segunda-feira, 28 de junho de 2010

Suprema Corte dos EUA rejeita imunidade do Vaticano em caso de pedofilia

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A Suprema Corte americana deu um passo a frente em reconhecer que o Vaticano, como religião, tem imunidade diplomática limitada.

Permitindo que o Vaticano seja processado nos casos onde houve a transferência de religiosos acusados de pedofilia.

Essa decisão reconhece entendimentos das cortes de 1o grau que determinaram neste caso que haveria uma exceção ao Ato de Imunidade Soberana Internacional que afetaria o Vaticano. Um juiz determinou que havia provas suficientes para uma conexão entre o Vaticano e Ronan, considerado diante da corte um funcionário do Estado católico sob a lei Oregon. A decisão foi mantida pela Nona Corte de Apelação, na Califórnia.

Ronan começou a abusar de garotos em meados da década de 50, quando era padre da Arquidiocese de Armagh, na Irlanda. Ele foi transferido para Chicago, onde admitiu ter abusado sexualmente de três garotos na Escola St. Philip. Ronan foi transferido ainda para a Igreja St. Albert, em Portland, no Oregon, onde foi acusado de abusar sexualmente de uma pessoa, que está processando o Vaticano.

A vítima acusa o Vaticano de não ter expulso ou adotado qualquer outra sanção contra o padre, apesar de ter conhecimento das denúncias de pedofilia. Ronan morreu em 1992.

Neste sábado, o governo de Barack Obama pedira em vão à Suprema Corte que conceda imunidade ao papa Bento 16 e a outros dirigentes da Igreja Católica nos julgamentos de padres acusados de pedofilia no país. Os nove juízes do Supremo pediram a opinião do governo Obama, como fazem regularmente nos casos que afetam as relações diplomáticas.

Nos EUA, as maiores autoridades do Vaticano, incluindo o papa, então cardeal Joseph Ratzinger, também teriam encoberto o reverendo americano Lawrence Murphy, acusado de abusar sexualmente de 200 crianças surdas.

Com isso as "autoridades" religiosas poderão ser acusadas criminalmente pelo acorbertamento dos casos de pedofilia nos Estados Unidos.

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