sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Lógica petralha, se não cumprimos a lei, a gente muda a lei

.
A notícia reproduzida ai em baixo parece ser muito interessante, os portos finalmente vão se licenciar... mas.... vamos por partes.

O Valor econômico é um jornal cuja ideologia não pode nem ser chamada de capitalista, a ideologia é pró empresariado, em qualquer situação, ele está certo, ele é a vítima. O mundo gira em torno deles. Tem sido frequentemente chamado de jornal do PIG (partido da imprensa golpista), pois nem sempre os interesses dos empresários são os mesmos do governo petralha, como diz um amigo, são apenas quadrilhas brigando pelo ponto.

Segunda parte, como diz um outro amigo, a corja petista-sindicalista e cumpanherada associada, está sempre se reinventado, nos mínimos detalhes. Quando interessa, conta e aceita com prazer, até o apoio da imprensa do PIG .

Não bastasse os roubos e corrupção descaradas, o fim institucional do congresso (comprado para não ter papel ou finalidade alguma na república da E$bórnia, o que o torna uma figura decorativa voltada para seu próprio umbigo), a corja liderada pela petralhada está se tornando mestre em inverter e perverter a legislação ao seu bel prazer (fruto de anos de experiência fraudando questões sindicais).

Dessa vez, eu diria mais uma vez, a legislação estuprada vai ser a ambiental.

Para os petralha-sindicalistas e cumpanherada associada, quando um ato ilegal está sendo cometido, mas que atende os interesses da corja, ao invés de resolver o problema, aplicando-se a lei, muda-se a lei para legalizar o crime e depois a gente vê como resolver a situação da vítima, nesse caso, o nosso patrimonio natural (como também querem fazer com o código florestal).

Mas como o populacho é ignorante mesmo, a corja não está nem aí, o povão não vai entender  e muito mesmo se preocupar com isso, para o resto, é só fazer discurso populista, um pouco de marketing e tudo é esquecido e se resolve.

Seguindo essa linha, a corja vai "resolver" os problemas dos portos brasileiros, tudo com direito a propaganda na TV (em horário nobre), alegando que mais uma vez fez o que nunca antes nesse país......

Comentários Politicamente (In)Corretos

Ninguém é contra a regularização ambiental dos portos, muito pelo contrário, mas feitas de acordo com a legislação e técnicas adequadas, sem atropelos ou maracutaias. Vários  portos brasileiros já estão regularizados, alguns dos mais problemáticos. Por causa disso, fica a minha dúvida:

Por que alguns portos, bem antigos e considerados ambientalmente problemáticos, conseguiram se licenciar normalmente, sem atropelos, mutretas e deturpações da legislação e outros, notadamente com problemas de gestão, corrupção e outras mazelas da administração político-partidária estão empurrando com a barriga? 

Não será porque nesses casos, o buraco é bem, mas bem mais embaixo....

========================================================================

Portos antigos terão licença ambiental


Fernanda Pires para o Valor, de Santos - 03/02/2011


Novo ministro dos Portos, Leônidas Cristino, diz que não se trata de anular etapas, mas de criar um facilitador

A maior parte dos 34 portos públicos do país não tem licença ambiental para operar, pois foram instalados muito antes da lei sobre o assunto, criada na década de 90. Essa situação tem gerado alguns problemas, como a interdição do porto de Santos (SP) e de Paranaguá (PR) em 2010 por não atenderem os requisitos da legislação. Para resolver o problema, o governo preparou um decreto que deve definir um receituário, propondo uma inversão de ordem para não interromper o comércio exterior. Primeiro, todos os portos receberão as licenças ambientais e somente depois terão de cumprir uma série de condicionantes. Caso não cumpram, ai terão a licença cassada.
 
Está prevista também a criação do Programa Federal de Apoio à Regularização e Gestão Ambiental para apoiar o licenciamento dos portos. Conforme o Valor apurou, os portos e terminais já em operação, que não contam com licença, terão 120 dias para firmar compromisso com o órgão do meio ambiente e apresentar, em até 720 dias, um relatório de controle ambiental que balizará a regularização, e a consequente emissão da licença. Hoje, poucos estão em dia, como Rio Grande (RS) e Suape.

A questão ambiental faz parte de um pacote de quatro decretos que são a prioridade da Secretaria de Portos (SEP) neste início de governo. Os decretos devem ser encaminhados à Casa Civil proximamente, disse ontem o novo ministro dos Portos, Leônidas Cristino. Além do texto que trata da questão ambiental, dois visam a ampliação das áreas físicas dos portos de Santos (SP) e Suape (PE) e outro cria a comissão nacional para assuntos de praticagem. Todos foram concebidos na gestão do antecessor Pedro Brito, mas, por um rito burocrático da troca de comando da pasta, precisam do aval do novo ministro - também cearense e igualmente indicado ao cargo pelo clã dos irmãos Cid e Ciro Gomes.

Outro decreto já pronto é o que cria uma comissão para assuntos de praticagem, com a missão de propor metodologia para a formação de preços do serviço de prático - profissional encarregado por manobrar o navio na entrada e saída dos portos. Por lei, os preços de praticagem estão fixados para remunerar o prático, a lancha (que leva o profissional até a embarcação) e a atalaia (o centro de operações). Mas a SEP quer saber o peso de cada item na composição dos valores cobrados dos armadores - os tomadores do serviço que reclamam do que consideram altos os custos. O comitê deve ser presidido pelo Ministério da Defesa e com membros da SEP, ministérios da Justiça, Fazenda e Transportes e Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). "Estivemos com a Marinha (a quem a praticagem responde) e eles também têm interesse em fazer essa reformulação", disse Cristino.

Por fim, restam as ampliações dos portos organizados de Santos e Suape. O novo traçado de Santos incluirá quase 7,8 milhões de m2, estando pouco mais da metade apta a receber terminais, devido a restrições ambientais. A expansão de Suape - já analisada pelo novo ministro - prevê a exclusão do polo naval da área do porto organizado, com objetivo de estimular investimentos. A reivindicação é antiga e, segundo a SEP, abre caminho para a indústria progredir.

Questionado sobre o porto de Paranaguá, que tem contratos sob suspeita de fraude - razão pela qual o ex-superintendente da administração, Daniel Lúcio de Oliveira de Souza, foi preso -, o ministro afirmou que se reuniu com a direção do porto que ficou de apresentar um histórico do que aconteceu. "Vamos analisar, por enquanto não temos determinação em relação a isso (intervenção). A conversa foi positiva, é um porto importantíssimo,"

Sobre o comando das companhias docas, Cristino disse que ainda é cedo falar sobre possíveis trocas. "Estamos conhecendo os portos brasileiros. Num segundo momento analisaremos com tranquilidade para ver se serão necessários alguns ajustes na estrutura administrativa". Hoje ele estará no estado fluminense, onde visitará os portos do Rio de Janeiro, Itaguaí e Angra dos Reis. Ontem participou das festas de aniversário de Santos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário