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Enquanto na E$bórnia chamada brazil, as famílias esperam os corpos dos assassinados pela ditadura militar, na civilização...
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Do jornal Zero Hora do Rio Grande do Sul
Após 38 anos, o pedido de perdão por um massacre
Em relatório divulgado até por telão, governo britânico admite erro ao matar 14 norte-irlandeses em 1972
Em frente a um telão, milhares de pessoas festejaram ontem o que parecia um gol em Londonderry, na Irlanda do Norte. A comemoração, porém, nada tinha a ver com a Copa da África do Sul: a transmissão, direto do Parlamento, em Londres, mostrou o premier da Grã-Bretanha, David Cameron, pedindo perdão em nome do governo pela matança de norte-irlandeses por soldados britânicos em janeiro de 1972 – episódio que passou para a história como o “Bloody Sunday” (Domingo Sangrento) e se tornou famoso com a música Sunday Bloody Sunday, sucesso da banda irlandesa U2 (leia a letra abaixo).
As declarações de Cameron marcaram a divulgação do esperado relatório com as conclusões de uma investigação judicial iniciada em 1998 – para muitos, enfim foi feita justiça. À época do incidente, que acabou com a morte de 14 manifestantes católicos, o governo eximiu os soldados de qualquer culpa, alegando que fora legítima defesa. Parentes e sobreviventes, porém, por anos afirmaram que as vítimas não estavam armadas e nem haviam usado da violência (leia mais no quadro ao lado).
– As conclusões deste informe são absolutamente claras. Não há dúvida. Não há equívoco. Não há ambiguidades. O que aconteceu no “Bloody Sunday” foi injustificado e injustificável – declarou Cameron.
O “Bloody Sunday”, um dos episódios chave no conflito entre católicos separatistas e protestantes unionistas, impulsionou o crescimento do grupo extremista Exército Republicano Irlandês (IRA).
Em janeiro de 1998, o premier britânico Tony Blair encarregou o juiz Mark Saville da investigação, considerada a mais longa e mais cara da história britânica (o custo final ronda 200 milhões de libras, ou R$ 532 milhões). As famílias das vítimas e os soldados envolvidos tiveram acesso mais cedo ao informe de 5 mil páginas, que examina os acontecimentos de 30 de janeiro de 1972 durante uma marcha a favor dos direitos civis em Londonderry. Mais cedo, cerca de 60 familiares de vítimas desfilaram em silêncio, exibindo fotos em preto e branco de seus parentes.
Como a divulgação do relatório, alguns soldados – hoje todos na reserva – podem ir a julgamento.
Enquanto na E$bórnia chamada brazil, as famílias esperam os corpos dos assassinados pela ditadura militar, na civilização...
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Do jornal Zero Hora do Rio Grande do Sul
Após 38 anos, o pedido de perdão por um massacre
Em relatório divulgado até por telão, governo britânico admite erro ao matar 14 norte-irlandeses em 1972
Em frente a um telão, milhares de pessoas festejaram ontem o que parecia um gol em Londonderry, na Irlanda do Norte. A comemoração, porém, nada tinha a ver com a Copa da África do Sul: a transmissão, direto do Parlamento, em Londres, mostrou o premier da Grã-Bretanha, David Cameron, pedindo perdão em nome do governo pela matança de norte-irlandeses por soldados britânicos em janeiro de 1972 – episódio que passou para a história como o “Bloody Sunday” (Domingo Sangrento) e se tornou famoso com a música Sunday Bloody Sunday, sucesso da banda irlandesa U2 (leia a letra abaixo).
As declarações de Cameron marcaram a divulgação do esperado relatório com as conclusões de uma investigação judicial iniciada em 1998 – para muitos, enfim foi feita justiça. À época do incidente, que acabou com a morte de 14 manifestantes católicos, o governo eximiu os soldados de qualquer culpa, alegando que fora legítima defesa. Parentes e sobreviventes, porém, por anos afirmaram que as vítimas não estavam armadas e nem haviam usado da violência (leia mais no quadro ao lado).
– As conclusões deste informe são absolutamente claras. Não há dúvida. Não há equívoco. Não há ambiguidades. O que aconteceu no “Bloody Sunday” foi injustificado e injustificável – declarou Cameron.
O “Bloody Sunday”, um dos episódios chave no conflito entre católicos separatistas e protestantes unionistas, impulsionou o crescimento do grupo extremista Exército Republicano Irlandês (IRA).
Em janeiro de 1998, o premier britânico Tony Blair encarregou o juiz Mark Saville da investigação, considerada a mais longa e mais cara da história britânica (o custo final ronda 200 milhões de libras, ou R$ 532 milhões). As famílias das vítimas e os soldados envolvidos tiveram acesso mais cedo ao informe de 5 mil páginas, que examina os acontecimentos de 30 de janeiro de 1972 durante uma marcha a favor dos direitos civis em Londonderry. Mais cedo, cerca de 60 familiares de vítimas desfilaram em silêncio, exibindo fotos em preto e branco de seus parentes.
Como a divulgação do relatório, alguns soldados – hoje todos na reserva – podem ir a julgamento.
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