Traficantes se rebelam e a cidade vai à lona. Encena-se um drama sangrento, mas ultrapassado. O canto de cisne do tráfico era esperado. Haverá outros momentos análogos, no futuro, mas a tendência declinante é inarredável. E não porque existem as UPPs, mas porque correspondem a um modelo insustentável, economicamente, assim como social e politicamente. As UPPs, vale dizer mais uma vez, são um ótimo programa, que reedita com mais apoio político e fôlego administrativo o programa “Mutirões pela Paz”, que implantei com uma equipe em 1999, e que acabou soterrado pela política com “p” minúsculo, quando fui exonerado, em 2000, ainda que tenha sido ressuscitado, graças à liderança e à competência raras do ten.cel. Carballo Blanco, com o título GPAE, como reação à derrocada que se seguiu à minha saída do governo. A despeito de suas virtudes, valorizadas pela presença de Ricardo Henriques na secretaria estadual de assistência social – um dos melhores gestores do país –, elas não terão futuro se as polícias não forem profundamente transformadas. Afinal, para tornarem-se política pública terão de incluir duas qualidades indispensáveis: escala e sustentatibilidade, ou seja, terão de ser assumidas, na esfera da segurança, pela PM. Contudo, entregar as UPPs à condução da PM seria condená-las à liquidação, dada a degradação institucional já referida.


O tráfico que ora perde poder e capacidade de reprodução só se impôs, no Rio, no modelo territorializado e sedentário em que se estabeleceu, porque sempre contou com a sociedade da polícia, vale reiterar. Quando o tráfico de drogas no modelo territorializado atinge seu ponto histórico de inflexão e começa, gradualmente, a bater em retirada, seus sócios – as bandas podres das polícias – prosseguem fortes, firmes, empreendedores, politicamente ambiciosos, economicamente vorazes, prontos a fixar as bandeiras milicianas de sua hegemonia.


Discutindo a crise, a mídia reproduz o mito da polaridade polícia versus tráfico, perdendo o foco, ignorando o decisivo: como, quem, em que termos e por que meios se fará a reforma radical das polícias, no Rio, para que estas deixem de ser incubadoras de milícias, máfias, tráfico de armas e drogas, crime violento, brutalidade, corrupção? Como se refundarão as instituições policiais para que os bons profissionais sejam, afinal, valorizados e qualificados? Como serão transformadas as polícias, para que deixem de ser reativas, ingovernáveis, ineficientes na prevenção e na investigação?


As polícias são instituições absolutamente fundamentais para o Estado democrático de direito. Cumpre-lhes garantir, na prática, os direitos e as liberdades estipulados na Constituição. Sobretudo, cumpre-lhes proteger a vida e a estabilidade das expectativas positivas relativamente à sociabilidade cooperativa e à vigência da legalidade e da justiça. A despeito de sua importância, essas instituições não foram alcançadas em profundidade pelo processo de transição democrática, nem se modernizaram, adaptando-se às exigências da complexa sociedade brasileira contemporânea. O modelo policial foi herdado da ditadura. Ele servia à defesa do Estado autoritário e era funcional ao contexto marcado pelo arbítrio. Não serve à defesa da cidadania. A estrutura organizacional de ambas as polícias impede a gestão racional e a integração, tornando o controle impraticável e a avaliação, seguida por um monitoramento corretivo, inviável. Ineptas para identificar erros, as polícias condenam-se a repeti-los. Elas são rígidas onde teriam de ser plásticas, flexíveis e descentralizadas; e são frouxas e anárquicas, onde deveriam ser rigorosas. Cada uma delas, a PM e a Polícia Civil, são duas instituições: oficiais e não-oficiais; delegados e não-delegados.


E nesse quadro, a PEC-300 é varrida do mapa no Congresso pelos governadores, que pagam aos policiais salários insuficientes, empurrando-os ao segundo emprego na segurança privada informal e ilegal.


Uma das fontes da degradação institucional das polícias é o que denomino "gato orçamentário", esse casamento perverso entre o Estado e a ilegalidade: para evitar o colapso do orçamento público na área de segurança, as autoridades toleram o bico dos policiais em segurança privada. Ao fazê-lo, deixam de fiscalizar dinâmicas benignas (em termos, pois sempre há graves problemas daí decorrentes), nas quais policiais honestos apenas buscam sobreviver dignamente, apesar da ilegalidade de seu segundo emprego, mas também dinâmicas malignas: aquelas em que policiais corruptos provocam a insegurança para vender segurança; unem-se como pistoleiros a soldo em grupos de extermínio; e, no limite, organizam-se como máfias ou milícias, dominando pelo terror populações e territórios. Ou se resolve esse gargalo (pagando o suficiente e fiscalizando a segurança privada /banindo a informal e ilegal; ou legalizando e disciplinando, e fiscalizando o bico), ou não faz sentido buscar aprimorar as polícias.


O Jornal Nacional, nesta quinta, 25 de novembro, definiu o caos no Rio de Janeiro, salpicado de cenas de guerra e morte, pânico e desespero, como um dia histórico de vitória: o dia em que as polícias ocuparam a Vila Cruzeiro. Ou eu sofri um súbito apagão mental e me tornei um idiota contumaz e incorrigível ou os editores do JN sentiram-se autorizados a tratar milhões de telespectadores como contumazes e incorrigíveis idiotas.


Ou se começa a falar sério e levar a sério a tragédia da insegurança pública no Brasil, ou será pelo menos mais digno furtar-se a fazer coro à farsa.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Um perfeito idiota

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Alguns imbecis conseguem chegar a perfeição, rola na internet uma série de fotos de um idiota perfeito, gostaria de saber o nome e o indereço, alguém sabe quem é esse escroto?










sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O grande puteiro paranaense, a Assembléia Legislativa

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O Paraná tem uma vida política parecida com a do nordeste, cheia de coroneis, senhores feudais, clãs e quadrilhas.

Durante mais de 20 anos, um dePUTAdo foi presidente da casa da mãe Joana paranaense, a Assembléia Legislativa, seu nome anibal curi.

Ele e seu grupo, ou melhor, sua quadrilha, controlaram a política do estado, todas as grandes falcatruas tiveram a participação desse grupo, dos esquemas de grilagem e desapropriações de terras aos crimes meramente financeiros. No intervalo de tudo isso, eles se locupletavam com esquemas na própria Assembléia.

Foram seus aliados a maioria dos governadores que passou pelo estado, incluindo o clã do governador eleito, os "richa". 

Beto richa, filho de josé richa ex-governador do estado, era um político inexpressivo, mas foi alçado a prefeito de curitiba pelo clã e seus aliados. Com a ajuda dos tradicionais grupos econômicos, co-controladores e financiadores do poder em Curitiba e no estado, virou governador, com a missão de dar continuidade a tradicional política coronelista paranaense.

Voltando o anibal cury, foi o grande arquiteto da transformação da assembléia legislativa do paraná nesse grande puteiro que é hoje. Montou os esquemas de corrupção e clientelismo que controlam a casa durante essas últimas décadas.

Os curitibanos brincam que não existe um nativo que não tenha um parente ou amigo que não seja ou tenha sido funcionário fantasma dessa casa da mãe Joana paranaenese.

Depois que morreu, obviamente os esquemas continuaram, com os dePUTAdos (nos quais se inclui alexandre curi, para manter a tradição dos paranaeses de manter os feudos), e com a ajuda inestimável do sindicato dos funcionários desse  grande puteiro. Só nas últimas gestões, estima-se que o roubo ultrapasse os R$ 100 milhões.

O jornal A Gazeta do Povo do Paraná, depois de décadas ligado ao poder, não se sabe por que, brigou com o stablishment legislativo e começou uma série  de reportagens intituladas "os diários secretos da assembléia legislativa", reportagens pelas quais foi premiada.

Mas tudo caminha para o velho e tradicional jeitinho e$borniano/brasileiro.

Em nivel legislativo as coisas já caminharam para transformar tudo na tradicional pizza. Até argumentos de família tradicional da política paranaese foi usado como "desculpa" para defender os dePUTAdos corruptos. Para piorar, o atual presidente desse puteiro, dePUTAdo nelson justus, do DEM, metido até o pescoço nas falcatruas, foi eleito com uma votação significativa, provando que os paranaeses, como o resto dos brasileiros, não tem vergonha na cara e não coloca a corrupção como valor na hora da eleição (coisa que o PT também se deu conta).

No judiciário paranaese, que também sofre uma série de acusações de irregularidades, a coisa anda meio morna, com aquele ar de seguir para o caminho do decurso de prazo, absolvendo todo mundo.

Enfim, diz o ditado, cada povo tem os políticos que merecem, só que na E$bórnia chamada brazil, temos os políticos e juizes que merecemos.

Para manter a coisa na memória, um videozinho da rede Gazeta sobre os diários secretos desse puteiro em que foi tranformada a assembléia legislativa do Paraná. Os apresnetadores são meio fraquinhos, mas vale a pena ver.



Para saber mais, leia e assista os vídeos sobre a série de reportagens: "OS DIÁRIOS SECRETOS", no site do grupo RPC, donos da Gazeta do Paraná.

Zé dirceu falou....

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O ex-ministro José Dirceu (e eterno....), afirmou na manhã de hoje que PT e PMDB estão "condenados" a governar unidos e têm a responsabilidade pela "governabilidade do país".

Comentários Politicamente (In)Corretos

E tem toda a razão, vão fazer isso com a maior facilidade e afinidade, afinal, ambos são formados pelo mesmo lixo político.

Democracia a "la" chineses, hehehe

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Tong Shijun, vice-presidente da Academia Social de Ciências de Shangai, e Wang Ning, professor das Universidades de Shangai e de Tsinghua, dizem que a questão democrática é uma conseqüência da modernidade, mas dizem também que não existe um modelo único de modernidade, assim como pode haver múltiplas democracias.

Comentários Politicamente (In)Corretos

Ok, vamos esticar o conceito de democracia, e nos permiter dizer que pode haver multiplicidade de sistemas democráticos, mas uma coisa é inquestionável, a China não se enquadra em nenhum desses "modelos" expandidos.

