Lembre-se de ter um anti vírus atualizado, pode ser o avast (gratuito para uso doméstico) e passá-lo com o windows em modo segurança de vez em quando, pois em alguns casos, é a única forma de detectar e/ou se livrar de alguns malwares.
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Montado num porco é uma expressão gaúcha usada quando uma pessoa está irritada ao extremo.
Na crise de 1920, os capitalistas de verdade, quando faliam suas empresas ou quando perdiam tudo que tinham, cometiam suicídio, fugiam, enlouqueciam e coisas do gênero.
Na crise de 2008/2009 do mundo mundial global, os incompetentes que destroem a economia, ganham bônus e outros prêmios.
No domingo passado foi anunciado que, a partir dessa segunda-feira (hoje), rick wagoner seria o ex-presidente da montadora americana General Motors - GM. O que a GM não anunciou foi que ao sair do cargo, wagoner vai levar, pelos brilhantes serviços prestados, um cheque de US$ 20 milhões (R$ 45,5 milhões, o que equivale ao terceiro ou quarto maior prêmio de uma mega-sena acumulada).
Mas eis a biografia do cara:
wagoner assumiu o cargo de executivo-chefe em 2000 e em 2003 passou a acumular a presidência da montadora, que acumulou prejuízos de US$ 82 bilhões. Durante sua “gestão”, entre outros fracassos, a GM perdeu a liderança do setor automotivo do mundo mundial global e globalizado para a Toyota.
PS. Em beve wagoner deve ser convidado, pelo donatário sarney, para assumir um dos cargos de diretor do senado, com salário que podem atingir R$ 18.000,00. Qual diretoria os meus seis fieis leitores sugerem?
( ) Diretoria de DVD, para digitalizar os acervos;
( ) Diretoria de Administração de Residências, vulgo de "garagem”, porque funciona no subsolo de um prédio. É a encarregada da manutenção dos imóveis. Nos fundos do subsolo fica o gabinete do diretor de garagem;
( ) Diretoria de de Coordenação de Rádios em Ondas Curtas;
( ) Diretoria de de Redação da Ordem do Dia.
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Abaixo-assinado pela aprovação da PEC do Trabalho Escravo, até as 20:27h de 26/03/2009 foram 141.793 assinaturas coletadas
A Constituição do Brasil afirma que toda propriedade rural deve cumprir função social. Portanto, não pode ser utilizada como instrumento de opressão ou submissão de qualquer pessoa. Porém, o que se vê pelo país, principalmente nas regiões de fronteira agrícola, são casos de fazendeiros que, em suas terras, reduzem trabalhadores à condição de escravos - crime previsto no artigo 149 do Código Penal. Desde 1995, mais de 31 mil pessoas foram libertadas dessas condições pelo governo federal.
Privação de liberdade e usurpação da dignidade caracterizam a escravidão contemporânea. O escravagista é aquele que rouba a dignidade e a liberdade de pessoas. Escravidão é violação dos direitos humanos e deve ser tratada como tal. Se um proprietário de terra a utiliza como instrumento de opressão, deve perdê-la, sem direito a indenização.
Por isso, nós, abaixo-assinados, exigimos a aprovação imediata da Proposta de Emenda Constitucional 438/2001, que prevê o confisco de terras onde trabalho escravo foi encontrado e as destina à reforma agrária. A proposta passou pelo Senado Federal, em 2003, e foi aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados em 2004. Desde então, está parada, aguardando votação.
É hora de abolir de vez essa vergonha. Neste ano em que a Lei Áurea faz 120 anos, os senhores congressistas podem tornar-se parte da história, garantindo dignidade ao trabalhador brasileiro.
Pela aprovação imediata da PEC 438/2001!
O judiciário entra nessa pois os juízes dos tribunais superiores são todos de indicação política e chancelados pelo senado, num dos ritos mais subservientes que eu já vi, mas depois eu conto sobre isso.
PALMÉRIO DÓRIA - E o Fernandinho Beira Mar?
Onde foi preso? Na selva colombiana, 1999. Saio com a missão concluída. Vou pra Brasília. E tinha um ofício para me apresentar em Foz do Iguaçu. Investigar lavagem de dinheiro, evasão de divisas no Cone Sul. Batizei de Operação Macuco [o "caso Banestado" Banco do Estado do Paraná]. Macuco é típico da região, quem achar um ovo azul do macuco tem vida longa. Se todo o mundo procura e não está vendo, vamos ver se a gente enxerga. Foi um trabalho complexo, todo o mercado financeiro envolvido, internacional também, até o Banco Central do Paraguai. E o nosso.
