Membros da embarcação atacada na segunda-feira asseguraram ter sofrido torturas sexuais, psicológicas e físicas
Do Estadão em 06 de junho de 2010
ISTAMBUL - O vice-primeiro-ministro e porta-voz do Governo da Turquia, Cemil Çiçek, assegura que os integrantes da frota humanitária sofreram torturas durante sua retenção em Israel, informou hoje a imprensa local.
"Visitei, junto ao primeiro-ministro (Recep Tayyip Erdogan), os feridos hospitalizados. O que nos explicaram é algo que a consciência humana é incapaz de aceitar. Sofreram sérias torturas. Se vê claramente nas marcas que deixaram em seus corpos", afirmou em declarações publicadas hoje pelo jornal "Milliyet".
O presidente da ONG turca IHH e um dos principais organizadores da frota, Bülent Yildirim, já acusou na sexta-feira passada Israel de ter submetido os seus a torturas físicas e psicológicas". Em declarações à rede de televisão "NTV", membros turcos da expedição humanitária asseguraram ter sofrido "toques genitais" e outros tipos de torturas sexuais.
O ministro porta-voz turco manifestou seu desejo de que os organismos internacionais averiguem estes fatos e tomem declarações das vítimas turcas do ataque israelense. Concretamente, pediu ao Comitê para a Prevenção da Tortura da União Europeia que vá à Turquia para entrevistar as vítimas das supostas torturas.
"Estes organismos devem esclarecer o que aconteceu nos casos da tortura realizada pelos soldados israelenses", exigiu Çiçek e lembrou que "a tortura é um crime contra a Humanidade". O diário "Hürriyet" publica hoje uma série de fotografias realizadas pelos membros da frota nas quais se vê vários soldados israelenses feridos.
Em uma das imagens se vê um soldado chorando e com a cabeça ensanguentada,supostamente após ter sido atingido pelos tripulantes do navio. Em outra fotografia se vê o corpo do fotógrafo turco Cevdet Kiliçlar, morto com um disparo na cabeça a pouca distância.
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A seguir, fotos dos feridos na abordagem de segunda-feira.
Israel agora está alegando que os barcos transportavam armas e munições.
Seria de perguntar por que não foram usadas na resistência à abordagem.
Não: a resistência foi feita com ferros e correntes.
O que não impediu que Israel justificasse seus tiros e violência como "legítima defesa".
"Legítima defesa" contra o que, cara pálida.
Os barcos foram abordados em águas internacionais, pela força armada regular de um país.
Típico ato de "corso", ou seja, pirataria de estado.
De qualquer forma, segue a guerra de propaganda.
Detalhe: estas fotos nada tem a ver com os fatos descritos no texto acima.
Aquele se refere à violência contra tripulantes sequestrados dos barcos, já em terras israelenses.
Estas (a seguir) são dos feridos pelos soldados israelenses durante a abordagem.
Tudo muito "civilizado".
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