PS. A China ainda vai ser motivo de muita encrenca (politica, econômica e militar), quem viver verá.

Sabe com quem você está falando?

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O judiciário brasileiro, reflete o executivo e o legislativo (basicamente composto por pessoas completamente despreparadas para exercer as função), visto que o executivo indica e o legislativo aprova os futuros donos do olimpo, que são as cortes superiores E$bornianas, já que quem chega lá, se torna inimputável, "imexível" e eterno enquanto dure.

Leia e veja um exemplo de como se comportam aqueles que tem, em última instância, a responsabilidade pela execução das leis dessa E$bórnia chamada brazil.

Nessa E$bórnia não deveriam existir cargos e funções "imexíveis" e vitalícias.




A frase acima revela parte da humilhação vivida por um estagiário do Superior Tribunal de Justiça (STJ) após um momento de fúria do presidente da Corte, Ari Pargendler (na foto).
O episódio foi registrado na 5a delegacia da Polícia Civil do Distrito Federal às 21h05 de ontem, quinta-feira (20). O boletim de ocorrência (BO) que tem como motivo “injúria real”, recebeu o número 5019/10. Ele é assinado pelo delegado Laércio Rossetto.

O blog procurou o presidente do STJ, mas foi informado pela assessoria do Tribunal que ele estava no Rio Grande do Sul e que não seria possível entrevistá-lo por telefone.

O autor do BO e alvo da demissão: Marco Paulo dos Santos, 24 anos, até então estagiário do curso de administração na Coordenadoria de Pagamento do STJ.

O motivo da demissão?

Marco estava imediatamente atrás do presidente do Tribunal no momento em que o ministro usava um caixa rápido, localizado no interior da Corte.

A explosão do presidente do STJ ocorreu na tarde da última terça-feira (19) quando fazia uma transação em uma das máquinas do Banco do Brasil.

No mesmo momento, Marco se encaminhou a outro caixa - próximo de Pargendler - para depositar um cheque de uma colega de trabalho.

Ao ver uma mensagem de erro na tela da máquina, o estagiário foi informado por um funcionário da agência, que o único caixa disponível para depósito era exatamente o que o ministro estava usando.

Segundo Marco, ele deslocou-se até a linha marcada no chão, atrás do ministro, local indicado para o próximo cliente.

Incomodado com a proximidade de Marco, Pargendler teria disparado: “Você quer sair daqui porque estou fazendo uma transação pessoal."

Marco: “Mas estou atrás da linha de espera”.

O ministro: “Sai daqui. Vai fazer o que você tem quer fazer em outro lugar”.

Marco tentou explicar ao ministro que o único caixa para depósito disponível era aquele e que por isso aguardaria no local.

Diante da resposta, Pargendler perdeu a calma e disse: “Sou Ari Pargendler, presidente do STJ, e você está demitido, está fora daqui”.

Até o anúncio do ministro, Marco diz que não sabia quem ele era.

Fabiane Cadete, estudante do nono semestre de Direito do Instituto de Educação Superior de Brasília, uma das testemunhas citadas no boletim de ocorrência, confirmou ao blog o que Marco disse ter ouvido do ministro. “Ele [Ari Pargendler] ficou olhando para o lado e para o outro e começou a gritar com o rapaz.

Avançou sobre ele e puxou várias vezes o crachá que ele carregava no pescoço. E disse: "Você já era! Você já era! Você já era!”, conta Fabiane.

“Fiquei horrorizada. Foi uma violência gratuita”, acrescentou.

Segundo Fabiane, no momento em que o ministro partiu para cima de Marco disposto a arrancar seu crachá, ele não reagiu. “O menino ficou parado, não teve reação nenhuma”.

De acordo com colegas de trabalho de Marco, apenas uma hora depois do episódio, a carta de dispensa estava em cima da mesa do chefe do setor onde ele trabalhava.

Demitido, Marco ainda foi informado por funcionários da Seção de Movimentação de Pessoas do Tribunal, responsável pela contratação de estagiários, para ficar tranqüilo porque “nada constaria a respeito do ocorrido nos registros funcionais”.

O delegado Laercio Rossetto disse ao blog que o caso será encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) porque a Polícia Civil não tem “competência legal” para investigar ocorrências que envolvam ministros sujeitos a foro privilegiado."

Pargendler é presidente do STJ desde o último dia três de agosto. Tem 63 anos, é gaúcho de Passo Fundo e integra o tribunal desde 1995. Foi também ministro do Tribunal Superior Eleitoral. 

Viu só?

Agora você quer saber QUEM é o estagiário demitido? 

Ok, isso também saiu no blog do Noblat.

Quem é Marco, o estagiário demitido pelo presidente do STJ


Alvo de momento de fúria do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Ari Pargendler

O estudante Marco Paulo dos Santos, 24 anos, nasceu na Grécia, filho de mãe brasileira e pai africano (Cabo Verde).

Aos dois anos de idade, após a separação dos pais, Marco veio para o Brasil com a mãe e o irmão mais velho. Antes de começar a estagiar no Tribunal fazia bicos dando aulas de violão.

Segundo ele, a oportunidade de estagiar no Tribunal surgiu no início deste ano. O estágio foi seu primeiro emprego.

“Não sei bem se foi em fevereiro ou março. Mas passei entre os 10 primeiros colocados e fui convocado para a entrevista final. O meu ex-chefe foi quem me entrevistou”, relembra.

Marco passou a receber uma bolsa mensal de R$ 600 e mais auxílio transporte de R$ 8 por dia.

“Trabalhava das 13h às 19h. Tinha função administrativa. Trabalhava com processos, com arquivos, com informações da área de pagamentos”, explica.

No período da manhã, ele freqüenta a Escola de Choro Raphael Rabello, onde aprende violão desde 2008.

À noite, atravessa de ônibus os 32km que separam a cidade de Valparaíso de Goías, onde mora, da faculdade, em Brasília, onde cursa o quinto semestre de Administração.

Sobre sua demissão do STJ, parece atônito: “Ainda estou meio sem saber o que fazer. Tudo aconteceu muito rápido. Mas já tinha planos de montar uma escola de música na minha região onde moro".

Só podia ser em Santa Catarina

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Um jornal televisivo da Rede Brasil Sul de Comunicações (RBS), que tem o monopólio das comunicações no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, deu demonstações de preconceito explícito. 

Um famoso comentarista, estilo eu prendo e arrebento, resolveu culpar os pobres pelo caótico transito naquele estado, e não poupou elogios ao proletariado.

Mas nada inesperado, visto que Santa Catarina é conhecida pelo racismo, reacionarismo e preconceito da população em geral. Há até aquela história do padre, em uma cidadezinha do interior, que teve as fechaduras da igreja coladas com durepox, para que saisse da cidade, seu crime, ser "escurinho" demais, mas isso eu conto outra hora.

PS. Como lembrou o R, que era de SP, agora é de MG, prestem atenção na propaganda logo após a notícia e o "comentário".

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Lula vai indicar o juiz do STF

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O mordomo molusco disse hoje que vai indicar o juiz para o STF.

A lista prévia já foi feita, antes da eleição, lembram daquela piada de mau gosto que foi o movimento dos juristas pela dilma?

Pois bem, dela deve sair o futuro "ministro".

Mas não esperem nenhuma sumidade jurídica, depois do advogado Petralha, tudo é possível,.

Na lista, a prioridade é de quem blinde a petralhada ou que precise ser blindado.

3o Turno das eleições

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Caros amigos,

Temos pela frente o que poderá ser a última batalha da Ficha Limpa! Mais de 175.000 pessoas agiram constitucionalidade da Ficha Limpa, mas a votação teve um empate dramático de 5 a 5.

Agora, a decisão final está nas mãos do Presidente Lula que irá apontar o 11º Ministro do STF que irá desempatar a votação. Se o novo Ministro não for um forte aliado anti corrupção, há um enorme risco da Ficha Limpa ser bloqueada, abrindo caminho para os políticos corruptos recém-eleitos, como Jader Barbalho e Paulo Maluf, assumirem seus cargos.

Nós não podemos deixar isto acontecer – vamos enviar mensagens urgentes para o Presidente Lulaum Ministro para o STF que tenha integridade e um recorde forte contra a corrupção. Participe agora e depois encaminhe esta mensagem para todos:

http://www.avaaz.org/po/ministro_ficha_limpa/?vl

Com o fim das eleições, o Presidente Lula poderá apontar o 11º Ministro do STF a qualquer momento, sem aviso prévio, consulta ou transparência com o povo brasileiro. E quando ele escolher, não há mais volta.

Políticos “ficha suja” eleitos mês passado e interesses partidários poderosos estão fazendo de tudo para pressionar o Lula a apontar um Ministro que vote contra a constitucionalidade da lei. Se isto acontecer, Paulo Maluf e Jader Barbalho – que já teve o apelo negado – e outros candidatos corruptos poderão assumir seus cargos, dando uma pancada séria nas nossas esperanças de um futuro sem corrupção para o Brasil a partir de agora.

Mais uma vez depende de nós garantir que os nossos governantes fiquem do lado do povo e não de indivíduos e elites corruptas. Vamos inundar o Presidente Lula com milhares de mensagens pedindo para ele fazer a escolha certa, apontando um 11º ministro que seja fortemente contra a corrupção. Envie uma mensagem agora!

http://www.avaaz.org/po/ministro_ficha_limpa/?vl

Juntos nós vencemos a maior batalha que foi aprovar a Ficha Limpa no Congresso, mas ainda não acabou, até que cada político corrupto seja barrado por um Supremo Tribunal Federal justo e ético. Este é mais um importante passo para livrar o nosso país da corrupção e um exemplo inspirador do que podemos fazer quando nos unimos.

Com esperança,

Luis, Graziela, Ricken, Alice, Maria Paz, Iain, Pascal e toda a equipe Avaaz

Leia mais:

Lula tratará de caças e ministro do STF após volta de Dilma:
http://oglobo.globo.com/pais/mat/2010/11/03/lula-tratara-de-cacas-ministro-do-stf-apos-volta-de-dilma-922936127.asp

Dilma vai ser ouvida na indicação de ministro do STF, diz Lula:
http://noticias.terra.com.br/eleicoes/2010/noticias/0,,OI4770570-EI15315,00-Dilma+vai+ser+ouvida+na+indicacao+de+ministro+do+STF+diz+Lula.html

Impasse sobre Ficha Limpa leva eleição para o '3º turno':
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,impasse-sobre-ficha-limpa-leva-eleicao-para-o-3-turno,633193,0.htm

14 processos sobre Ficha Limpa na fila do STF:
http://www.rondonoticias.com.br/?noticia,87548,14-processos-sobre-ficha-limpa-na-fila-do-stf

Apoie a comunidade da Avaaz! Nós somos totalmente sustentados por doações de indivíduos, não aceitamos financiamento de governos ou empresas. Nossa equipe dedicada garante que até as menores doações sejam bem aproveitadas -- clique para doar.
assinando a petição e telefonando para o Supremo Tribunal Federal pedindo para eles declararem a pedindo para ele respeitar a vontade de milhões de brasileiros que apoiaram a Ficha Limpa, apontando

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

E para os erros do ENEM?

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Em outubro de 2005, cerca de 5 mil cartões de resposta do SAT (Scholastic Aptitude Test ou Scholastic Assessment Test), foram lidos apenas parcialmente pelo equipamento de correção automática devido a uma falha técnica – supostamente, causada pela presença de umidade nas folhas. 

Como resultado, alunos receberam notas mais baixas do que deveriam. O problema levou meses para ser detectado. Uma ação judicial obrigou a companhia a pagar um montante de US$ 2,85 milhões a mais de 4 mil concorrentes como compensação, além de garantir o direito deles de refazer a prova.

Comentários Politicamente (In)Corretos
Já na E$bórnia....

PS. Em alguns estados americanos, usa-se o ACT (American College Testing)

As metamorfoses dos cruéis

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As metamorfoses dos cruéis

Por Voltaire Schilling  para o Jornal Zero Hora de Porto Alegre

"Lembre-se, a discórdia é patriótica.”
Slogan do Tea Party – Nashville, 2009

As fotos do Museu Getty não deixam dúvida, o linchamento de negros era um acontecimento festivo nos Estados Unidos dos anos 20 e 30. Uma delas, tirada em Indiana em agosto de 1930, mostra uns 50 caipiras brancos, inclusive com algumas mulheres e crianças, admirando os corpos queimados e estirados de dois pobres homens vestidos miseravelmente.

Faziam até cartões-postais disso para remeter aos parentes distantes. Em outras localidades, anunciavam o enforcamento pelo jornal para atrair curiosos da vizinhança que vinham de trem para, irmanados, participar do horror.

Naquela mesma década, essa mesma gente fez de tudo para impedir a política de Franklin D. Roosevelt para tirar o país da Depressão, denunciando as ações redentoras do Novo Trato como “intervencionistas” e “comunistas”.

Entre os anos 40 e 50 do século passado, empenharam-se em insuflar a Guerra Fria, para que o Estado gastasse bilhões em armas nucleares dando especial apoio ao Dr. Edward Teller na construção da bomba final que pulverizaria parte da humanidade. Ao mesmo tempo, covardes, alinhados ao senador Joseph McCarthy na caça às feiticeiras, perseguiram funcionários públicos e artistas de Hollywood colocando-os em “listas negras” para que não pudessem mais atuar. Praticamente empurraram o grande Charles Chaplin para o exílio.

Nesse tempo todo, apoiaram o que havia de pior na América Latina. Fossem tiranos como Trujillo, Somoza ou Batista, nunca lhes regatearam dólares, quando não lhes treinavam as polícias. Foram os maiores entusiastas da longa intervenção armada no Vietnã (1965-1975), mesmo que custasse a vida de mais de 1 milhão de paupérrimos camponeses e que arrasassem as florestas deles com terríveis herbicidas como o “agente laranja”. Lamentaram foi a derrota e não o estrago que causaram, e não sossegaram enquanto um deles não atirou no atrevido Dr. Martin Luther King.

E, passados uns tantos anos, voltaram à cena apoiando em massa o presidente George Bush na sua “guerra ao terror”, invadindo dois países miseráveis do Oriente e matando a população a granel na maior operação colonialista dos tempos recentes.

O negro supliciado dos anos 20 passou a ser substituído pelo árabe-iraquiano encapuzado, pendurado por cordas e torturado em Abu Ghraib, ou pelo desgraçado afegão ou paquistanês fronteiriço dilacerado por bombas jogadas regularmente lá do alto pelos drones, os aviões teleguiados.

Essa gente cruel não suportou nem o pouco refresco que o presidente Barack Obama trouxe à nação. Logo tratou de se reorganizar em torno do movimento Tea Party (uma ofensa aos revolucionários de Boston da época da Independência) para que o jovem líder suspenda ou mutile as reformas que objetivam dar melhor assistência aos pobres.

Ainda que conscientes de viverem no país mais rico e poderoso da terra, egoístas mórbidos querem fazer reverter o programa que proporciona aos 30 ou 40 milhões de carentes o acesso à mais eficaz medicina do mundo. Não conseguiram suportar sequer dois anos de convívio com políticas públicas de bondade e generosidade. E ainda assim todos se confessam cristãos!