PALMÉRIO DÓRIA - O maior vazador de grana do Brasil.
A maior lavanderia se instalou ali, e com apoio político. Começamos a escanear todo aquele processo, identificando os atores.
WAGNER NABUCO -O Gustavo Franco mudou a norma e permitiu que os bancos fizessem lavagem, não?
Tenho receio quando se muda uma lei do sistema financeiro. As leis, feitas pelos banqueiros, são para beneficiar a si próprios. Como agora. A norma estabelecia regras para a conta CC5. É conta de não-residente, de estrangeiro no Brasil. Em linguagem fácil: estrangeiro vem portando 100.000 dólares e quer comprar alguma coisa. Quer ter uma vida social aqui, e pega esses 100.000 e registra. Se investe numa carrocinha de pipoca, o dinheiro gerado ele vai depositar nessa conta CC5, que permite a ele voltar com esses recursos ganhos. Ela foi feita, na concepção reconhecida mundialmente, pra trazer investimentos pro país. Não pagava imposto.
MYLTON SEVERIANO - E como é que os bandidos do colarinho branco usam?
No caso Banestado, o esquema é montado com banqueiros do Brasil, pra tirar dinheiro daqui. Se pegar os recursos que ingressaram e os que saíram, vai ver, saiu mais dinheiro do que entrou.
WAGNER NABUCO - Eles precisavam de uma empresa-fantasma.
Ou montava uma empresa-laranja, ou eram estrangeiros-laranja. Até mesmo brasileiro que se permitia dizer que vendeu algum bem pro estrangeiro e depositava na conta desse estrangeiro que não existia. Simples. O sujeito abria poupança com 10 reais. No dia seguinte, chegava com 100.000. E o gerente aceitava. E sucessivamente. Transferia para a CC5, dizendo que tinha vendido algum bem para aquela "empresa" estrangeira. Eles usavam pessoas humildes, empregada doméstica, desempregado, ambulante. Por que surgiu o "conheça o seu cliente"? Porque o Protógenes começou a prender gerente, diretor, e a discutir, "não leve a mal, mas vocês estão sendo indiciados porque, como é que, em sã consciência, aceitam abrir conta de um pipoqueiro com 10 reais e no dia seguinte aceitam 100.000 sem falar 'Você vendeu muita pipoca, hein?', e não aceito dizer que precisa cumprir metas". Mas chega um momento que o volume de dinheiro era tão grande, que o gerente passou a entrar no esquema. Quando passa a cumprir hora extra, chegar mais cedo, sair mais tarde, virar a noite, já foi tragado pelo sistema e já recebe pra abrir conta laranja. O lavador de dinheiro já não tinha preocupação, "ô, meu amigo, abre mil contas pra mim aí".
WAGNER NABUCO -E aí já estava abrindo conta com CPF falso.
Tinha de tudo. Mais de 100 bilhões de dólares saiu. Tinha um ex-diretor do Banco Central paraguaio que consegui o mandado de prisão. Saturnino Ramirez. Movimentou 1 bilhão e 400 milhões de dólares num ano e meio. Identifiquei caixa dois, dinheiro de narcotráfico. O grande volume foi de desvio de recurso público, o que me deixou chateado. Aí pegamos os políticos. Sim, Maluf estava lá. Daniel Dantas.
WAGNER NABUCO -Não entra só político.
Tem OAS, Mendes Júnior, Odebrecht, a Queiroz Galvão. Todas as grandes construtoras. Você vai investigando, vai dar nas construtoras e na concorrência pública. E nos políticos.
MYLTON SEVERIANO - Em Foz do Iguaçu quem foi preso?
Muitos. Passei quase dois anos lá. O primeiro ano foi difícil, começo a cercar os tubarões. Indiciei o sobrinho do Jorge Bornhausen, Alberto Dalcanalle Neto, em 174 inquéritos, vou para Curitiba, muita pressão. Fiz inspeção no banco dele, Araucária, logo o Banco Central fechou o banco. O presidente do Banco Central era o Armínio Fraga, "doutor Protógenes, estamos preocupados", falei "quer arrumar um instrumento para me ajudar, fecha as contas CC5, o senhor acaba com a evasão de divisa, lavagem de dinheiro, estou enxugando gelo". Qual era a resposta? "Se a gente fizer isso, cai todo o mundo aqui, não dá, faz parte do sistema." Convidei colegas a ir embora ou se danar comigo, "vou passar urucum no rosto".
MYLTON SEVERIANO - O que significa passar urucum no rosto?
Vou guerrear, com instrumentos que a lei me permite, falei "vamos pegar um caso de reflexo internacional". Começamos a investigar um garoto chamado Victor Hugo Nunes, bonito, classe média. Transportava dinheiro do Paraguai e depositava na CC5. Sobrinho de uma senadora do Paraguai. Um dia, transportando 3 milhões e uns quebradinhos, de motocicleta, atravessou pro Brasil, na avenida Kennedy a gente "blum!". Arrancamos a mochila, cheio de cheque. Engraçado que tinha um disquete já com a compensação do banco. A coisa estava tão sofisticada que, além dos 3 milhões, tinha mais alguns já compensados, colocava no computador e transferia: aquele dinheiro já tava em outro lugar. Que acontece quando prende alguém importante? Gritou imprensa, embaixadora, Parlamento, presidente do Paraguai. Na semana seguinte fecharam as contas CC5. Aí, manter preso o garoto. Tinha o juiz, eu disse "doutor Emerson, ele tem direito a fiança", e foi a mais alta arbitrada no país. Pedi um milhão. O Emerson falou "você é louco, eu sou juiz novinho", falei "também sou novo, se a gente não fizer isso não vamos acabar com a lavagem de dinheiro, estão sangrando o país, aperta a caneta aí". Ele colocou 500 mil reais. A estratégia era saber quem ia pagar. Sabia que era alguma autoridade. O garoto foi solto, cheque de quem? Presidente do Banestado. Reinhold Stephanes.
MYLTON SEVERIANO -Atual ministro da agricultura.
Aí comprovei que estava no esquema. Pra se livrarem do problema maior fecham as contas CC5. Permaneci um tempo, porque tentaram, um banqueiro, uns doleiros, me comprar, ofereceram 5 milhões de dólares, e viram que não tinha chance, aí fizeram um plano pra me executar. Minha esposa grávida teve que ir embora, eu andava com quatro colegas fazendo a segurança.
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PALMÉRIO DÓRIA -Estamos prontos para falar da Satiagraha? Como ela sai do mensalão e vira o que virou?
A origem não é mensalão, é Operação Chacal. A investigação da Parmalat, envolvida em fraude na Itália e no Brasil. Lavagem de dinheiro, evasão de divisas. Investigação presidida pelo delegado Elpídio Nogueira. Ele monta uma estação de trabalho
MARCOS ZIBORDI - Daí sai o HD do Oppotunity, na verdade cinco.
Não. É um. Ele depois é copiado. Na Chacal, vem junto o grupo Opportunity do Daniel Dantas. Ele usa a Kroll para espionar adversários dele.
WAGNER NABUCO - Gente do governo?
Sim. Gushiken, ministro da Comunicação, o ex-chefe da Casa Civil José Dirceu, presidentes de banco, Fundos de Pensão, Banco Central, Banco do Brasil, ministros... Pra que possa ter um dossiê de todas essas pessoas. Quando a Chacal chegou no Opportunity é que apreende um HD. Estava ligado ao desktop ligado ao banco. Tipo 160 gigas de memória. O juiz determina a apreensão, e quando chega a Brasília já tem um grupo de advogados com decisão judicial para lacrar. O Ministério Público recorre e vai ao TRF [Tribunal Regional Federal] e me parece que o TRF determina que se abra o HD. Aí o Opportunity vai ao STF [Supremo Tribunal Federal] e o STF determina que se lacre.
PALMÉRIO DÓRIA - Ellen Gracie?
Ministra Ellen Gracie. Uma decisão oportunista. O que é que pode ter um HD que a Justiça não possa conhecer, a polícia? E fica uns dois anos parada a investigação. Aí surge o mensalão. Tudo no País, as grandes fraudes, podem ter certeza que não são visíveis de imediato. Mas vai ser visível. A mentira perdura pouco. A verdade é eterna. Igual ao caso Maluf. Com um pedido vagando no espaço, de quebra de sigilo, três anos, e veio tudo. O suficiente para o povo conhecer que houve desvio de dinheiro público, corrupção.
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