sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Moçambique cria mais de cinco mil reservas florestais

Enquanto o Brasil destroi unidades de conservação por medida provisória e os ruralistas, com apoio de políticos trambiqueiros, se unem para fazer o maior estrago e destruir as chances do país de proteger biodiversidade, Moçambique cria mais de 5.000 áreas protegidas e tem intenso programa para o uso sustentável de recursos naturais e recuperação de ecossistemas.
 Da PNN Portuguese News Network
Maputo – A ministra moçambicana para a Coordenação da Acção Ambiental, Alcinda Abreu, destacou hoje, em Maputo, a criação de 5.046 novas florestas comunitárias, no quadro da gestão sustentável dos recursos naturais.
No mesmo contexto o Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA) iniciou também o estudo sobre as técnicas de conservação e tratamento da água no distrito de Tambara, província central de Manica, bem como a demonstrações do uso da moringa como purificador da água para consumo doméstico.

O XV Conselho Coordenador do pelouro, que decorre em Maputo sob o lema «Floresta é Vida, Floresta é Nossa Riqueza, Conservarmo-la!» vai, durante três dias, entre outros objectivos, verificar o grau de cumprimento das decisões saídas do XIV conselho coordenador e fazer o balanço da implementação do Plano Económico Social (PES) 2011, relativo ao primeiro semestre.

No quadro das realizações feitas no primeiro semestre do corrente ano, no plano de gestão das zonas costeiras, iniciou-se a avaliação ambiental estratégica da costa moçambicana, a restauração do mangal degradado em Xai-Xai, província meridional de Gaza, a testagem de técnicas de combate à erosão no distrito de Inhassoro e o estudo da morfodinâmnica das praias de Xai-Xai e Chuiba.

No quadro da gestão das zonas urbanas, o MICOA elaborou 19 planos de uso da terra nos distritos das províncias de Cabo Delgado, Niassa, Nampula (norte), Zambézia e Manica (centro), Inhambane, Gaza e Maputo (sul) e construiu barreiras de contenção da erosão e enchimento de ravinas.

A pesquisa marinha foi outro assunto que mereceu atenção durante o primeiro semestre de 2011, tendo sido realizado o estudo dos invertebrados e ervas marinhas capturadas na zona entre-marés da baía de Pemba. A estação de aquacultura do centro de pesquisa está a fazer o cultivo de bacalhau e cobia e corvina gigante.

O conselho coordenador acontece meses antes da realização da XVII Conferência das Partes da Conservação Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 17) e da sétima Reunião das Partes do Protocolo da Quioto, a ter lugar em finais de Novembro, na cidade sul-africana de Durban.

Moçambique, como o país anfitrião, espera que o encontro constitua mais uma oportunidade de mobilizar os diferentes actores, com vista a alcançar um acordo vinculativo em substituição do Protocolo de Quioto, que expira no mês de Dezembro de 2012.

No encontro, o MICOA ofereceu ao Conselho Municipal da Cidade de Maputo (CMCM), representado pelo respectivo edil, um total de 90 contentores para a deposição de lixo, que serão colocados na Vila Olímpica, onde estão alojados os atletas e delegados dos X Jogos Africanos.

O Conselho Coordenador do MICOA conta com a participação de directores nacionais e provinciais, representantes de comissões da Assembleia da República (AR), o Parlamento moçambicano, outros Ministérios e convidados.

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