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Comentários do Porco.

Com relação ao comentário postado abaixo, tenho a dizer:

Não acho que Voltaire Schilling tenha apenas juntado as partes "ruins" do tea party, ele apenas evidenciou isso e explicitou um fato.

O Tea Party, travestido de defensor da liberdade e da "propriedade", realmente agrega o que tem de pior na sociedade americana, dos racistas como a KKK, passando pela direita ignorante, caipira, religiosa e retardada, que no mínimo simpatiza com a Klan e acha que OBAMA é mulçumano e nasceu na africa, todos conduzidos pela direita belicista clássica e todos unidos contra os "comunistas" que estão no poder.

Não há nenhum grande liberal (de fato, histórico ou teórico), que defenda o Tea Party, gerado no medo que os  WASP (brancos, anglo-saxônicos e protestantes), tem de perder o controle do país e que o estado assuma a postura de ser um agente do bem estar social (mesmo que mínimo), tais como a Obama's medical care. Aquelas coisas que os dinamarqueses chamam de civilidade e os americanos de socialismo.

Ministério de "beldades"

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O boato é que Maria da Graça Foster e Ideli Salvatti (tinha que ter alguém para falar bobagens no lugar do lula né gente), vão integrar o novo ministério de dilma da silva.

Quem olhar a foto desse ministério vai achar que é cartaz de um novo filme da Família Adams.



Comentários Politicamente (In)Corretos

Quem ri por último dos trouxas pagadores de impostos?

Dúvida cruel

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Se ministros de Estado dessa E$bórnia ganham tão pouco, porque que quem tá dentro não quer sair e tem uma lista do tamanho do meu braço querendo essa boquinha?

Abarroamento de navio japones por pesqueiro chinês

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A china está arrumando pretextos para confrontos em vários locais na asia. Parece repertir o "modus operandi" japones pré II guerra. Os nacionalistas chineses acham que a China tem "direito" ao domínio da ásia. Parece que logo vamos ter um cenário clássico pré guerra. Vamos ver o resultado.


PS na E$bórnia, a China comprou (isso mesmo o governo chinês), várias minas e áreas em províncias minerais e parece que o governo de nossa nulidade, nem tomou conhecimento.

domingo, 7 de novembro de 2010

Mordomias no parlamento da Suecia

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Enquanto aqui os parlamentares sofrem, na Suecia...... apartamento funcional de 40 m2, lavanderia comunitária, nada de carro oficial, nada de assessores próprios, até o primeiro ministro passa as próprias roupas.

Os parlamentares sabem que são os impostos do contribuinte é que os pagam. 


 

Comentários Politicamente (In)Corretos

Já na E$bórnia chamada brazil....



sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Hoy se Celebra Día Mundial Contra la Caza de Ballenas

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Diversos países celebran hoy el Día Mundial Contra la Caza de Ballenas que nace como resultado de la indignación internacional contra los constantes abusos de Japón a la moratoria sobre la caza comercial de ballenas.
05 de Noviembre de 2005 (CCC News) – A pesar que en Junio pasado las naciones balleneras sufrieron una histórica derrota tras fracasar la propuesta que pretendía eliminar la moratoria sobre la caza comercial de ballenas – que establece cuotas de caza igual a cero – Japón continúa matando ballenas bajo supuestos fines de “caza científica” en el Pacífico Norte y en aguas del Santuario de Ballenas del Océano Austral.
Ante el abuso constante de Japón a lo acordado por la comunidad internacional en materia de conservación de ballenas, diversas organizaciones y grupos de la sociedad civil celebrarán hoy el Dia Mundial Contra la Caza de Ballenas (Anti-Whaling Day), mediante manifestaciones pacíficas a favor de la vida de las ballenas, las cuales en muchos casos se realizarán frente a la embajada de Japón de cada país.
Como una forma de apoyar esta inciativa que busca levantar las voces de miles de ciudadanos a favor de la vida y conservación de los océanos, Centro de Conservación Cetaceate invita a hacer escuchar tu voz en contra de esta matanzas, enviando una carta al Embajador de Japón en Chile (copia y pega la siguiente carta tipo en tu correo y agrega tu nombre al final).
  
Y porque tu VOZ es la única VOZ de las ballenas no olvides unirte a la campaña 0cazaDballenas en Facebook y en Twitter.
 

