domingo, 19 de abril de 2009

Xenofobia à moda chinesa

.

Um best seller chinês, escrito por cinco professores ultranacionalistas, que querem uma China mais dominante, isso mesmo, mais dominante no contexto mundial (mal sai um louco de um lado e surge outro do lado oposto), está dando o que falar, o assunto tem saído em “trocentos” blogs.

O livro (eu diria o problema), tem todas as bobagens perigosas, só que em sua versão oriental pseudo comunista, de toda aquela coleção de rezas e conceitos malucos repetidos e repetidos e repetidos pelos ditadores, fanáticos e toda uma cepa de lunáticos crentes derivados do judaísmo-cristão e seus afilhados (cristãos, mulçumanos, judeus e todas as suas vertentes), que nós, ocidentais, estamos carecas de ver (pelo menos os que conhecem um pouco de história).

Parágrafo primeiro. Sabe-se que todos os malucos fanáticos com tendências autoritárias têm uma coisa em comum, a religiosidade extremada e a vontade de subjugar e/ou exterminar todo o povo que não seja o seu, (traduzindo-se por seu povo, quem tem a mesma religião, verdades políticas e um termo puramente sociológico e sem base científica, sua raça). Não acreditam, leiam o que escreveram, falaram, fizeram (alguns deles vivos e ainda fazendo) adolf hitler, benito mussolini, augusto pinochet, benjamim netanyahu, ayatollah khomeini e assim vai, pode colocar ai o bin laden e o bush junior, que também são dois malucos muito parecidos em seus fanatismos e religiosidades.

Mas voltando, quem escreveu o livro usou um período impar para seu lançamento, a crise ocidental, logo depois da farsa das olimpíadas, que mostrava uma China perfeita e maravilhosa, vista dessa forma por uma parte do mundo e por aquela maioria significativa de chineses, que não se importam em viver na maior repressão e ditadura existente na atualidade, não se importam com a miséria quase absoluta das suas regiões rurais isoladas, mas se importam com a possibilidade de ganhar dinheiro e comprar uma bicicleta ou um carro.

Convém lembrar que para criar essa imagem e status de estabilidade e economia forte, mais de 60 % da população da chinesa é usada e mantida em um estado miserável de qualidade de vida e com grande parte de seus recursos naturais, em especial a água, irremediavelmente comprometidos. Os chineses não tem aposentadoria, se estiver na zona rural não tem médicos nem hospitais e sindicato e manifestações não aprovadas pelo governo são sinônimo de cadeia e tortura (tem um empresário forte do setor de siderurgia e$borniano que elogiou o modelo comunista Chinês na FIESP, lembram?).

Pois bem, agora a versão chinesa dessa balela toda:

O RACISMO:
Olhando a história da civilização humana, nós somos os mais qualificados para liderar o mundo; os ocidentais devem vir em segundo.

A MEGALOMANIA:
A China precisa liderar o mundo, ver os Estados Unidos como maior inimigo, pois se trata de uma disputa e o governo precisa investir mais em força militar e em tecnologia.

A ILUSÃO:
A crise econômica deixou o Ocidente mais fraco e a China mais forte, é hora de exigirmos nosso lugar no mundo.

A PARANOIA:
O plano do Ocidente a longo prazo é derrubar a China. Os EUA são nosso maior inimigo, nunca compartilharão sua tecnologia conosco.
O mundo conspira contra a China, não se pode confiar nos estrangeiros
(essa frase é comum nos livros escolares chineses).

SOBRE O TIBET E RESIGNAÇÃO COM O PODER CENTRAL:
Os tibetanos exageram a sua situação para os jornalistas estrangeiros. Admito que eles sofreram muito com a Revolução Cultural e que o governo fez coisas erradas por lá, mas todos os chineses já sofreram nas mãos do governo.

A política da China

O modelo de expansão chinês sempre foi muito bem pensado, na questão do Tibet, Coréia, Vietnã e no teste de paciência em relação a Taiwan, um passo de cada vez, morder e soprar um pouco, dependendo da pressão e da possibilidade de “reação” do inimigo ocidental. Parecendo uma escalada de poder muito bem sedimentada, mas pode mesmo virar um risco?

Há alguns anos atrás eu li um relatório do Pentágono (encomendado pelo dick cheney, ex vice-presidente do bush júnior, logo após a assunção do júnior ao cargo, clique aqui para ler o resumo), que misturava questões políticas, geográficas, econômicas e ambientais, fazendo previsões de cenários nada agradáveis, entre eles, havia um para a década de 20, com conflitos crescentes com a China, principalmente por petróleo, no mar do Japão e no mar Vermelho.

Com os chineses e seu nacionalismo submisso ao poder central e se voltando cada vez mais para a África e Oriente Médio, podemos imaginar uma nova guerra fria pela frente, para o delírio (e desejo), de um monte de malucos, quem viver, verá.

.

Nenhum comentário:

Postar um comentário