Sr. Wataru Hayashi 
Embajador de Japón 
Embajada de Japón en Chile 
contactoembajadajapon@gmail.com 

Sr. Embajador Hayashi,
Me dirijo a usted con motivo de la caza de ballenas que realiza Japón en el Santuario de Ballenas del Océano Austral y Pacífico Norte.
Desde la implementación de la moratoria sobre la caza comercial de ballenas, el gobierno japonés ha capturado más de ocho mil ballenas a pesar que sus aguas fueron declaradas Santuario de Ballenas por la Comisión Ballenera Internacional (CBI) en 1994.
La persistente falta de voluntad del gobierno de Japón cumplir con la moratoria sobre la caza de ballenas ha generado un clima de polarización y desconfianza dentro del seno de la CBI. Las operaciones de caza llevadas a cabo en Japón desafían abiertamente las recomendaciones de la CBI y su Comité Científico, ya que se valen de vacíos legales, como lo es la denominada “caza científica”, para abiertamente continuar con actividades comerciales en torno a la caza de ballenas, incluso de especies que se encuentran En Peligro o escasamente conocidas, como la ballena de aleta y la ballena minke, respectivamente.
Las actividades de caza no sólo desprestigian la imagen internacional de Japón sino que además amenazanla creciente industria del Turismo de Avistaje de Cetáceos que actualmente desarrollan diversas comunidades costeras alrededor del mundo como una alternativa sustentable y efectiva que reconoce el valor económico del uso no letal de las poblaciones de cetáceos silvestres.
Por los motivos señalados solicitamos al Gobierno de Japón detener inmediatamente estas operaciones que atentancontra la efectiva conservación de estos mamíferos marinos y vulneran los acuerdos adoptados por la CBI.
Agradeciendo su amable atención y esperando una respuesta positiva de su parte, se despide cordialmente.
Agrega tu nombre aquí




quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Bush falando bullshit

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Bush diz que escreveu um livro de memórias, mas como ele faz parte do seleto grupo de chefes de estado analfabetos (ele e o mordomo lulalau são os sócios fundadores), fica difícil de acreditar. Mas a gente até deixa passar que ele no máximo ditou para algum ghost-writer.

No livro ele se orgulha da invasão do Iraque, que considera justificada, pois o povo daquele país "está melhor agora, com um governo que o atende, e que não tortura e assassina". 


Comentários Politicamente (In)Corretos

Sabe que ele tem razão. O governo iraquiano não tortura nem assassina, agora soldados e mercenários americanos são os encarregados.

PS. Bushit, só esqueceu de  mencionar que o Iraque, como país, só existe no papel.

NÃO FATURAMOS A COPA DE 2010

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NÃO FATURAMOS A COPA DE 2010, MAS COM CERTEZA VAMOS SUPERFATURAR A DE 2014 !

Não sou niilista, sou simplesmente relativista

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Não sou niilista, sou simplesmente relativista. André Compte-Sponville, no seu Dicionário Filosófico, coloca as coisas no seu lugar: o niilismo é a filosofia da preguiça ou do nada, o relativismo é a filosofia do desejo e da acção. Os que dizem que sou um niilista não sabem ler ou, se o sabem, não entendem o que lêem.

“Soy un relativista”, Vistazo, Guayaquil, 19 de Fevereiro de 2004

O que você não ouviu no café com o presidente

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Do Angeli


PS. No site do Angeli, tem a biografia não autorizada do FHC em charges, fantástico!!!!!!!!!!!!!

Querem censurar Lobato, por que não Tarzan, O Fantasma e Jim das Selvas?

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Por uma denúncia de racismo, que um maluco fez ao bando de burocratas do Conselho Nacional de Educação, Monteiro Lobato foi censurado, mais, com uma sugestão de banimento.

Ainda bem que todas as vozes, dos indivíduos que tem mais de dois neurônios, se posionaram contra essa medida idiota e perigosa (eu diria mais perigosa que idiota), do CNF. 

Queimar livros ou censurá-los é coisa preferencial dos cristãos, nazistas, petistas e outras coisas com tendências bem autoritárias.

Hoje o Ministro da Educação rejeitou o parecer do CNE, espero que essa palhaçada  fique por aqui, mas o CNE abriu a porta, logo vamos ter aquela leva de pedidos de censura por motivos religiosos e coisas que esses malucos do gênero sempre tem.

Abaixo alguns textos sobre mais uma medida (no mínimo imbecil), que os barnabés tomaram.

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Ricardo Magnus Osório Galvão, diretor do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF)

"O veto do Conselho Nacional de Educação à obra Caçadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato, me fez lembrar um episódio de minha infância. Meu pai sempre incentivou a leitura de livros em casa. Eu e meus irmãos éramos introduzidos aos livros de Monteiro Lobato, em seqüência, logo após terminar o segundo ano primário, quando nossa habilidade de leitura e de compreensão de textos já permitia uma leitura fluente.

Por volta dos dez anos já nos apresentava os livros de Karl May, Arthur Conan Doyle, Malba Tahan e outros autores, cujas obras iam ao encontro do espírito aventureiro de nossa pré-adolescência e fortaleciam nossa capacidade de raciocínio e imaginação.

Um dia, numa visita à escola de freiras onde minha mãe havia estudado em nossa terra natal, Itajubá, Minas Gerais, ao ser apresentado por ela à Madre Superiora (eu tinha por volta de onze anos), esta perguntou sobre minhas leituras. Comecei logo a falar entusiasticamente sobre os Doze Trabalhos de Hércules, um dos livros que mais me atraíam na obra de Lobato.

A Madre Superiora chamou minha mãe para uma conversa particular e a repreendeu fortemente, porque os livros de Monteiro Lobato estariam proibidos pela Igreja Católica, por ele apresentar a Teoria de Darwin sobre a evolução das espécies.

Minha mãe não retrucou, mas, embora bastante católica, não atendeu imediatamente à Madre Superiora. Ao retornar a Niterói procurou o orientador pedagógico do Colégio Salesiano Santa Rosa e perguntou sobre como deveria proceder para nos dar uma formação ampla sem ferir suas convicções religiosas.

Felizmente o orientador, professor Valmor Chagas, tinha uma mentalidade bastante aberta e disse-lhe explicitamente que a orientação da Madre Superiora se devia a uma falta de entendimento mais profundo sobre a evolução da ciência.

Informou-lhe que, já no início de seu mandato, o Papa Pio XI havia esclarecido que a Teoria de Darwin não era contraditória à crença em Deus, e que este modelo de evolução era apresentado no colégio, dentro das aulas de biologia, aos alunos do quarto ano do ginásio.

Esta informação felizmente tranqüilizou minha mãe, de forma que meus irmãos menores puderam continuar a saborear os livros de Lobato. Tivesse ela tomado outra atitude, meus irmãos menores poderiam ter ficado privados dessa deliciosa aventura intelectual.

O veto do Conselho Nacional de Educação, embora em outro contexto, parece reproduzir a falta de visão da Madre Superiora. Além do livro Caçadas de Pedrinho, em praticamente todos os livros dos autores acima mencionados, Karl May, Arthur Conan Doyle, Malba Tahan, ou nos livros de Tarzan, podem ser encontradas passagens, as quais, em termos dos conceitos modernos, poderiam ser consideradas preconceituosas ou racistas. Mas colocá-las em um "Index" seria também contrário à visão moderna de acesso universal ao conhecimento.

Cabe, isto sim, aos pais e mestres orientar seus filhos e pupilos para saber identificar esses temas e colocá-los no contexto da época em que foram escritos. Essa seria a atitude correta para fortalecer a formação intelectual e humana de nossa juventude."

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A jequice da Era da Mediocridade
 

O Brasil conseguiu ficar mais jeca, resumiu o título do post publicado em setembro de 2009 e reproduzido na seção Vale Reprise.

Depois de descrever a inverossímil quermesse patriótica montada para celebrar a fantasia do pré-sal, que chegou ao climax com a Proclamação da Segunda Independência pelo presidente Lula, o texto reitera nas três últimas linhas que os brasileiros ainda providos de lucidez continuavam a enxergar as coisas como as coisas são: “Sem parentesco com o país que o governo inventou, o Brasil real não mudou. Só conseguiu tornar-se ainda mais metido a esperto, mais grosseiro, mais caipira, mais jeca. Toda nação acaba ficando parecida com quem a governa”.

Ficou mais parecida ainda nesta semana, informa o parecer do Conselho Nacional de Educação publicado no Diário Oficial da União de quinta-feira. Segundo a entidade, o livro “Caçadas de Pedrinho”, do escritor Monteiro Lobato, é perigoso demais para cair nas mãos dos alunos de escolas públicas.

Em que pecado teria incorrido o pai de personagens ─ Emília, Narizinho, Dona Benta, Visconde de Sabugosa, Tia Nastácia, o próprio Pedrinho ─ eternizados no imaginário de milhões de crianças brasileiras? Que crime teria cometido o admirável contador de histórias que inoculou em incontáveis gerações o amor à leitura?

Monteiro Lobato é racista, acaba de descobrir Nilma Lino Gomes, professora da Universidade Federal de Minas Gerais, que redigiu o documento endossado pelos demais conselheiros.
No livro publicado em 1933, ela identificou vários trechos grávidos de preconceito, sobretudo os que envolvem Tia Nastácia, macacos e urubus. “Estes fazem menção revestida de estereotipia ao negro e ao universo africano”, explica a vigilante conselheira. Num deles, “Tia Nastácia é chamada de negra”. Noutro, trepa numa árvore “com a agilidade de um macaco”.
Solidária com os conselheiros, a Secretaria de Alfabetização e Diversidade do MEC já resolveu que “a obra só deve ser usada quando o professor tiver a compreensão dos processos históricos que geram o racismo no Brasil”.

Quem não compreende coisa nenhuma é o bando de ineptos alojado nas siglas que vão colocando em frangalhos o sistema de ensino. Quem precisa tratar processos históricos com menos ligeireza são os cretinos fundamentais que ousam censurar a obra de um escritor genial. Só burocratas idiotizados pelo politicamente correto tentam aprisionar em gavetas nos porões criaturas que excitaram a imaginação de milhões de pequenos brasileiros.

Ironicamente, um dos filhos literários de Monteiro Lobato é o Jeca Tatu. Nasceu para ensinar que o Brasil só conheceria a civilização se erradicasse o atraso crônico, as doenças da miséria, o primitivismo cultural ─ a jequice, enfim.

No Brasil do presidente que não lê, não sabe escrever e celebra a ignorância, o caipira minado pelo amarelão, que fala errado e se imagina esperto, virou modelo a imitar. Ser jeca está na moda, rende votos, aumenta a popularidade. Pode até garantir o emprego de conselheiro nacional de educação.”